Um avião que estaria a serviço do tráfico de drogas foi incendiado em território paraguaio. O piloto de nacionalidade boliviana ao ser detido pela Polícia Nacional informou que foi contratado por três desconhecidos para fazer uma viagem e depois sob a mira de armas de fogo obrigado a viajar até Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã.
Conforme as informações policiais, o piloto boliviano Roly Martinez Mendez, foi detido pelos policiais depois de aterrissar uma aeronave clandestina numa localidade conhecida como Toro Pampa, na região do Chaco, no Paraguai. Ele estava acompanhado de um outro homem, que também foi preso pelos agentes da Polícia Nacional.
Mendez ao ser detido disse que tinha sido contratado na Bolívia para fazer uma viagem até a região do Chaco. Mas, segundo ele, os três homens que o contrataram utilizaram armas de fogo de grosso calibre para obrigar que seguisse até Pedro Juan Caballero, na divisa com Ponta Porã. O piloto disse que teve que fazer um pouso forçado, mas os policiais levantaram a hipótese de ele ter aterrissado e depois ateado fogo na aeronave.
O acusado informou que os suspeitos estavam no avião, mas fugiram após o pouso forçado. Os policiais vasculharam a área, mas não encontraram nenhum suspeito nas imediações. O outro boliviano, José Elias Nassif Barbosa, que acompanhava o piloto também está preso no Paraguai.
O promotor de justiça, Celso Morales, que está acompanhando o caso, disse que a versão dada pelo piloto é bastante duvidosa. Ele acredita que o avião que não tinha autorização para ocupar o espaço aéreo paraguaio, estava a serviço de traficantes brasileiros e paraguaios que agem na região de fronteira dos dois países.
Ele disse que existem informações de que aviões clandestinos invadem o território paraguaio com carregamentos de cocaína oriundos da Bolívia. As investigações agora prosseguem para tentar identificar outros possíveis envolvidos no caso.