O Banco Central (BC) pretende dar às pequenas cooperativas de crédito tratamento diferenciado, dispensando-as do cálculo e manutenção de parcelas de capital específicas para riscos operacionais e de mercado, o que eleva o capital exigido para o suporte de riscos de crédito. A medida foi divulgada pelo jornal Valor Econômico. As cooperativas também não precisarão mais informar sistematicamente ao BC os riscos operacionais, nem aqueles associados a oscilações de taxas de juros – assim como a cotação de ações e preços de commodities e variações de taxa de câmbio, o que acontece na norma em vigor. “A redução das exigências poderão melhorar nossa performance e atender com maior amplitude às necessidades dos nossos associados, também oferecendo produtos e serviços financeiros com a mesma qualidade e com menor custo”, diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/MS), Celso Ramos Regis. Ainda segundo o jornal, o que vai definir se uma cooperativa terá ou não tratamento simplificado no cálculo do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é o volume de ativos, que deverá ser inferior a R$ 100 milhões. Em dezembro de 2009, cerca de 800 das 1.405 cooperativas de crédito no País se enquadravam nesta situação.