Não são somente nomes consagrados nacional e internacionalmente que aparecem em cena. Há espaço para talentos locais em certos trechos. É o caso da atriz e produtora cultural Andréia Freire e do cantor e compositor Geraldo Espíndola. No caso deste, seu personagem, mesmo sem fala, tem importância dramática em determinado momento. “Gostei muito da experiência, mas cinema não é minha praia, meu negócio é música”, disse Geraldo.
Para a funcionária pública Nazareth Rosa, que afirma ser apaixonada por cinema e participa do filme como figurante, a possibilidade de acompanhar as gravações em alguns momentos foi um momento único. “Para mim, saber como é o processo de realização foi muito importante; não esquecerei jamais”. Para Carol Araújo, que atuou como figurante e produtora de elenco, uma produção do porte de “Cabeça a prêmio”, realizada no Estado, é importante para movimentar o mercado. “É necessário que apareçam outras realizações desse tipo, com isso há incentivo também para produções locais”, destaca.
Para o produtor Paulo Schimidt, filmar em Mato Grosso do Sul apresentou dificuldades e vantagens. “O fato de estar longe de São Paulo, onde podem ser encontrados vários tipos de materiais, era um complicador; por outro lado, o fato de encontrarmos muitas pessoas a fim de ajudar facilitou muito. Normalmente, quando se faz um filme em São Paulo, a equipe se concentra somente na hora do trabalho, aqui isso não aconteceu, praticamente toda a equipe ficou concentrada, alguns, até em dia de folga, ficavam por aqui mesmo. Sem contar que na equipe havia muitos amigos de Ricca, isso facilitou”, destaca.
O produtor acha que o filme tem potencial de atingir perto de 200 mil espectadores. Fora o patrocínio dos editais públicos, o filme contou com vários parceiros para realização. “Da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul recebemos R$ 200 mil e do Governo do Estado recebemos apoio de realização, assim como da Prefeitura de Sidrolândia, entre outros”, destaca o produtor.