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Alertas de desmatamento caem 19% na Amazônia Legal

Alertas de desmatamento caem 19% na Amazônia Legal

Agência Brasil

21/02/2014 - 17h30
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Dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados hoje (21), registram redução de 19% no número de alertas de desmatamento entre agosto de 2013 e janeiro de 2014, comparado ao mesmo período 2012/2013. A área afetada caiu de 1.427,99 quilômetros quadrados (km2) para 1.162,50 km2.

As informações foram apresentadas pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pelo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Volney Zanardi Júnior, durante reunião com secretários estaduais de Meio Ambiente da Amazônia Legal. O evento visa a debater novas estratégias de combate ao desmatamento na região.

O levantamento é feito com base em imagens de satélites e do total de alertas. A fiscalização do Ibama detectou que 76% se referem a corte raso (remoção total da cobertura florestal), 5% foram degradação por exploração florestal, 8% por uso de fogo e 11% foram falsos positivos, quando o satélite detecta lagos e rios, por exemplo.

De acordo com o presidente do Ibama, o Deter não serve para medir desmatamento. Seu objetivo é direcionar as ações de fiscalização do Ibama para os locais apontados pelos satélites. Já o Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes) é mais preciso, medindo áreas bem menores, e suas taxas são apresentadas anualmente. “As nossas operações são baseadas na coleta e organização de inteligência para trabalhar, não só caso a caso, mas para desmantelar as cadeias criminosas que estão por trás desses indícios. A Amazônia é muito grande, vamos ficar desperdiçando energia se não tivermos inteligência e estratégias claras, e quanto mais articulados, como estamos com os estados, melhor”, disse Volney Zanardi.

Ele disse que no período analisado foram registrados 1.540 autos de infração, com registros de R$ 550 milhões em multas. Acrescentou, ainda, que algumas áreas foram embargadas e a fiscalização apreendeu equipamentos e madeira ilegal.

A ministra Izabella Teixeira destacouou a prioridade de investigação para desmantelar as quadrilhas associadas ao desmatamento. “Estados que não têm tradição de alertas de desmatamento, mostram um aumento no número de alertas. Isso nos preocupa não só pelo desmatamento em si, mas porque pode estar havendo mudança de perfil do crime, de migração entre estados". Outro cuidado diz respeito a estados onde os alertas de desmatamento diminuem, mas as condições podem ser mais graves em relação à ilegalidade e ao crime ambiental praticado, acrescentou.

Izabel Teixeira explicou, ainda, que o Ministério do Meio Ambiente trabalha na sofisticação das tecnologias, para enxergar mais as áreas desmatadas, o mais próximo possível ao tempo real, para orientar a fiscalização. Caso da parceria com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que utiliza tecnologia mais detalhada, de radares, sem a interferência de nuvens, como acontece com os satélites.

“Ampliamos as bases de fiscalização com o Sipam, e também já estamos testando drones (veículos aéreos não tripulados) em determinadas áreas da Amazônia, que mapeiam a região e enviam imagens online. Estamos colocando essas tecnologias todas em campo, esperando que isso se traduza na redução do desmatamento”, disse a ministra, que também enviou outro alerta: “aviso aos infratores que se acham que não estão senso vistos, agora temos o BBB radar”.

Nove estados compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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