Política

CRISE NO PPS

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Athayde acusa, mas também será denunciado

Athayde acusa, mas também será denunciado

DA REDAÇÃO

08/04/2011 - 00h00
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O Diretório Regional do PPS recebeu parecer da Comissão de Ética que pede a punição de 18 integrantes, com expulsão ou suspensão, por considerar que cometeram infidelidade partidária nas eleições gerais de 2010. Dentre os atingidos pela medida mais rigorosa estão o vereador por Campo Grande, Mário César, e o prefeito de Rio Verde, Willian Douglas. Reunião foi marcada para o próximo dia 15 de abril para sacramentar ou não o pedido.

O ponto final do impasse, porém, estará nas mãos da Executiva Nacional a ser acionada por alguns dos punidos contra o presidente estadual e o principal interessado na exclusão de companheiros, vereador Athayde Nery de Freitas, que assumiu vaga na Câmara Municipal de Campo Grande com a eleição de Alcides Bernal como deputado estadual. 

Athayde é acusado também de infidelidade partidária por ter recebido dinheiro e participado de material de campanha (como "santinhos") de outros candidatos a deputado federal.

Anteontem, um dos integrantes históricos do PPS (sucedâneo do Partido Comunista do Brasil) tentou entrar com representação contra Athayde, mas não teve sucesso. Sua pretensão teria esbarrado no diretório municipal - atualmente presidido pelo chefe de gabinete do vereador - que não reconheceu a documentação para encaminhar à comissão de ética.

Doações

Um outro ingrediente surge para aumentar a ebulição do caldeirão da crise no PPS e que será levado ao conhecimento da Executiva Nacional. São as doações recebidas por Athayde Nery de candidatos de outros partidos.

Além de material de campanha custeado pelo deputado federal Geraldo Rezende (PMDB) - conforme prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul -, o vereador também recebeu doações em dinheiro do então candidato Luiz Henrique Mandeta, do DEM, eleito deputado federal. Foram R$ 75 mil (dois repasses de R$ 37,5 mil).

A logica é que, se ele recebeu doações de material e em dinheiro, teria dado algo em troca e isso seria o apoio a esses candidatos em detrimento aos do seu partido. "Como servir a dois senhores?", questiona um integrante do PPS que discorda da comissão de ética.

Athayde disse ontem à tarde (via telefone) que não cometeu infidelidade porque, como candidato a deputado estadual, os seus nove mil votos "foram dados para o 23 (número do PPS); meus votos foram para o partido e consequentemente para os nossos candidatos". Segundo ele, agiu diferentemente dos demais companheiros que teriam trabalhado para carrear "votos para outros candidatos".

Com relação à doação de campanha (material gráfico e dinheiro) esclareceu que os candidatos eram da mesma coligação e "eles doaram pois queriam me apoiar" mas que isso não significou "que eu tenha pedido votos para elegê-los". Disse ainda que os candidatos federais do PPS tiveram em torno de 11 mil votos e que ele também colaborou fazendo doações.

Imbróglio

Como presidente do PPS, Athayde justificou o trabalho da comissão de ética - durante recente entrevista ao jornal Correio do Estado - alegando que alguns companheiros não teriam se empenhado nas últimas eleições em favor dos candidatos a deputados estaduais e federais da agremiação. Como prova, lembrou o resultado pífio nas urnas e citou alguns municípios onde a votação teve resultados muito aquém do esperado. Ele foi candidato a deputado estadual e não conseguiu se eleger. Ao Correio do Estado, disse que o "PPS não está afundando; está limpando a água para não ficar suja".

O ex-presidente municipal do partido, Porto Vanderley, deu sua versão.

Porto, também ao Correio do Estado, disse que houve uma determinação da Executiva Nacional para dissolução dos diretórios municipais onde o desempenho ficou abaixo dos 30% nas eleições de 2010. E aproveitou para disparar: se houve infidelidade, Athayde também a praticou pois teria apoiado o candidato do PMDB, Geraldo Resende, a deputado federal que conquistou uma das oito cadeiras em Brasília. "Santinhos" com a propaganda de ambos seriam a prova,

Athayde refutou a acusação classificando-a de "levianas", conforme sua entrevista ao Correio do Estado, esclarecendo que, na época, procurou a Comissão de Ética e apresentou seu material de campanha e provar que não fazia alusão a candidatos de outros partidos.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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