A Bovespa (Bolsa de Valores
de São Paulo) teve um dia
volátil, oscilando sem firmar
uma tendência durante boa
parte do pregão de ontem.
Cauteloso com o imbróglio
grego, e de olho em Índia e
China, o investidor somente
animou-se a voltar às compras
depois que as Bolsas
americanas firmaram trajetória
de alta.
O Ibovespa, índice que
reflete os preços das ações
mais negociadas, subiu 0,31%
no fechamento, aos 69.041
pontos. Nos EUA, a Bolsa de
Nova York fechou em alta de
0,41%. Analistas destacaram
a reação positiva do mercado
local à aprovação da reforma
do sistema de saúde pela Câmara
dos Representantes.
O volume de negócios, no
entanto, não foi alto: R$ 5,10
bilhões, abaixo dos quase
R$ 7 bilhões movimentados
todos os dias nos pregões
deste mês de março. O giro
também foi concentrado em
poucos papéis. Somente a
ação preferencial da Vale teve
negócios de meio bilhão de
reais e praticamente puxou a
recuperação da Bolsa brasileira,
valorizando 1,11%.
A outra ação preferida pelos
investidores, a ação preferencial
da Petrobras, não
saiu do lugar: teve leve alta
de 0,02%, tendo um giro calculado
em R$ 485 milhões.
A estatal do petróleo revelou
lucro líquido de R$ 28,9
bilhões para o exercício do
ano passado, cifra 12% menor
que os ganhos apurados
em 2008. O resultado decepcionou
alguns analistas, mas
que preferiram destacar outras
questões para explicar a
trajetória das ações. A começar
pelas dúvidas que ainda
pairam sobre o processo de
capitalização da empresa.
“As questões relacionadas
ao andamento dos projetos de
mudança na regulamentação
da exploração de petróleo no
Brasil (...), e consequentemente
a capitalização da empresa,
são questões decisivas para a
avaliação dos investidores”,
comenta Mônica Araújo, analista
da Ativa Corretora, em
seu relatório sobre os resultados
da empresa.
Dólar
O dólar comercial foi negociado
por R$ 1,800 (leve
alta de 0,05%) na venda, o
preço mais alto desde o final
de fevereiro.