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Bastidores da cultura

Bastidores da cultura

Redação

09/07/2010 - 20h21
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THIAGO ANDRADE

Para que cada show, festa ou espetáculo aconteça, existe todo um trabalho de preparação e produção que precisa ser realizado por alguém. Embora não sejam todos que gostem de colocar a mão na massa, é cada vez mais comum ver as pessoas se mobilizarem com o objetivo de trazer para o circuito cultural de Campo Grande coisas que lhes interessam. O Correio do Estado buscou alguns produtores dessa nova leva para conhecer o que os motiva e como funciona a produção cultural em Mato Grosso do Sul.
“Se a gente não trouxer as bandas que gostaríamos de ver, quem é que vai trazer?”, pergunta a jornalista Manuela Barem, integrante do coletivo Bigorna Produções, que se tornou referência na produção de shows e festivais de música alternativa na Capital. Formado por cerca de 20 pessoas, entre produtores, músicos e profissionais de diversas áreas, o coletivo nasceu em abril do ano passado e, desde então, promove festas mensais chamadas Bigornadas, que têm como atração bandas nacionais.
Graças ao trabalho do coletivo, Campo Grande recebeu shows do cenário independente atual, como Móveis Coloniais de Acaju, Canastra, Inocentes, entre outros; colocando a cidade no mapa musical nacional. Mas o trabalho da Bigorna Produções vai além da promoção de shows de bandas de fora. “Somos um grupo de pessoas que pensa de forma semelhante e queremos fazer a música independente se desenvolver”, explica a produtora Letz Spíndola, que se dedica integralmente ao coletivo.
Dimitri Pellz, Jennifer Magnética, Gobstopper e Idis são as bandas produzidas pela Bigorna, que começa a atuar como selo para gravação e distribuição dos discos dessas bandas. “Passamos por uma remodelagem para atender melhor nossa demanda. Nos dividimos em núcleos, que incluem comunicação, distribuição, produção artística e sustentabilidade. Estamos nos organizando para fazer o melhor trabalho possível”, aponta Letz.
Segundo os entrevistados, durante o primeiro ano de atuação, o grupo conseguiu muito. André Vilela, tecladista da Dimitri Pellz e integrante do coletivo, defende que um dos principais ganhos foi a criação de um público específico para as festas. “Eles vêm mesmo sem conhecer as bandas, pois confiam no nosso trabalho”, concordam os integrantes. Segundo o baterista da Dimitri Pellz, Jean Albernaz, também do coletivo, a Bigorna ajudou a reconfigurar a cena musical de Campo Grande, valorizando a produção de trabalhos autorais.

Em família
Daniel Escrivano é mais um dos produtores dessa nova leva. Todavia, em seu caso, a produção cultural faz parte de sua história desde a infância. Ele é filho de Tomás Ramos Escrivano, importante figura da cultura do Estado, responsável pela produção de músicos como Almir Sater e de eventos como o Festival Universitário da Canção (FUC). “Entrei nessa dando continuidade ao trabalho do meu pai. Sou produtor de bandas como Bando do Velho Jack e estou à frente do FUC também”, explica.
Embora se julgue feliz com o trabalho que faz, Daniel não nega que o trabalho é duro. “Produzir eventos é bastante complicado, pois tudo fica na sua mão. Dá um prazer enorme ver um festival que você produziu, mas não é nada fácil colocar aquilo em prática. O trabalho com bandas também é complicado, mas menos que a produção de eventos culturais”, finaliza.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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