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Assaltante do Paraná envolvido em grandes roubos na Capital

Assaltante do Paraná envolvido em grandes roubos na Capital

Redação

23/07/2010 - 22h16
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karine cortez

Paulo Fernandes de Menezes, de 45 anos, apontado como especialista em crimes de roubo contra empresas, inclusive de assaltos a bancos no Estado do Paraná, foi preso pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de roubos e Furtos (Derf), em Campo Grande. Ele foi identificado como mais um dos integrantes no roubo ao Prático do Bairro Aero Rancho, bem como no Forte Atacadista, instalado no Shopping Norte/Sul, também na Capital.
Além dos dois crimes, Paulo Menezes também confessou à polícia que atuou nos assaltos ao Supermercado Pires, no Bairro Universitário, de onde levaram R$ 13 mil; a uma distribuidora de alimentos, na Rua Brilhante, de onde foram subtraídos R$ 200 mil em lâminas de cheques; e no roubo de R$ 95 mil, no Condomínio Jardim das Paineiras, contra uma pessoa que acabara de sacar o dinheiro em um banco.

Condenação
“Ele já havia cumprido pena por assalto a banco no Paraná e cumpria pena por roubo em Campo Grande. Mas em fevereiro deste ano havia recebido autorização da Justiça para fazer tratamento domiciliar contra diabetes e não voltou mais para a cadeia”, salientou o delegado da Derf, Fábio Peró.
No assalto cometido contra o Forte Atacadista e o Prático do Aero Rancho os bandidos usaram máscaras cirúrgicas e quando questionado sobre esta prática Paulo disse ao delegado que “todo ladrão tem que estar sempre inovando”. Mas segundo Fábio Peró está descartado o envolvimento do mesmo grupo nos assaltos à Igreja Batista, na Avenida Calógeras, e ao cartório do 4º Ofício, na Avenida Afonso Pena, cujos bandidos utilizaram máscaras cirúrgicas.
“O que aconteceu é que outros grupos começaram a copiar a ideia deles e alguns até podem ter usado as máscaras no intuito de desviar o foco da investigação para o grupo do Paulo”, enfatizou o delegado Fábio Peró.
Prisão
A polícia chegou até Paulo através de investigações do serviço de inteligência da Derf. Ele foi detido na Avenida Fernando Corrêa da Costa nas proximidades da Rua 13 de Maio quando, segundo o delegado Fábio Peró, iria praticar outro assalto. “Ele não confessou, mas tudo indica que ele ia cometer algum crime porque estava com a moto Falcon, usada sempre nas ações, e com um capacete no braço”, salientou o delegado.
Ao ser rendido, Paulo tentou pegar a pistola de um dos policiais e ainda tentou fugir com a moto, mas foi imobilizado pela equipe da Derf.

Produto de assaltos
Durante revista pessoal, os policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos encontraram na cintura de Paulo uma pistola .40, pertencente à Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) que foi roubada de um policial militar durante o assalto no Prático do Aero Rancho. Além disso, a polícia também encontrou na residência de Paulo a quantia de R$ 20 mil provenientes do roubo no condomínio Jardim das Paineiras.

Rede de relacionamentos
Em depoimento à polícia, Paulo disse que não conhecia os comparsas e revelou uma “rede de relacionamentos” que os bandidos adquirem dentro dos presídios e quando ganham a liberdade começam a contatar as pessoas para praticar os crimes. Conforme o delegado Fábio Peró, Paulo contou que fazia contato com amigos que estão presos e pedia indicação de um parceiro para o assalto; o preso por sua vez  passava o contato de um bandido em liberdade.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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