Política

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Apaixonados por rock

Apaixonados por rock

Redação

13/07/2010 - 21h09
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Thiago Andrade

A história da música popular tem no rock um de seus grandes – e talvez mais duradouros – momentos. Com quase 60 anos, o ritmo nascido nos Estados Unidos, que mesclava country e blues em canções rápidas, continua ganhando adeptos em todo o mundo. Isso, sem falar nas bandas que pululam a todo momento. No Dia Mundial do Rock, comemorado hoje, alguns fãs, que acabaram se tornando colecionadores, mostram um pouco do seu acervo e contam como se apaixonaram pela música feita, basicamente, com guitarras, baixo e bateria.

Quando surgiu, o rock chocou a sociedade por sua atitude irreverente e logo conquistou a simpatia dos jovens. O ritmo nasceu com características cosmopolitas e chegou facilmente ao Brasil. O jornalista Flávio Teixeira conta que tinha “mais ou menos” 15 anos quando teve seus primeiros contatos com a música estadunidense. “Eu morava em Três Lagoas, mas um amigo tinha família no Rio de Janeiro e de lá vinham os discos que nós escutávamos”, lembra.

Na época, quem fazia sucesso eram músicos como Jon Secada e bandas como Bee Gees, que animavam as brincadeiras dançantes, como eram chamadas as festas promovidas na casa dos amigos. “Um dia, levamos um disco do Led Zeppelin, mas depois de três músicas nos mandaram embora”, conta. Segundo o jornalista, o rock ainda era pouco conhecido no interior do Estado e todos que consumiam esse tipo de música se conheciam.

“Tudo aconteceu depois do Woodstock, então, nós estavamos naquela onda hippie, deixando os cabelos crescer e éramos muito ligados ao movimento psicodélico”, ressalta. Já tendo ultrapassado a faixa dos 50, Flávio ainda se mantém fã da música psicodélica, que além de expoentes como Pink Floyd e Beatles, em sua fase “Sgt. Peppers and the Lonely Hearts Club Band”, tem representantes mais obscuros apreciados pelo jornalista, como a banda Van Der Graaf Generator, ligada ao rock progressivo inglês do final da década 60.

Mas a coleção de Flávio vai além e incorpora novidades produzidas em todo o mundo. “Procuro ficar antenado, ouvir tudo o que existe de novo e pesquisar o máximo possível”, aponta. Embora não tenha os números, o jornalista conta com grande número de CDs, LPs e arquivos em MP3. “A internet abriu as portas do mundo para o conhecimento musical. É fácil pesquisar e sempre existe alguma banda nova para escutar”, explica.

Segundo ele, as manhãs são o melhor momento para ouvir rock. “Criei um sistema de som ligado em um toca-discos recém-comprado. Eu coloco para tocar de manhã e fico escutando até a hora de ir para o trabalho”, aponta.
O rock abriu as portas para que o jornalista conhecesse outros estilos musicais como o jazz e, até mesmo, a música erudita. “Foi por meio de pesquisa que isso aconteceu. A gente quer descobrir as referências e acaba descobrindo coisas muito interessantes”, pontua.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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