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Aposentado é morto por espancamento dentro de casa

Aposentado é morto por espancamento dentro de casa

Redação

25/03/2010 - 08h03
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Em três dias, dois latrocínios aconteceram em Campo Grande. Depois do roubo a um bar, no Bairro Cidade Morena, com o assassinato de um comerciante, outra morte ocorreu na madrugada de ontem, na região central da cidade, mais precisamente na Travessa Bocage, quase esquina com a Rua 14 de Julho (próximo à Feira Central). A vítima é Francklin Yashuyro Shinzato, 78 anos. Aposentado como servidor público, Shinzato morava sozinho na casa onde foi encontrado morto. Não havia sinais de arrombamento. Ele foi atingido com golpes de uma garrafa de champanhe cheia, e também com um liquidificador. Segundo policiais militares que atenderam à ocorrência, ambos os objetos foram encontrados ao lado do corpo, bastante sujos de sangue. Os golpes foram desferidos só na cabeça. Veículo O assassino fugiu com a Belina placas HRI-1684, Campo Grande, localizada ontem mesmo por volta das 11h, cerca de uma hora depois que os policiais passaram rádio para as viaturas informando as placas do veículo roubado. Ainda foram subtraídos da casa, onde os móveis estavam revirados, um aparelho de televisão de plasma e outro comum, mais um aparelho de DVD. Uma fu ncioná ria que trabalhava na residência de Shinzato todas as manhãs, de segunda a sábado, foi quem primeiro desconfiou de que havia algo de errado com o patrão. “Chamei por ele para abrir o portão (como era habitual), mas ele não atendeu. Entrei pelo portão (que estava aberto) e comecei a bater à porta, mas ele não abriu. Como estava tudo fechado, não dava para ver o que estava acontecendo no interior da casa. Foi aí que desconfiei que havia algo errado com o patrão e chamei os familiares e a polícia”, relatou a empregada, que não quis se identificar. A funcionária ainda informou que, na segunda-feira, um rapaz chamado Paulo, de cerca de 22 anos, cor morena (descendência indígena ou paraguaia), cabelo preto, baixo e magro, procurou seu patrão logo de manhã e não foi atendido. “Ele pediu para eu falar para o moço para voltar depois, à tarde”, disse. Como a funcionária só trabalha pela manhã na casa, não soube informar se o encontro realmente aconteceu. “Ele falava pouco sobre as pessoas que vinham aqui. Às vezes, ele trazia rapazes para fazer serviços aqui na casa, para arrumar um encanamento, podar o mato. Mas eu não tinha contato com eles”, comentou. Ameaça De acordo com familiares, em dezembro Shinzato teve de ser levado às pressas para o pronto-socorro por conta de uma surra que levou de um rapaz, que lhe roubou d i n heiro. Naquele d ia, o aposentado teve muitos ferimentos na cabeça, atingida com um pedaço de pau. “Ele disse que o criminoso pediu senha de sua conta no banco, talão de cheques e cartão de crédito e ainda ameaçou que se a senha não estivesse correta, voltaria para matálo. Deve ter sido esse o motivo do crime”, constatava, ontem, Rosário Oshiro, 80 anos, irmã do aposentado. “Mas ele não se sentia ameaçado. Se estava com medo de alguma coisa acontecer, não demonstrava”, continuou. A irmã ainda relatou que o irmão costumava ajudar as pessoas. “Era sozinho, só criava cachorros aqui na casa dele, e tinha a mania de ajudar os outros sem perceber o perigo que estas podiam oferecer. Esses dias ele até deu carona para uma pessoa que estava no Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante)”, continuou. O corpo de Shinzato foi encaminhado para o Instituto de Medicina e Odontologia- Legal (Imol). Até o final da tarde, a polícia não tinha a identificação de suspeitos do crime. As investigações prosseguem.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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