Com as últimas chuvas, lixo e entulho espalhados pelas vilas Margarida, Catarina e Marabá (próximos ao Carandá Bosque) invadiram casas, entupiram bueiros e ainda atrapalham o trânsito na região, segundo relato de moradores. “Fui surpreendido com avalanches de lixo dentro da minha casa. O problema se arrasta por meses, está todo mundo revoltado no bairro”, aponta o morador Alcino Sabino, da Vila Margarida. A sujeira nos bairros citados já foi apontada em reportagem do Correio do Estado, que visitou a região e constatou que, por conta de um boato espalhado em dezembro de 2009, moradores colocaram lixo e entulho nas ruas, acreditando que um mutirão da prefeitura faria a coleta. A Prefeitura Municipal de Campo Grande, no entanto, esclarece que o mutirão de limpeza é tarefa que só acontece quando agentes de saúde comunicam ao poder público sobre um possível foco de doenças nos bairros, como a dengue. A solicitação entra então numa fila de pedidos, e a região em risco, recebe o caminhão de limpeza para retirar os focos que possam ser reservatórios da doença, como garrafas e pneus. De acordo com a prefeitura, não é de responsabilidade do poder público a retirada de entulhos ou o resultado da limpeza de um terreno, como mato ou galhos, que são simplesmente jogados na calçada – neste caso, o proprietário deve se responsabilizar pelo lixo. Notificações Uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) visita os bairros de Campo Grande e notifica os moradores que tiverem depositado nas ruas, e calçadas, lixo que não seja passível de coleta pela prefeitura. Caso seja constatada a irresponsabilidade do proprietário, este será notificado e terá quinze dias para solucionar o problema. A multa por não manter a propriedade urbana limpa (livre de entulho e galhos) varia de R$1,318 mil a R$ 5,274 mil. Já a multa para os locais onde as calçadas estão sujas é de R$ 263,70 a R$ 1,318 mil. O Diário Oficial de Campo Grande publicou recentemente (22-02) as notificações de 173 proprietários de imóveis na Capital, por conta da falta de manutenção e limpeza nesses locais.