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Atraso no plantio do milho vai encarecer carne de suíno e ave

Atraso no plantio do milho vai encarecer carne de suíno e ave

Osvaldo Júnior

02/04/2011 - 00h02
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As chuvas, que provocaram prejuízos na safra de soja em Mato Grosso do Sul, devem respingar fortes nos preços de frango e carne de porco. O reflexo, que deve ser sentido no segundo semestre deste ano, resultará da possível redução da oferta de milho para ração de aves e suínos – a safra do milho sofre, de imediato, os efeitos do mau momento da produção de soja. A cadeia de prejuízos também deverá atingir a próxima safra da oleaginosa, em razão da menor oferta e aumento dos valores das sementes.

"Os preços vão ter um acréscimo alto", prevê a assessora econômica da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Adriana Mascarenhas, acerca das cadeias produtivas da carne suína e de frango. Ela explica que cerca de 80% do milho produzido no Estado são comprados pelas indústrias para composição da ração dos suínos e de aves. "Essa alta não fica só para a indústria. Ela repassa. E, neste caso, o reflexo nos preços ao consumidor final é imediato", completa.

A quebra da safra do milho ainda não pode ser mensurada, mas o prognóstico não é animador. O prejuízo pode ser relativamente maior que o da soja, acredita a economista da Famasul. Ela explica que o milho, plantado com atraso, poderá ser arrasado pela geada do meio do ano.

Os ciclos agrícolas obedecem a períodos determinados pela natureza. O milho safrinha deve ser plantado em meados de fevereiro para ser colhido em agosto sem grandes interferências de intempéries. O problema com a safra da soja, no entanto, impediu a ocorrência do ciclo correto do milho. Conforme o agrônomo Joaquim Marcondes, da Agro Dinâmica, em Maracaju, a demora para o início do plantio do milho deve empurrar a colheita para o fim de setembro e início de outubro. "Em condições ideais de luz e calor, o milho cresce em quatro meses. Mas, no inverno, com dias mais curtos, esse período pode subir para cinco meses", explica.

Indústria
O cenário esboçado é de milho em menores quantidade e qualidade, o que resultará em preços elevados. Uma das saídas para evitar essa equação é o comportamento da indústria. "Elas são muito ágeis", afirma Rubens Flávio Mello Correa, secretário executivo da Câmara Setorial da Avicultura.

Em primeiro momento, no entanto, a indústria sinaliza que terá, mesmo, de comprar milho por valores maiores. "Nós vamos pagar mais caro pelo milho e repassar o preço. A indústria não tem como absorver", avisou Jaime Garbin, diretor da Frango Belo.

Ele salienta que 63% da ração para os frangos são compostos de milho. "Não tem outro produto que substitua o milho", completou.

Segundo ele, há a possibilidade, ainda remota, de aquisição do milho do Paraguai, que é mais barato por razão cambial. "O milho paraguaio é comprado em dólar, por isso sai mais em conta", diz.

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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