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Balança comercial registra saldo de US$ 3,2 bilhões

Balança comercial registra saldo de US$ 3,2 bilhões

agência brasil

03/09/2012 - 21h00
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A balança comercial brasileira registrou saldo de US$ 3,227 bilhões no mês de agosto, resultado de exportações no valor de US$ 22,382 bilhões e de importações equivalentes a US$ 19,155 bilhões, de acordo com números divulgados hoje (3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Foi o melhor superávit mensal do ano, 12,2% maior em comparação com o mês anterior, mas o desempenho ficou 17,1% abaixo do saldo contabilizado em agosto do ano passado, de US$ 3,893 bilhões. No acumulado do ano, o superávit comercial soma US$ 13,172 bilhões, 34% menor que os US$ 19,988 bilhões obtidos no mesmo período de 2011.

O secretário executivo do ministério, Alessandro Teixeira, destacou que foi o segundo maior volume de exportações e de importações para um mês de agosto, atrás apenas de igual período de 2011. Mas admitiu que “poderia ter sido melhor”, não fossem as paralisações de servidores da Receita Federal, do Ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Qualquer parada deles afeta o desempenho comercial do país”, acrescentou.

Teixeira ressaltou que houve boa movimentação na corrente externa de comércio em agosto, embora as exportações tenham caído 14,4% em relação a agosto do ano passado, pela média diária, enquanto as importações foram 14% menores. Para o secretário, o resultado se explica pelo “cenário externo adverso”, em que quase todos os blocos econômicos estão comprando menos. Neste ano, as vendas brasileiras cresceram só para os Estados Unidos, com evolução de 11,7%.

A China, que passou a ser o maior parceiro comercial do Brasil depois da crise financeira de 2008, comprou 0,8% menos de produtos brasileiros, pela média diária, comparado ao período janeiro-agosto de 2011. As maiores retrações foram registradas nas compras da Europa Oriental (-32,5%), do Mercosul (-17,2%), Oriente Médio (-13,9%), da América Latina e do Caribe (-10,2%), e da União Europeia (-8,4%). As compras argentinas tiveram redução de 19,3%.

Em volume de recursos, os principais destinos das vendas brasileiras continuam sendo a China, com compras no valor de US$ 29,149 bilhões, os Estados Unidos (US$ 18,678 bilhões) e a Argentina (US$ 11,996 bilhões). Dos US$ 166,56 bilhões exportados este ano pelo Brasil, 18,2% foram para a China, contra participação de 17,4% em 2011; e 11,6% foram para os Estados Unidos, que tiveram participação de 9,9% no mesmo período do ano passado. Em sentido contrário, a participação da Argentina caiu de 8,8% para 7,5%, sendo a queda mais acentuada.

Segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, disse que em agosto houve queda no resultado das exportações nas três categorias de produtos, em relação a agosto de 2011. Os produtos básicos (minério de ferro, soja em grão, petróleo cru e outros) venderam 15,5% menos, apesar do destaque positivo para as vendas de milho (+60%) e de farelo de soja (+48,8%). Os produtos semimanufaturados (açúcar, celulose, chapas de ferro e aço) tiveram queda de 23,6%, mesmo com o bom desempenho do ferro-ligas (+30,5%) e do óleo de soja (+38,7%).

Os manufaturados tiveram desempenho um pouco melhor, com retração de apenas 8,6%, principalmente devido às menores vendas de açúcar refinado (-47,5%) e de automóveis (-19%). Em contrapartida, as exportações de aviões cresceram 6,8% (para a China, Índia, Indonésia, Alemanha e Itália), óleos combustíveis (+8,1%) e motores e geradores elétricos (+33,1%).

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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