O governador André Puccinelli (PMDB) voltou ontem a dar sinais de que caminhará ao lado do PSDB na batalha pela sucessão presidencial. Ele ainda insistiu em sua pretensão de afastar-se do governo para tocar a campanha em busca de mais um mandato. A medida seria aplicada para evitar insinuações dos adversários de que usaria a máquina em prol da sua candidatura à reeleição. A indicação de apoio aos tucanos na eleição presidencial veio por meio da dica que o governador deu durante a abertura do Seminário do Projeto Rompendo o Círculo de Violência. Ao ser questionado sobre seu rumo na disputa eleitoral, ele mandou os jornalistas verem o mapa político divulgado anteontem na Folha de São Paulo. A arte gráfica dá como indefinida a posição de Puccinelli, porém, reportagem ao lado resume como “provável” a adesão do PMDB de Mato Grosso do Sul ao projeto do PSDB. “Dirigentes tucanos citam como prováveis “adesões” oficiais ou extraoficiais à candidatura de Serra (governador de São Paulo, José Serra) Jackson Lago, no Maranhão, e André Puccinelli, em Mato Grosso do Sul”, informa o texto. Na mesma reportagem, o presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), reconhece a impossibilidade de unir PT e PMDB em Mato Grosso do Sul. Ele explicou que o lançamento do ex-governador José Orcírio dos Santos (PT) ao Governo deve empurrar Puccinelli para o palanque de Serra. Ainda ontem, Puccinelli disse que pretende se afas- José Serra pode ter o palanque do governador André Puccinelli em MS FABIO POZZEBOM/ABR tar do cargo assim que a campanha se tornar oficial. Neste caso, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Elpídio Helvécio de Souza, assumiria o cargo, levando em conta que o vice- governador Murilo Zauith (DEM) e o presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), querem disputar a eleição. (LK)