Cidades

Dourados e a "Câmara Secreta"

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Após quatro meses de investigação, Gaeco deflagra operação

Após quatro meses de investigação, Gaeco deflagra operação

Laís Camargo

29/04/2011 - 09h48
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Holerites falsificados pelo próprio diretor financeiro, servidores-fantasmas, gorjetas mensais e propinas. Uma lista de crimes políticos que aconteciam simultaneamente na Câmara Municipal de Durados e que hoje foram expostos com provas concretas e prisões na operação “Câmara Secreta” - deflagrada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com o apoio da Polícia Militar.

Esta manhã foram quatro prisões preventivas - ex-vereadores Sidlei Alves (sem partido), Humberto Teixeira Jr (PDT), além do ex-assessor de Humberto, Rodrigo Teixeira. Também foi preso o ex-diretor financeiro da Câmara, Amilton Salina. Além disso, dez mandados de busca e apreensão, sendo sete na cidade de Dourados, dois em Campo Grande e um em Vicentina, comarca de Fátima do Sul. Todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Dourados, pela prática de crimes de falsificação de documento público e uso de documento público falsificado, peculato e formação de quadrilha.
 

Foram quatro meses de investigação baseadas em depoimentos de cinco ex-servidores comissionados da Câmara Municipal de Dourados que denunciaram um “esquema” de fraudes na contratação de empréstimos consignados.

O caso

Segundo as declarações, os servidores foram nomeados pelo então Presidente da Câmara Sidlei Alves a pedido do ex-vereador Humberto Teixeira Júnior, com a finalidade exclusiva de contratação de empréstimos consignados, cujos valores foram repassados para o ex-vereador. Ocorre que, os holerites dos servidores eram falsificados pelo então Diretor financeiro da Câmara, a mando dos dois vereadores, constando valores até 5 vezes maiores do que os efetivamente pagos, com o objetivo de aumentar a margem consignável e, com isso, conseguir maiores empréstimos.

Dos denunciantes, dois deles eram servidores-fantasmas, pois jamais trabalharam na Câmara Municipal de Dourados. Uma delas trabalhava efetivamente na assessoria de Teixeira Júnior e outros recebiam “gorjetas” mensais diretamente do ex-vereador e lhes prestavam serviços de caráter pessoal.

Agravantes

Toda a intermediação dos empréstimos entre a Câmara e as instituições bancárias era conduzida por Rodrigo Terra, vulgo “Tapado”, assessor de Teixeira Júnior, que participava instruindo a falsificação de documentos públicos e conduzia os servidores até os bancos. Assim que os empréstimos eram liberados, os servidores entregavam todo o valor para “Tapado” que os recebia em nome de Teixeira Júnior.

Alguns empréstimos eram pagos pelos próprios vereadores Teixeira Júnior e Sidlei Alves. Em outros, apurou-se, as parcelas eram descontadas do servidor-fantasma e pagas ao banco.

Segundo as declarações dos ex-servidores, inclusive valores referentes a rescisões de contrato teriam sido apropriados indevidamente pelo ex-vereador, por intermédio de seu assessor.

Gravações autorizadas pela justiça dão conta de que um dos ex-servidores, que está sob proteção policial, foi procurado por pessoa ligada a Teixeira Jr., que lhe pagou uma “propina” no valor de R$ 5.000 para que não denunciasse os fatos ao Ministério Público Estadual e, ainda, firmasse declaração em cartório de que os dois empréstimos feitos em seu nome foram utilizados pelo próprio ex-servidor.

Com informações do MPE
 

Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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MATO GROSSO DO SUL

CCR MSVia terá de instalar 17 eletropostos na BR-163, determina ANTT

ANTT encaminhou ofício para que a concessionária elabore projeto para atender motoristas de carros 100% elétricos nos 847 km da rodovia

17/04/2024 16h23

Eletroposto da CCR em rodovia no interior de São Paulo Divulgação

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A CCR MSVia vai ter de instalar 17 eletropostos (locais para carregamento de veículos elétricos)  nos 847 quilômetros da BR-163. Na semana passada, a Agência Nacional de Transportes Terrestres) encaminhou ofício à concessionária para que elabore projeto para atender os motoristas que têm carros 100% movidos por esta fonte energética.

Embora a implantação ainda dependa da repactuação do contrato, em análise no Tribunal de Contas da União (TCU), a empresa já está elaborando projetos de investimentos para implementação caso a corte considere que a proposta atende os requisitos legais e ao interesse público. 

Em ofício encaminhado à ANTT, a empresa afirma que “devido ao processo de relicitação em curso, não há obras a serem realizadas.  Entretanto, é de conhecimento dessa Agência que está sendo discutida a inclusão de novos investimentos no Contrato, no âmbito do Grupo de Trabalho instituído através da Portaria MT nº 371/2023, visando a repactuação do contrato. Por esse motivo, a MSVia está elaborando projetos para melhorar os serviços oferecidos aos usuários da BR-163.”

Mesmo com a indefinição, a autarquia solicitou estudos à concessionária sobre ações voltadas ao uso racional dos combustíveis e a preservação do meio ambiente, com base na Lei 10.233/2001. 

Em documento do dia 8 deste mês, o Gerente de Gestão de Investimentos Rodoviários da ANTT, Fernando de Freitas Bezerra, informa que a atual Política Nacional de Outorgas Rodoviárias definida na Portaria MT 995/2023 estimula o uso de veículos elétricos pelas concessionárias de rodovias e determina a instalação de pelo menos um ponto de recarga para veículos elétricos em cada posto de Serviço de Atendimento ao usuário (SAU) e Ponto de Parada e Descanso (PPD) até 2027. 

Desta forma, a MSVia vai ter de instalar  17 eletropostos em toda a extensão da BR-163, uma vez que essa é a quantidade de SAUs existente na estrada. 

No ofício encaminhado à concessionária e demais empresas que administram rodovias federais (Ofício Circular 671/2024) é reforçado que “cada vez mais, serão necessários a disponibilização de carregadores elétricos nas rodovias federais concedidas para utilização pelos usuários da rodovia que dispõem de veículos 100% elétricos, além de possibilitar a substituição da frota de veículos das próprias Concessionárias e da ANTT”.

Após esta explicação, o gerente da Agência  recomenda que “as Concessionárias formulem planos de desenvolvimento sustentável, firmem parcerias estratégicas e direcionem esforços a fim de provermos, num curto espaço de tempo, todo sistema rodoviário com quantidade adequada de eletropostos.”

Em outras rodovias administradas pela CCR, como a Via Oeste, e o sistema Anhanguera/Bandeirantes, no interior de São Paulo, já existem eletropostos. 

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