O Ministério Público Estadual inicia operação de repressão à delinquência, principalmente ao uso e ao tráfico de drogas por adolescentes, na área externa do Shopping Campo Grande. A ação contará com a parceria da Polícia Militar, Polícia Civil, Conselho Tutelar e da administração do centro comercial. Em reunião ontem pela manhã, na Promotoria de Justiça de Infância e Adolescência, que durou cerca de três horas, representantes de cada um dos órgãos discutiram estratégias para prevenir e inibir os atos cometidos no local. A reunião foi promovida após o programa Balanço Geral, da TV Record, exibir imagens de jovens, que aparentavam ser menores de idade, utilizando drogas e, até mesmo, mantendo relações sexuais em espaços abertos do shopping. Os pontos escolhidos, com frequência, são o estacionamento e a praça próxima à sede do Grupo Armado de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras). Aos finais de semana, com maior incidência na sexta-feira, o ajuntamento de jovens nesses locais é intenso. A equipe da emissora de televisão chegou a gravar imagens de rapazes e moças consumindo bebidas alcoólicas, cigarros (provavelmente de maconha) e outras drogas, além de um casal mantendo relações sexuais, indiferente à circulação de carros nas proximidades. “Tínhamos consciência desses problemas há algum tempo, mas as imagens realmente chocaram, deflagrando a necessidade de uma ação enérgica contra os atos que estão sendo realizados”, declarou o promotor da Infância e Juventude de Campo Grande, Sérgio Harfouche, que convocou a reunião. Segundo ele, por intermédio da ação conjunta, pretende- se reprimir o uso de drogas e outras infrações, preocupando-se, ao mesmo tempo, em impedir o contato dos jovens com essas situações. “O trabalho depende de uma interação entre os pais, os jovens e o Estado. Depois do que foi ao ar, ninguém pode ignorar o que está acontecendo em alguns locais da cidade”, afirmou Sérgio Harfouche, que também é presidente do Conselho Estadual Antidrogas. Representantes do Shopping Campo Grande, que estiveram presentes à reunião, não quiseram comentar o caso.