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Asas abertas

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Redação

22/07/2010 - 07h13
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Márcio Maio, TV Press

À primeira vista, a televisão não seduziu Carolyna Aguiar. Depois de estrear em 1993, aos 23 anos, como a esnobe Isolda Weber de “Fera ferida”, a atriz marcou presença em apenas dois folhetins, sem contar pequenas participações na Globo. Mas hoje, aos 40 e com maturidade suficiente para entender as vantagens e as desvantagens do veículo, parece tentar mudar isso. E a série “Anjos do sexo”, que a Band estreia no próximo dia 3, pode ser um excelente recomeço. Não só para ela, mas também para a emissora, que espera investir mais nesse formato, depois de experiências frustradas em novelas. “Como se trata de uma iniciativa nova, existe mais espaço para a ousadia, para correr riscos. Ou seja, um prato cheio para uma atriz pilhada como eu”, brinca Carolyna.
O projeto é uma extensão da peça “Todo mundo tem problemas (Sexuais)”, parceria do dramaturgo Domingos de Oliveira com o psicanalista Alberto Goldin. Mas com algumas adaptações. Em 26 episódios, reúne questionamentos retirados de cartas recebidas por Goldin que, na tevê, são solucionados pelos anjos Valentina e Santoro, de Carolyna e Orã Figueiredo. Além dos dois, o programa tem no elenco fixo Priscilla Rozembaum, Ricardo Kosovski, Dedina Bernardelli, Ísio Ghelmam e Ludmila Rosa se revezando entre os casais com os problemas. Além do rapper Thogun, que interpreta Deus. “Os personagens na peça eram intelectuais, sabiam tudo na teoria, mas não viviam aquilo na prática. Os anjos funcionam na mesma ideia, já que não têm os problemas humanos. Daí surgiu a mudança”, explica Carolyna, sempre falante.
Mas a energia vibrante que hoje se percebe em Carolyna é bem diferente da que ela diz ter sentido assim que iniciou sua carreira na televisão. Na época, tinha dificuldades para lidar com a forma mais lenta de desenvolvimento dos personagens em uma obra aberta e, confessa, se atrapalhou. “Quando fiz ‘História de Amor’, enlouqueci o Manoel Carlos. Me sentia parada ali, mas cheia de energia para gastar. Depois entendi que o processo dele é assim mesmo”, lembra Carolyna, que trabalhou novamente com o autor em uma participação especial em “Páginas da Vida”, como uma professora que discriminava a pequena Clara, portadora de síndrome de Down. “Foi uma aparição rápida, mas com uma repercussão enorme”, valoriza.
O entendimento sobre a própria carreira veio depois de várias experiências, tanto nos palcos quanto fora deles. Nesse meio tempo, de meados da década de 90 até hoje, Carolyna produziu e atuou em inúmeros espetáculos, mas também estudou, se formou e chegou a dar aulas de dança e ioga. Chegou até a morar em uma comunidade iogue dos Estados Unidos. E hoje não dispensa uma vida mais próxima da natureza. “Tenho um lado ‘bicho do mato’ muito forte. Gosto de me esconder no fim de semana, acender uma fogueira e ficar ao ar livre olhando o fogo”, descreve.
Ansiosa por se ver novamente no ar, Carolyna só lamenta duas coisas: não ter sido dirigida por Domingos de Oliveira na série - Pedro Paulo Carneiro e Tininha Araújo assumiram essa função - e ter gravado todos os episódios antes do projeto ser exibido, já que a data prevista para a estreia era abril. Mas nada contra a equipe escolhida. “É que todo mundo topou fazer o programa por causa do Domingos, então bateu uma tristeza. E não se ver na tevê é bem complicado, porque sempre é bom ter uma noção não só de como a gente está, mas também dos cortes, de como o diretor está enxergando aquilo”, argumenta.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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