Em um evento realizado nesta segunda-feira, no auditório da unidade Barra Funda da Uninove (Universidade Nove de Julho), em São Paulo, o Bom Senso FC apresentou para jornalistas sua proposta de fair play financeiro para o futebol brasileiro e um novo modelo de calendário para o futebol nacional.
Os goleiros Dida (Inter), Roberto (Ponte Preta) e Fernando Prass (Palmeiras) explicaram a estratégia, que inclui a criação de uma entidade reguladora até 2016, para instituir um controle das dívidas dos clubes.
A entidade, que custaria em torno de R$ 3 milhões por ano, seria responsável por monitorar o pagamento de salários, avisar os clubes dos prazos e avaliar documentos, que seriam enviados pelos clubes registrados na CBF.
De acordo com a proposta, o déficit dos clubes não poderia ser superior a 10% da renda nos dois primeiros anos e, depois do terceiro ano, passaria a ter limite de 5%. A partir do quinto ano, os clubes estariam proibidos de ter qualquer déficit.
Além do limite de déficit, os clubes também estariam proibidos de investir valor superior a 70% de suas receitas.
A proposta prevê que o período até o fim de 2015 serviria para a constituição da agência reguladora, levantamento de dívidas e padronização dos balanços dos clubes.
Depois da apresentação da proposta de fair play financeiro, o Bom Senso mostrou sua ideia para o novo calendário do futebol brasileiro. No novo formato, a Série D ganharia novos integrantes, seria criada uma Série E regionalizada e os estaduais se transformariam em copas no formato mata-mata.
No novo calendário, os campeonatos nacionais, que hoje começam em abril, teriam início em fevereiro e os estaduais, que hoje são disputados entre janeiro e abril, começariam entre o fim de junho e início de julho.
“Nossa ideia é adequar nosso calendário ao do futebol europeu, não no que diz respeito a início e fim, pois lá os campeonatos começam no meio de um ano e terminam no meio do outro, mas no que diz respeito ao tempo de disputa”, disse Fernando Prass.
De acordo com os jogadores que integram o Bom Senso FC, a ideia é melhorar a organização dos campeonatos sem aumentar o número de partidas, o que garantiria um alto rendimento esportivo e contratos válidos por uma temporada.
Para os times pequenos, a quantidade de jogos oficiais aumentaria, incentivando a chegada de novos patrocinadores, gerando mais renda. No caso dos clubes maiores, a ideia é diminuir o número de jogos e reduzir as folhas de pagamento.