A formação de cálculo renal, popularmente chamada de “pedras nos rins” é uma das mais frequentes ocorrências que afetam o rim. De acordo com estatísticas, o problema afeta de 5 a 10% da população mundial, com estimativas de que aproximadamente 12% das pessoas formarão pelo menos um cálculo renal ao longo da vida, em todo o mundo. Esta disfunção ocorre mais frequentemente em regiões quentes e secas e nas pessoas obesas, com índices que chegam a 75% em mulheres obesas, em relação às de peso normal. De acordo com o doutor Daniel Knupp, outros fatores importantes quando falamos de cálculo renal são o alto índice de recorrência, chegando a 15% em um ano, e a 35–40% em 5 anos, além de seu potencial de morbidade, uma vez que 30% dos pacientes requerem hospitalização e 10–15% são submetidos a algum procedimento médico para a retirada do cálculo. Os cálculos renais são formados a partir de substâncias presentes na urina e capazes de formar precipitados, como os sais de cálcio, o ácido úrico e o oxalato, que vão se agregando até formar grandes partículas, que resultam na formação das pedras. A formação de um cálculo renal é influenciada por fatores ditos promotores da calculose, bem como pela ausência dos fatores inibidores da mesma. Dentre os fatores que promovem a calculose estão o ácido úrico, o cálcio, o oxalato, o excesso de sal e de proteínas na dieta e um baixo volume urinário, geralmente causado pela pouca ingestão de água. Quanto aos fatores que inibem a formação de cálculos temos o citrato, as fibras, o potássio e uma boa hidratação do corpo. É sabido que aumentando a ingestão de água e o volume de urina, temos uma queda de 86–96% na incidência de cálculo urinário nos pacientes predispostos à doença. (SC)