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Árvore mais perigosa do mundo tem fruto que pode matar

Árvore mais perigosa do mundo tem fruto que pode matar

Jornal Ciência

29/01/2014 - 19h12
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A árvore manchineel é uma das plantas terríveis já encontradas na Terra. Mesmo entrando em contato apenas com a casca ou as folhas, deixa queimaduras graves na pele de uma pessoa, e comer qualquer uma de suas frutas perfumadas é uma escolha potencialmente letal. A árvore tem sido muito utilizada para o fornecimento de seiva para dardos envenenados e também como um lugar para amarrar e torturar conquistadores espanhóis.

Esta planta é nomeada assim por conta da palavra espanhola manzanita, que significa o diminutivo de maçã, e foi o nome que Cristóvão Colombo deu ao encontrar essa árvore pela primeira vez na América. Isso é adequado o suficiente, já que a árvore ostenta frutos verdes que se parecem com pequenas maçãs. Entretanto, havia outro nome ainda mais apropriado: “Arbol de la muerta”, ou "árvore da morte". O gênero da árvore, Hippomane, foi designado para a sua linha, depois de se notar que os cavalos foram levados à loucura depois de comê-lo.

Muitas vezes, a planta se apresenta pouco mais do que o tamanho de um arbusto, mas às vezes pode chegar a 15 metros de altura. É encontrada principalmente no sudeste dos Estados Unidos, Caribe e América Central. Sua casca é castanho-acinzentada e suas folhas são de um verde brilhante. Os frutos da árvore são de cheiro doce e atraente.

Cada parte da árvore é venenosa e só de entrar em contato pode ser potencialmente letal. As folhas e a casca contêm um veneno que irrita a pele e causa bolhas graves. A seiva leitosa que vaza de ferimentos na árvore também causa bolhas graves e, se ela toca as mucosas de uma pessoa, pode causar queimaduras graves.

O fruto faz com que a árvore seja ainda mais mortal. Os frutos parecem pequenas maçãs verdes, com apenas uma ou duas polegadas de diâmetro. Os frutos são muito cheirosos e aqueles que são corajosos o suficiente para comê-los dizem que têm sabor delicioso. Entretanto, comer apenas uma pequena quantidade vai deixar bolhas e queimaduras na boca e garganta, e grandes quantidades são mortais.

Como se isso não fosse suficiente, a árvore também pode causar sérios danos se a pessoa estiver próxima a ela. Se está chovendo, a água que cai das folhas leva toxinas e queima a pele de qualquer pessoa que ela toque. De fato, há relatos de nativos da Flórida do século 16 - e que fazem isso até hoje com invasores - que pressionavam conquistadores espanhóis a ficarem sob as árvores durante a chuva para queimá-los e até cegá-los.

A remoção da árvore de áreas povoadas é problemática. Ao cortar as árvores e pulverizarem sua seiva, o que sobra vira toxinas em uma forma vaporosa e contamina o ar de uma maneira perigosa. Mesmo em contato apenas com a fumaça, queimaduras na pele e cegueiras são possíveis de acontecer.

Estranhamente, a madeira da árvore tem sido altamente valorizada na confecção de móveis coloniais. Uma vez deixada para secar ao sol, as qualidades venenosas da madeira desaparecem em grande parte. A secagem das frutas tem um efeito semelhante e estes frutos secos têm sido conhecidos por serem utilizados como diurético. Na Jamaica, a goma de árvore manchineel tem sido muito utilizada para tratar várias doenças venéreas.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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