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Adolescentes precisam de atenção

Adolescentes precisam de atenção

Redação

29/03/2010 - 10h11
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Os pais costumam levar seus filhos para consulta de rotina mês a mês após o nascimento. Ao completar um ano as visitas ao pediatra começam a ser mais espaçadas. A medida que as crianças vão crescendo e adquirindo mais imunidade, o acompanhamento médico se torna mais raro. A partir dos 7 anos, ir ao pediatra só mesmo quando surge alguma doença ou acidente. Como não temos a cultura da prevenção, levar os filhos ao médico para check up anuais é tão difícil quanto ver adolescentes cientes das transformações do seu corpo. A transição da infância para a idade adulta acontece entre 10 e 19 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde. É nesse intervalo de tempo, chamado adolescência, em que os jovens vivem um período marcado por profundas mudanças, com transformações no comportamento e, principalmente, no corpo. As dúvidas são muitas, mas nem sempre o diálogo se estabelece, pois, na maioria das vezes, a vergonha é maior. Surge, então, um mar de incertezas e mitos. Mas os especialistas alertam: a informação e a conversa são os melhores aliados para lidar com os jovens nesta fase da vida. A professora Adriana Duringer Jacques, da Faculdade de Medicina de Petrópolis, destaca a importância da devida orientação aos jovens. “O conhecimento do próprio corpo e de como ele funciona é imprescindível para o adolescente identificar o que é normal e quando é preciso procurar um especialista. Na adolescência, meninos e meninas devem se conscientizar de que é responsabilidade deles cuidar de sua própria saúde. Não procurar as informações com as pessoas certas e confiar nas respostas dos colegas ou nos sites da internet são os equívocos mais frequentes dos jovens”, destaca a professora. Algumas orientações são comuns a ambos os sexos e idades. Manter uma alimentação saudável, beber água várias vezes por dia, fazer atividades físicas e dormir bem são algumas delas. Mas algumas questões são específicas para os adolescentes cujas as principais dúvidas se referem às mudanças no corpo e à sexualidade. Segundo a professora e médica Adriana Jacques, as dúvidas variam muito conforme a idade. Tanto para meninos e meninas, de 10 a 13 anos, a maior curiosidade é sobre o beijo e o “ficar”. “Nesta fase, são mais moralistas, têm medo de pegar doenças e de terem filhos tão jovens. Querem saber sobre o crescimento rápido e o desenvolvimento dos caracteres sexuais”, exemplifica. O assunto masturbação está entre as principais dúvidas dos garotos. Portanto, é nesta fase que os pais devem estar atentos para que seus filhos sejam bem instruídos quanto à sexualidade, do ato em si até mesmo sobre as doenças sexualmente transmissíveis, seja por consulta com médico da família, especialista em adolescentes (herbiatra) ou urologista. Segundo Adriana Jacques, o maior problema enfrentado na fase da adolescência é a vulnerabilidade a muitos fatores de riscos: drogas, álcool e violência. “Quando pais e especialistas orientam, os adolescentes percebem o que é estar vulnerável e começam a se proteger e se cuidar. Por isso, clareza e objetividade são fundamentais neste diálogo”, afirma. Menarca A primeira menstruação acontece entre os 10 e 13 anos. E segundo a ginecologista e obstetra Denise Coimbra é necessário que a mãe leve a filha à ginecologista quando se aproximar da menarca: “é importante a informação e a confiança entre mãe-filha e entre médico-paciente”, destaca a especialista. Segundo a médica ao menstruar muda tudo no corpo da menina. Surgem as alterações na distribuição de gordura para coxas e quadris, que dão o formato arrendondado, e o afinamento da cintura. “É comum depois de alguns ciclos anovulatórios (sem ovulação) a menina apresentar um muco cervical, que faz apresentar umidade na calcinha no período ovulatório, que se confunde com um corrimento”, exemplifica. É neste período também que iniciam as modificações psicossociais com o aparecimento do interesse pelo sexo oposto, fazendo a menina ter atitudes mais delicadas e sensuais. Vale ressaltar que as meninas estão menstruando cada vez mais cedo e essa menarca precoce (anterior aos 12 anos) se deve à poluição e aos agrotóxicos. “Mas é possível e é preciso retardar a menarca precoce para que os ciclos menstruais não interfiram no crescimento e também não tragam prejuízos emocionais”, esclarece a doutora Denise.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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