Camalotes serão secos, moídos e processados até virar bio-óleo
29 MAR 10 - 10h:22
O projeto vai estudar o
potencial dos camalotes para
a produção de gás de síntese
(syngas). Amostras de
ilhas flutuantes de aguapé,
que descem o Rio Paraguai,
serão secas, moídas e processadas
em um reator, no
qual serão transformadas
em bio-óleo. Após todo esse
processo, esse bio-óleo será
convertido em syngas, que,
atualmente no Brasil é produzido
a partir do petróleo.
O aguapé também é encontrado
em represas de hidrelétricas
e barragens. Neste
contexto, a retirada dessas
plantas soluciona problemas
técnicos nas turbinas.
“O aguapé é uma alternativa
potencial para produção
de energia renovável”, afirma
o pesquisador da Embrapa
Agroenergia, José Dilcio
Rocha, que esteve presente
na reunião. Segundo ele, o
syngas, além de ser um biocombustível,
também pode
ser utilizado na produção
de fertilizantes, diesel sintético
e outros produtos
químicos.
A partir das informações
apresentadas, de acordo com
Carlos Alberto Luengo, líder
do projeto e pesquisador
da Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas), é
possível identificar oportunidades
para fomentar
o desenvolvimento sustentável
regional por meio do
incentivo e criação de tecnologias
para a conversão em
biocombustíveis de plantas
aquáticas flutuantes exportadas
pelo Rio Paraguai.
O projeto é liderado pela
Unicamp e Embrapa Pantanal
e será desenvolvido com
recursos do CNPq, por meio
do edital CT-Energ52, do
MCT (Ministério da Ciência
e Tecnologia), e da Embrapa,
por meio do Macroprograma
2. Macroprogramas fazem
parte do sistema de gestão
da Embrapa para o desenvolvimento
de pesquisas.