Cícero Faria, Dourados
A área plantada de cana em Mato Grosso do Sul cresceu 51,4% em relação à safra anterior, de 265.400 para 401.800 hectares, maior percentual registrado no País pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os números fazem parte do balanço apresentado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre o desempenho nacional do setor sucroalcooleiro, referente ao periodo de coleta de dados de 1° a 20 de agosto.
O crescimento estadual é cinco vezes superior à média nacional, de 10,2%. A área plantada no País oscilou de 7,409 milhões para 8,167 milhões de ha.
A produção nesta safra em Mato Grosso do Sul deverá atingir 1,273 milhão de toneladas de açúcar, 1,830 bilhão de litros de álcool - sendo 1,527 bilhão do hidratado e 302,9 milhões do anidro. A produtividade estadual foi calculada em 85,3 toneladas por hectare, 6,9% acima do rendimento médio brasileiro estimado em 79.769 kg/ha. A produção do Estado está projetada para 34,274 milhões de toneladas.
São Paulo continua sendo o maior produtor com 53,60% (4,377 milhões de ha), seguido por Minas Gerais com 8,65% (706,5 mil ha), Paraná com 7,51% (613,6 mil ha), Goiás com 7,34% (599,3 mil ha), Alagoas com 5,37% (438,5 mil ha), Mato Grosso do Sul com 4,92% (401,8 mil ha) e Pernambuco com 4,21% (343,51 mil ha).
Novas usinas entraram em funcionamento nesta safra em Minas Gerais (três), São Paulo e Goiás (duas) e Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio de Janeiro, uma cada.
Entre os Estados com maior produção, os que tiveram aumento significativo de área cultivada foram Mato Grosso do Sul (51,4%); Goiás (27%); Minas Gerais (20%); Paraná (14,5%); Pernambuco (6,9%) e São Paulo (6%).
Produção
A previsão do total de cana que será moída na safra 2010/2011 é de 651,5 milhões de toneladas, aumento de 7,8% em relação à safra 2009/2010. Poderão ocorrer variações em decorrência do clima, principalmente se persistir a estiagem no centro-sul do País.
A previsão é de que do total da cana esmagada, 294.023 milhões toneladas (45,13%) serão destinadas à produção de açúcar, as quais devem render 38,1 milhões toneladas. O resto, 357,4 milhões de toneladas (54,87%), serão destinadas à produção de álcool, com volume total de 28,4 bilhões de litros de álcool, sendo 8,2 bilhões de litros de anidro e 20,1 bilhões de hidratado.