Além da acusação de envolvimento com quadrilha que fraudava licitações, o prefeito Ari Artuzi (PDT) enfrenta agora um princípio de rebelião de aliados, insatisfeitos com o tratamento recebido do alto escalão da Prefeitura de Dourados. A inda essa semana, os vereadores se reunirão para encaminhar documento ao prefeito solicitando mais atenção às demandas da Casa, como pedidos de obras e serviços feitos por meio de requerimentos e indicações. Após a sessão ordinária de segunda-feira à noite, um grupo de vereadores acertou a realização de reunião interna, para quinta-feira ou sexta-feira, conforme Paulo Henrique Bambu (DEM). “Vamos convidar os 12 vereadores para fazer as suas reclamações ao prefeito”, acrescentou. Artuzi, hoje, tem maioria na Câmara. Conta com o apoio de oito vereadores do PDT, DEM, PRB, PSB e do PSDB. Quatro vereadores – dois representantes do DEM, um do PMDB e outro do PT – declaram- se independentes. Gota d’água Dois episódios recentes, envolvendo os vereadores Bambu e Zezinho da Farmácia, foram a gota d’água para o acirramento dos ânimos. Os vereadores teriam sido desrespeitados pelos secret á rios Di lso Missio (Planejamento) e Marlene Vasconce los ( Educação) . Ainda na segunda-feira, o presidente da Câmara, Sidlei Alves (DEM), alertou do risco de haver rebelião contra Artuzi, já que os vereadores não são atendidos em seus pedidos e, muitas vezes, nem sequer são recebidos pelos secretários municipais. O líder de Artuzi na Câmara, Humberto Teixeira Júnior (PDT), vai tentar ser o bombeiro político neste caso. Mas Bambu não confirmou ontem se será pedida a demissão de secretários “porque tudo será decidido na reunião desta semana. Cada vereador vai falar o que pensa”. (CF)