A invasão ao jornal CORREIO DO ESTADO na noite de quinta-feira (30) por determinação da juíza Elisabeth Rosa Baisch ganha repercussão nacional. A Agência Brasil – portal de comunicação oficial do governo – Portal Terra e os principais jornais do país, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo repercutiram o caso em suas páginas da internet.
O caso foi repercutido também no site do Correio Braziliense, Conjur, Jusbrasil, OAB seccional de Ribeirão Preto entre outros de vários estados como Pernambuco, Rondônia, Paraná, Minas Gerais, e São Paulo.
Segundo a Wikipedia - maior enciclopédia online, a Agência Brasil é uma agência de notícias pública, de acesso livre, de reconhecida credibilidade e abordagem pluralista. Faz parte da Aliança das Agências de Informação de Língua Portuguesa, sendo responsável pela vice-presidência deste organismo.
Confira na íntegra a reportagem veiculada pela Agência Brasil sobre o caso:
ABI pede apuração de denúncia sobre invasão a jornal sul-matogrossense
“A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) enviou telegrama ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ofício ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) de Mato Grosso do Sul, desembargador Josué de Oliveira, pedindo que seja apurada a “invasão” à sede do jornal Correio do Estado, na noite de quarta-feira (29), por agentes da Polícia Federal. Eles cumpriam determinação judicial para impedir a publicação de uma pesquisa de intenção de voto para a prefeitura da capital, Campo Grande.
Segundo o editor de Política do Correio do Estado, Adilson Paniago, a pesquisa encomendada só seria entregue no dia seguinte, mas um funcionário teve de ligar todos os computadores do setor de paginação para que os agentes verificassem se ela estava na versão que seria impressa. Como não encontrar o que buscavam, os agentes partiram para o parque gráfico. “Tivemos que parar as rotativas para eles conferirem página por página”, disse Paniago.
O presidente da ABI, Maurício Azedo, considerou a ação uma “violação grave de disposições constitucionais” e pediu, nas mensagens encaminhadas, que o ministro Cardozo e os membros do TRE-MS intervenham de forma a cessar “violências com precedentes apenas na ditadura militar”.
Para o presidente da Seccional de Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), Leonardo Avelino Duarte, decisões judiciais devem ser cumpridas, mas não da forma apontada na denúncia. “Se há o descumprimento, responde-se criminalmente. O que chama a atenção da OAB é a forma como supostamente foi feita [a ação], com a permanência da Polícia Federal [no local] enquanto o jornal estava sendo feito. Isso lembra os tempos da ditadura. Esse acesso prévio é censura”, afirmou.
A Agência Brasil tentou falar com a Assessoria de Comunicação do TRE-MS, mas o atendente do telefone divulgado na página do tribunal na internet informou que o setor não está de plantão no fim de semana.
O advogado do Correio do Estado, Laércio Guilhem, ingressou no tribunal com agravo de instrumento para obter a cassação da liminar, permitindo a divulgação da pesquisa concluída na quinta-feira (30). O editor Paniago informou que a pesquisa seria a segunda divulgada neste processo eleitoral e mostraria, além da evolução dos candidatos na campanha para o primeiro turno, a simulação de disputas para o segundo turno.”
Leia a matéria veiculada no Portal Terra
Leia a matéria veiculada na Folha de São Paulo
Leia a matéria veiculada no jornal O Estado de São Paulo