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Agosto registra alta de 0,49% na inflação em Campo Grande; alimentação é a vilã

Agosto registra alta de 0,49% na inflação em Campo Grande; alimentação é a vilã

DA REDAÇÃO

05/09/2012 - 10h50
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Os grupos que mais contribuíram para a elevação da inflação foram: alimentação 1,16%, habitação 0,74% e educação 0,35%. Já os grupos que mais contribuíram para a queda foram: vestuário (-1,15%) e despesas pessoais (-0,61%).

A habitação apresentou forte elevação devido aos aumentos dos seguintes produtos: esponja de aço 7,69%, energia elétrica 3,58% e DVD 1,90%. Quedas de preços ocorreram com: forno microondas (-4,22%), ventilador (-3,13%) e refrigerador (-2,64%). Outro grupo que registrou forte inflação foi alimentação (1,16%), reflexo dos elevados valores das carnes bovina, suína e de aves.

Carnes
“A maioria dos cortes de carne bovina apresentou aumento de preço, devido a forte estiagem que estamos atravessando, prejudicando as pastagens naturais. Com a entrada no mercado do boi gordo de confinamento, os preços tendem a subir, motivados pelos altos custos da ração e hospedagem dos animais. Com as grandes perdas de milho e soja ocorridas no Meio Oeste Americano, a situação daqui para o final do ano pode se agravar ainda mais, com fortes aumentos no setor de carnes em geral. As carnes de aves e suína também começaram a ter fortes altas”, afirma o pesquisador da Anhanguera-Uniderp, José Francisco Reis Neto.

Por outro lado, o grupo alimentação também sofre influência de fatores climáticos e da sazonalidade de alguns de seus produtos, principalmente, verduras, frutas e legumes. Alguns produtos aumentam o valor ao término da sua safra, outros diminuem quando entram na safra. Além das carnes, os outros produtos que mais pressionaram a inflação para cima foram: pimentão (28,34%), repolho (21,60%), limão (20,77%), beterraba 16,63%, cenoura 16,59% e tomate 15,95%. Por outro lado, alguns s tiveram reduções significativas: abobrinha (-24,36%), cebola (-13,35%), uva (-8,48%) e laranja pera (-7,31%).

No item carnes, vários cortes de carne bovina tiveram alta: contrafilé 4,22%, coxão mole 4,12%, patinho 2,22%, músculo 1,54% e cupim 1,04%. Outros tiveram redução: fígado (-6,86%), paleta (-4,20%), filé mignon (-1,54%), alcatra (-0,81%), picanha (-0,66%) e lagarto (-0,11%). “Para os próximos meses a tendência é de alta”, reforça José Francisco. Em relação à carne suína, houve uma reação em relação ao mês passado, com aumentos significativos da costeleta 5,33%, pernil 4,31% e bisteca 3,14%. Quanto à carne de aves, tanto miúdos quanto frango congelado aumentou: miúdos 3,57% e frango congelado 0,15%.

Transportes
O grupo Transportes apresentou pequena inflação, da ordem de 0,09%, principalmente, pelos valores de óleo diesel 4,03% e gasolina 0,18%. Ocorreram quedas de preços de etanol (-4,77%) e automóvel novo (-0,17%). O Grupo Educação também registrou pequena deflação, da ordem de 0,16%, devido aos aumentos em produtos de papelaria, de 3,39%.

Já o grupo Despesas Pessoais apresentou uma moderada deflação, da ordem de (-0,61%). As principais altas foram com os produtos: absorvente higiênico 5,88%, hidratante 1,47% e produto para limpeza de pele 0,92%. Quedas ocorreram com: filme fotográfico (-6,87%), protetor solar (-3,13%) e creme dental (-2,24%).

Saúde
No mês de agosto de 2012, o grupo Saúde registrou pequena inflação da ordem de 0,16%. Destacaram-se: consultas de médicos pediatras 5,31%, material para curativo 2,82%, antiinfeccioso e antibiótico 1,80%, vitamina e fortificante 1,43%. Quedas ocorreram com: antialérgico e broncodilatador (-3,19%), anticoncepcional e hormônio (-1,69%), antigripal e antitussígeno (-1,67%) e psicotrópico e anorexígeno (-0,13%).

Vestuário
Observou-se no grupo Vestuário forte deflação em seu índice, da ordem de (-1,15%) em relação ao mês de julho. Aumentos de preços em produtos desse grupo foram verificados nos itens: camiseta feminina 10,27%, sandália/chinelo masculino 10,13%, short e bermuda masculina 2,28%. Ocorreram quedas de preços nos produtos: camiseta masculina (-13,72%), calça comprida masculina (-3,45%) e camiseta masculina (-1,58%).

Inflação acumulada - A inflação acumulada neste ano de 2012, na cidade de Campo Grande, é de 2,98% e, nos últimos 12 meses é de 5,27%, ultrapassando o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que para o ano de 2012 é de 4,5%. A tendência para este ano de 2012 é que a inflação acumulada na cidade de Campo Grande fique dentro da meta estabelecida pelo CMN, que é de 4,5% ± 2%, isto é, até 6,5%.

“O grupo Despesas Pessoais continua liderando em termos de inflação acumulada neste ano de 2012, com índice de 7,87%, sinalizando que o setor de serviços é aquele que mais tem sofrido reajustes de preços nesses últimos meses. O grupo Educação vem em segundo lugar, com 5,66%, que também é um grupo de serviços, motivado pelo aumento das mensalidades escolares de janeiro, reforçando, assim, que o setor de serviços tem puxado a inflação para cima. O reflexo só não é maior na inflação da cidade porque os pesos desses grupos são pequenos na composição da mesma. Os grupos Saúde e Habitação, além de Despesas Pessoais e Educação também têm inflações acumuladas elevadas, acima da inflação acumulada geral do ano de 2012, que é de 2,98%”, aponta o coordenador do núcleo que divulga o IPC/CG, Celso Correia de Souza.

O grupo Despesas Pessoais também lidera a lista das inflações acumuladas em 12 meses, com 8,82%, seguida do grupo Alimentação com 7,24%, transportes 6,40% e Educação 6,09%, inflações essas superiores a inflação acumulada em 12 meses, que está em 5,27%.

Os dez mais e os dez menos
Os dez produtos que mais contribuíram para a inflação foram Energia elétrica; Óleo diesel; Pescado fresco; Arroz; Papelaria; Tomate; Contrafilé; Maçã, Bebidas alcoólicas e Cenoura. Já os dez que menos contribuíram para a elevação da inflação na cidade de Campo no mês de agosto foram: Etanol; Camisa masculina; Filme fotográfico; Calça comprida masculina; Laranja pêra; Cebola; Queijo muçarela/prato; Paleta; Feijão e Alcatra.

Economia

Invasores do Siafi tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões só no Ministério da Gestão

Criminosos conseguiram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2 milhões foram recuperados.

23/04/2024 18h00

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

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Os criminosos que invadiram o sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, tentaram movimentar ao menos R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação.

Segundo as apurações preliminares, eles conseguiram desviar no mínimo R$ 3,5 milhões do órgão, dos quais R$ 2 milhões já foram recuperados.

A invasão ao Siafi foi relevada pela Folha. O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

Em nota, o órgão confirmou a "utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular" e disse que "as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas". O Tesouro afirmou ainda que as ações "não causaram prejuízos à integridade do sistema".
Integrantes do governo relatam que os criminosos realizaram três operações Pix a partir dos recursos do MGI, para três bancos diferentes.

Os investigadores conseguiram reaver os valores transferido para duas instituições, mas o maior volume, repassado para uma terceira instituição, não pôde ser recuperado porque o dinheiro já havia sido direcionado para outras contas.

Os valores em questão dizem respeito apenas ao que foi mapeado no âmbito do MGI. De acordo com investigadores da PF, os invasores conseguiram movimentar valores maiores que os R$ 3,5 milhões.

Ainda não há confirmação pública dos montantes envolvidos, nem quais órgãos foram alvo da ação criminosa. A Polícia Federal investiga o caso com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para conseguir fazer as transferências, os criminosos roubaram ao menos sete senhas de servidores que têm perfil de ordenadores de despesa --ou seja, têm permissão para emitir ordens bancárias em nome da União.

Houve tentativas de pagamento em pelo menos três órgãos: MGI, Câmara dos Deputados e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na Câmara, os criminosos não tiveram êxito porque uma série de barreiras de segurança impediu a conclusão das transações.

Segundo interlocutores que auxiliam nas investigações, gestores habilitados para fazer movimentações financeiras dentro do Siafi tiveram seus acessos por meio do gov.br utilizados por terceiros sem autorização.
As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br de gestores e ordenadores de despesas para operar a plataforma de pagamentos.

A Polícia Federal disse, em nota, que soube dos ataques em 5 de abril, quando começaram as apurações. As diligências são conduzidas em segredo de Justiça.

O Tesouro realizou uma reunião com diferentes agentes financeiros do governo no dia 12 de abril para comunicar a existência de um ataque ao Siafi e ao gov.br.

Segundo relatos, o órgão gestor do sistema teria informado que no fim de março, nas proximidades da Páscoa, os criminosos conseguiram se apropriar de um perfil com acesso privilegiado dentro do sistema e usaram isso para acessar ordens bancárias e alterar os ordenadores da despesa e os beneficiários dos valores.

O Tesouro chegou a suspender a emissão de ordens bancárias por meio do Pix (OB Pix), instrumento preferencial utilizado pelos invasores para desviar os recursos.

Como mostrou a Folha, a suspeita é que os invasores coletaram os dados sem autorização via sistema de pesca de senhas (com uso de links maliciosos, por exemplo). Uma das hipóteses é que essa coleta se estendeu por meses até os suspeitos reunirem um volume considerável de senhas para levar a cabo o ataque.

Outros artifícios também podem ter sido empregados pelos invasores. A plataforma tem um mecanismo que permite desabilitar e recriar o acesso a partir do CPF do usuário, o que pode ter viabilizado o uso indevido do sistema.

Na prática, os invasores conseguiram alterar a senha de outros servidores, ampliando a escala da ação.

Dadas as características, interlocutores do governo afirmam que se trata de uma ação muito bem articulada, pois apenas alguns servidores têm nível de acesso elevado o suficiente para emitir ordens bancárias em nome da União. Isso indica uma atuação direcionada por parte dos invasores.

Além disso, técnicos observam que o Siafi é um sistema complexo, pouco intuitivo, e operá-lo requer conhecimento especializado sobre a plataforma. Alguns chegaram a mencionar que há fragilidades de segurança no sistema.

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer uma fiscalização para verificar as providências adotadas pelo governo para solucionar o problema.

A corte de contas já vinha realizando uma auditoria no Tesouro Nacional com o objetivo de promover a melhoria na gestão de riscos de segurança da informação, por meio da avaliação dos controles administrativos e técnicos existentes na organização.

Tá na conta

Beneficiários do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário

Os depósitos referentes à primeira parcela do 13º salário para beneficiários do INSS que ganham até um salário mínimo começam a ser depositados nesta quarta-feira (24) em Mato Grosso do Sul

23/04/2024 17h15

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento.  Imagem Arquivo

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Em Mato Grosso do Sul, cerca de 348.217 beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irão receber a primeira parcela do 13º salário que representa o montante de R$ 314.575.797,47. O depósito da primeira parcela será efetuado na quarta-feira (23) para quem recebe até um salário mínimo.

Para saber a data exata em que irá receber a partir desta quarta-feira (24) o beneficiário poderá consultar por meio do extrato de pagamento. 

Para aposentados, pensionistas que ganham até um salário mínimo o depósito será efetuado entre os dias 24 de abril a 8 de maio, enquanto quem possui renda mensal acima do piso nacional terá o dinheiro em conta a partir do dia 2 de maio.

No Estado, 350.162 beneficiários recebem pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) destes 104.107 correspondem a benefícios assistenciais. Nesta modalidade, que cobre aposentadorias, pensões e auxílios, representam o montante de R$ 68,2 bilhões, mais os R$ 33,4 bilhões que são do pagamento da primeira parcela do 13º salário, chega a R$ 101,6 bilhões.

Ainda, em Mato Grosso do Sul o montante para Regime Geral é de R$ 649.791.870,13 e da modalidade assistencial a quantia representa R$ 146.866.420,43.

Segundo dados do INSS, 27.640.302 pessoas recebem até um salário mínimo, enquanto 2.260.428 ganham acima do piso nacional. Deste número os benefícios assistenciais são de 5.964.306 conforme a folha de pagamento de abril. 

Como consultar

Aos usuários que não tem acesso à internet basta ligar para a Central pelo número 135. Será necessário informar o número do CPF e realizar a confirmação de informações cadastral para inibir possíveis fraudes. 

O horário de atendimento é de segunda-feira à sábado, das 8h às 21h (em Mato Grosso do Sul).

Site INSS

Por meio da internet basta acessar o portal Meu INSS  (https://meu.inss.gov.br/). Após o login clique em "Extrato de Pagamento". 

Nessa página o beneficiário terá acesso ao extrato detalhado sobre o pagamento do benefício. 

Aplicativo Meu INSS

O usuário pode baixar o aplicativo que é compatível com os sistemas Android e iOS. Também será necessário realizar o login e senha. No aplicativo é possível consultar o histórico e informações referentes ao pagamento do 13º salário.

 

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