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VIOLÊNCIA

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Bruno acompanhou sequestro e morte de Eliza, diz polícia

Bruno acompanhou sequestro e morte de Eliza, diz polícia

Redação

09/07/2010 - 08h03
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BELO HORIZONTE

“O Bruno estava lá dentro da casa e via a mulher com a cabeça toda estourada e acompanhou a ida de Eliza para o sacrifício”, disse o delegado-geral do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, Edson Moreira, que conduz as investigações em Minas Gerais sobre a morte da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Marcos Paulista, também conhecido como Neném,  Negão ou Bola, que acabou preso ontem, no Bairro da Pampulha, em Belo Horizonte. Moreira classificou o ex-policial como um “especialista em matar”.
Eliza Samudio e Bruno Fernandes mantiveram um relacionamento extraconjugal. Ela tentava provar na Justiça que Bruno é pai de seu filho de quatro meses.
Bola ou Paulista, é apontado pelas investigações por ter estrangulado Eliza Samudio até a morte. Santos é ex-agente da Polícia Civil de MG, tem 45 anos, adestrava cães e dava cursos de sobrevivência. Anteontem, dez cães foram apreendidos na casa do suspeito, em Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte).
Criança
Moreira afirmou, durante entrevista coletiva, que os envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio pretendiam matar também o filho dela, um bebê de quatro meses. A criança também teria sido levada para uma casa na cidade de Vespasiano, onde a polícia acredita que Eliza tenha sido assassinada. O motivo pelo qual a criança teria sido poupada não foi informado.
Os agressores chegaram à cena do homicídio com a intenção de matar também o bebê, suposto filho do goleiro. Bruno teria se arrependido na última hora, “tanto que ela (a criança) foi levada para o local de execução. A intenção (de assassinar o bebê) era deles todos”, disse Moreira.

Premeditado
Segundo o delegado, o crime foi “premeditado, planejado e friamente executado”. O goleiro se entregou à polícia anteontem após ter tido a prisão temporária decretada em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
“Um ídolo de um grande time, mas que, na realidade, é um monstro. A Eliza está morta e a materialidade está confirmada”, afirmou o delegado, ao afirmar que Bruno participou do crime desde o início. Segundo Moreira, todos os que participaram do crime ficaram chocados e o mais tranquilo era o goleiro, que chegou até a tomar cerveja após o assassinato.
O delegado disse que – com base nos depoimentos de dois primos do goleiro, um adolescente de 17 anos e Sérgio Rosa Sales Camelo, preso anteontem – a “crueldade” contra Eliza teria começado no sítio do goleiro, onde ela foi espancada por ele, pelo adolescente e por Macarrão, Luiz Henrique Romão, amigo do goleiro, que também está preso. Lá, um rádio com som alto era usado para abafar o som das pancadas.
Moreira afirma que o adolescente ficou abalado ao contar com riqueza de detalhes o que ocorreu no sítio e, depois, na casa em Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte). Já Sérgio contou à polícia que “viu a cabeça da Eliza estourada por coronhadas” no sítio e que em todo o momento Bruno participou da ação. Ela teria dito a Marcos Aparecido Santos, o Bola ou Paulista, que não aguentava mais apanhar. Em troca, ouviu: “Você não vai apanhar mais, você vai morrer”.
Bola se posicionou então às costas da jovem, prendeu as pernas dela e a estrangulou. Após a execução, o ex-policial entrou na casa com o corpo e mandou Bruno, Macarrão e o adolescente se afastarem. No local, ele teria esquartejado a jovem. Ao retornar, Bola teria entregado os restos mortais para alimentar seus cães. De lá, retornaram somente com a mala de viagem da vítima, que foi queimada no sítio.
Quando as equipes chegaram anteontem a Vespasiano, constataram a existência de um circuito externo de vigilância e deduziram que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Marcos Paulista, Neném, Negão ou Bola havia fugido pouco antes. A pia do banheiro ainda estava molhada, a janela aberta e a televisão ligada.

Advogado
O advogado responsável pela defesa de Bruno, Michel Assef Filho, anunciou na manhã de ontem que abandonou o caso. “Estou deixando a causa oficialmente porque há um conflito de interesses entre o Flamengo e o atleta. Quem vai assumir a causa é um advogado de Minas Gerais. É o Dr. Quaresma”, afirmou, referindo-se a Ércio Quaresma Firpe, que defende a mulher de Bruno, Dayanne de Souza. Assef representa o Flamengo.

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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