Política

ELEIÇÕES 2018

A+ A-

Bolsonaro admite que pode não ir a debates com Haddad por 'estratégia'

Bolsonaro admite que pode não ir a debates com Haddad por 'estratégia'

Continue lendo...

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, participou nesta quinta-feira (11), no Rio de Janeiro, de seu primeiro ato de campanha após sofrer um atentado em Juiz de Fora (MG) no último dia 6 de setembro.

Em discurso durante um encontro com aliados, militantes e parlamentares eleitos pelo partido, reafirmou como ministros, se eleito, o economista Paulo Guedes e o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Mais de uma vez, Bolsonaro disse que Guedes comandará um superministério da economia, que vai fundir Fazenda e Planejamento. Segundo o candidato, Lorenzoni, um dos principais conselheiros políticos, será o ministro da Casa Civil. Ambos participaram do ato.

Ao discursar no evento, ele admitiu que pode deixar de comparecer a debates na TV por questão "estratégica". Bolsonaro discursou por cerca de 25 minutos no evento.

Nesta quarta, os médicos que o atendem disseram que ele ainda não está liberado para participar de debates. "Ele pode sair [de casa], por períodos muito curtos", afirmou na quarta (11) o cardiologista Leandro Echenique, um dos médicos que acompanham Bolsonaro. Na próxima quinta (18), ele passará por nova avaliação médica.

Foi justamente esse o argumento que o presidenciável usou para cancelar a participação em debate agendado para esta quinta na TV Bandeirantes com o candidato do PT, Fernando Haddad. A assessoria do candidato confirmou que ele não participará do debate.

Bolsonaro levou uma facada em um atentado em 6 de setembro durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Ele teve que ser submetido a duas cirurgias após o ataque. Por esse motivo, abandonou a campanha de rua na reta final do primeiro turno e não participou mais de debates de TV.

"Existe a possibilidade [de não ir a debates], sim, [por questão] estratégica", afirmou Bolsonaro durante o discurso aos simpatizantes de sua campanha.

Em outro momento da fala, ele respondeu ao adversário do PT, Fernando Haddad, que, em entrevista a uma rádio da Bahia nesta quinta-feira indagou o que Bolsonaro fez ao longo de 28 anos de atuação como deputado federal.

"Eu estou vendo o Haddad me fazendo agora [uma pergunta]: 'Quero que você diga o que fez em 28 anos no parlamento?'. Vou responder para ele: 'Não roubei ninguém, Haddad", declarou o presidenciável do PSL.

Bolsa Família

Jair Bolsonaro também elogiou o seu candidato a vice, general Hamilton Mourão, que chegou a ser repreendido pelo presidenciável em meio à campanha por ter criticado o 13º terceiro salário e o abono salarial. O candidato do PSL afirmou no evento que o vice propôs estender o 13º salário aos beneficiários do Bolsa Família.

"O vice falou que a estrutura remuneratória [que prevê 13º salário] é uma jabuticaba. Em nenhum momento, ele falou que ia acabar. Até, ontem, [Mourão] deu uma ideia. Ele procurou Paulo Guedes e falou em estender o 13º terceiro para quem ganha Bolsa Família. De imediato, falei: 'O recurso virá da roubalheira da fraude que existe no Bolsa Família. Sem criar nova despesa", afirmou Bolsonaro.

No mês passado, o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, críticou o 13º salário e o abono de férias durante uma palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS). Na ocasião, Mourão disse que os dois direitos trabalhistas – que ele classificou de “jabuticabas brasileiras” – são “uma mochila nas costas de todo empresário”, referindo-se a um peso para a iniciativa privada.

Diante da repercussão negativa da declaração de Mourão, Bolsonaro veio a público, durante o período em que estava internado em um hospital após ser vítima de um ataque, para desautorizar as falas do colega de chapa.

Na semana passada, entretanto, o vice de Bolsonaro voltou a criticar o benefício dos trabalhadores, ressaltando que há empresas que fecham por não conseguirem pagar o 13º e que o próprio governo enfrenta dificuldades, pois já chegou no limite e não pode mais emitir títulos sem entrar na chamada regra de ouro.

De acordo com Mourão, se as pessoas recebessem o salário "condignamente", poderiam economizar e ter mais no final do ano.

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Continue Lendo...

O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

Continue Lendo...

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).