Economia

MAPA

A+ A-

Brasil quer dobrar venda de carnes para China

Brasil quer dobrar venda de carnes para China

DA REDAÇÃO

19/04/2011 - 10h35
Continue lendo...

A abertura do mercado chinês para a carne suína brasileira foi apenas um dos resultados da missão comandada pela presidenta Dilma Rousseff ao país asiático na semana passada. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, fez um balanço nesta terça-feira, 19 de abril, sobre os resultados obtidos na visita a Pequim. Ele apontou como novidades a sinalização pelo governo chinês da aprovação de mais 25 frigoríficos brasileiros habilitados a vender carne de frango e mais cinco de carne bovina. “Isso terá grande impacto no comércio entre os nossos países”, comentou Wagner Rossi.

O ministro também comemorou a autorização por Pequim de três frigoríficos brasileiros de carne suína no mercado asiático. “Apenas cinco meses depois da inspeção de técnicos da China às indústrias brasileiras, conseguimos a liberação das exportações. Isso mostra a credibilidade e confiança no agronegócio brasileiro”, disse.

Segundo Wagner Rossi, a decisão chinesa vai facilitar a abertura de novos mercados na Ásia para a carne suína brasileira, como Japão e Coreia do Sul, também grandes consumidores do produto. “A China foi o primeiro grande mercado de alto valor agregado que conseguirmos acessar. Acredito que agora vamos avançar com outros países, inclusive Estados Unidos”, afirma. “Os chineses são muito exigentes quando se trata de carne suína. Por isso, um aval da China significa uma vitrine outros importantes mercados aisáticos, completou.

Além da carne suína, a missão brasileira trouxe resultados positivos nas negociações relacionadas às exportações de gelatina, produtos lácteos, milho, própolis, citros, sêmen e embriões bovinos, e tabaco. Confira abaixo os entendimentos bilaterais em relação a cada produto.

Suína

O ministro da Administração Geral de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, Zhi Shuping, anunciou na última segunda-feira, 11 de abril, a aprovação inicial de três frigoríficos nacionais exportadores de suínos. A expectativa é que nos próximos meses outras indústrias sejam aprovadas. Ao todo, os chineses inspecionaram 13 frigoríficos em novembro do ano passado e receberam uma lista do governo brasileiro com outras 13 indústrias.

Aves

O governo chinês informou que 25 frigoríficos de aves, dos 41 listados pelo Brasil serão autorizados a exportar ao país. As autoridades locais precisam oficializar os nomes das indústrias. Com a medida, o Brasil terá 50 frigoríficos habilitados a vender produto à China.

Em janeiro deste ano, missão do governo brasileiro entregou as autoridades chinesas uma relação com 41 indústrias exportadoras de carne de aves. O Brasil aguardava uma posição da China em relação a essas indústrias.

Bovina

Mais cinco frigoríficos de carne bovina in natura foram habilitados a exportar para a China. Até então, três indústrias estavam autorizadas a comercializar o produto com os chineses.

Gelatina

Os governos brasileiro e chinês acertaram o modelo de certificado sanitário para exportação de gelatina. O documento contém as regras de comércio e é necessário para o início dos embarques. As autoridades chinesas devem ainda homologar o certificado.

Própolis

Foi autorizada a exportação de própolis brasileiro com fins alimentares ao país asiático. A China é um grande consumidor do produto.

Tabaco

Os chineses anunciaram a vinda de técnicos para inspecionarem o sistema de produção, armazenamento e transporte de tabaco dos estados Alagoas e Bahia. Os estados são livres da doença mofo azul, condição para que a China comece a importar o produto. Os técnicos chegam ao Brasil no dia 5 de maio, em plena safra da folha. Hoje, a China importa tabaco apenas do Rio Grande do Sul.

Milho

Também em maio, missão chinesa virá ao Brasil conhecer o sistema produtivo de milho. O país já importa o grão brasileiro, mas demonstrou interesse em estabelecer um protocolo bilateral para ampliar as compras do produto.

Lácteos

O governo brasileiro reafirmou que os produtos lácteos brasileiros estão à disposição. O comércio está autorizado, mas atualmente, está parado. Recentemente, a China teve problemas com contaminação de leite e derivados e é um bom momento para exportações brasileiras desses produtos.

Citros

As autoridades da China informaram que já concluíram a análise de risco para o citros brasileiro, uma das etapas antes do início dos embarques. A expectativa é que ainda este ano as exportações sejam liberadas.

Sêmen e embriões bovinos

A missão brasileira convidou um grupo de especialistas chineses para vir conhecer o trabalho brasileiro em biotecnologia de reprodução bovina. O Brasil é o país que mais usa esse tipo de tecnologia é considerado referência mundial no tema. A intenção é exportar sêmen e embriões brasileiros à China. Em contrapartida, o governo brasileiro ofereceu cooperação técnica para o desenvolvimento de raças no país asiático.

MERCADO-FINANCEIRO

Bolsa registra alta com impulso de Vale; dólar fecha estável

Com isso, o Ibovespa avançou 0,65%, terminando o dia aos 127.690 pontos

27/03/2024 19h00

As maiores altas do dia foram de Renner, Raízen e Grupo Casas Bahia, que subiram 5,42%, 5,23% e 4,67%, respectivamente. A Vale, companhia de maior peso do Ibovespa, avançou mais de 1% Crédito: Freepik

Continue Lendo...

Após quatro sessões com desempenho negativo, a Bolsa brasileira fechou em alta nesta quarta-feira (27), impulsionada por altas da Vale e da Petrobras. O dia também foi positivo para os índices americanos, que auxiliaram o mercado local.

"O índice [Ibovespa] chegou a operar no campo negativo pela manhã, mas recuperou-se ao redor do meio-dia, conforme o mercado analisa e consolida entendimentos sobre os resultados das empresas enquanto eles vão sendo divulgados nessa temporada de balanços referentes ao quarto trimestre de 2023", diz Felipe Pohren de Castro, sócio da Matriz Capital.

As maiores altas do dia foram de Renner, Raízen e Grupo Casas Bahia, que subiram 5,42%, 5,23% e 4,67%, respectivamente. A Vale, companhia de maior peso do Ibovespa, avançou mais de 1%.

Com isso, o Ibovespa avançou 0,65%, terminando o dia aos 127.690 pontos.


No câmbio, o dólar fechou praticamente estável, enquanto investidores aguardam novos dados de inflação nos Estados Unidos que devem ser divulgados no fim da semana. A moeda americana teve oscilação negativa de 0,06%, terminando a sessão cotada a R$ 4,979.

Em um dia de agenda relativamente esvaziada no Brasil e no exterior, o dólar voltou a oscilar em margens bastante estreitas. Na cotação mínima do dia, às 9h01, a moeda à vista marcou R$ 4,9719 (-0,24%) e, na máxima, às 10h16, atingiu R$ 4,9949 (+0,22%).

Operador ouvido pela Reuters afirmou que os investidores continuam à espera de notícias que possam, de fato, servir de motivo para alterar posições na moeda norte-americana. Segundo ele, estão todos "esperando cair um raio".


Para Lais Costa, analista da Empiricus Research, não surgiram realmente notícias relevantes que mudassem o cenário para o câmbio.

"O fluxo não está ocorrendo por conta de mudanças estruturais de cenário -é mais por ajuste de posições. Teria que surgir algo realmente relevante para termos o dólar andando por aqui", comentou.

Como a quinta-feira é o último dia útil de março, a próxima sessão será a da disputa pela Ptax do fim de mês -e de trimestre. Normalmente, a volatilidade tende a aumentar em sessões assim, mas profissionais do mercado reforçaram que, sem notícias de impacto, a disputa entre comprados e vendidos pode não ser tão intensa.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). Nos encerramentos de trimestres, a importância da Ptax é ainda maior.

Como pano de fundo para a disputa nesta quinta-feira, serão divulgados uma série de indicadores no Brasil: a taxa de desemprego do IBGE em fevereiro e as projeções de PIB e balanço de pagamentos do Banco Central no Relatório de Inflação, entre outros. Destaque ainda para a entrevista coletiva do presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre o Relatório de Inflação.

Assine o Correio do Estado

Caged

Mato Grosso do Sul gerou 10.707 empregos neste ano, aponta Ministério do Trabalho

Setor de serviços puxa geração; em Campo Grande, saldo é de 2,3 mil vagas

27/03/2024 16h15

Álvaro Rezende - Arquivo/Correio do Estado

Continue Lendo...

O Estado de Mato Grosso do Sul voltou a registrar números positivos na geração de empregos pelo segundo mês consecutivo. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, indicam a criação de 5.998 vagas de trabalho em fevereiro deste ano e de 10.709 no acumulado do ano em Mato Grosso do Sul. 

Os números do Caged indicam que no mês passado foram admitidas 39.054 pessoas e desligadas outras 33.056. O estoque de pessoas trabalhando agora chega a 668.674 pessoas. 

No que diz respeito a segmentos econômicos, o setor de serviços continua sendo o que mais emprega: gerou 2.793 vagas no mês passado, seguido pela agropecuária, com um saldo de 1.568. Construção civil gerou 689 vagas, a indústria 653 e o comércio 295, em fevereiro. 

Capital

Em Campo Grande o saldo de empregos também é positivo: a capital do Estado gerou 1.551 vagas de trabalho no mês passado. Foram 13.193 admissões e 11.642 desligamentos no período. No ano o saldo de geração de emprego na Capital chega a 2.359 vagas. 

País

O Brasil gerou 306.111 vagas formais de trabalho em fevereiro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O número supera com folga o resultado consolidado registrado em fevereiro do ano passado, quando foram abertas 252.487 vagas com carteira assinada no país.

Na comparação anual, em fevereiro deste ano, a geração líquida de vagas foi 21,2% maior do que em igual mês de 2023.

Ao todo, no segundo mês deste ano, foram registradas 2,249 milhões de contratações e 1,943 milhão de demissões.

Com a mudança de metodologia, analistas alertam que não é adequado comparar os números com resultados obtidos em anos anteriores a 2020.

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).