Apenas dois dos três acusados de envolvimento no assassinato de Claudineia Rodrigues Mendes estão sendo julgados nesta sexta-feira (01). Leonardo, que é acusado de apedrejar e matar a garota de programa, não compareceu ao fórum. Em contato com a família a informação repassada foi de que ele se encontra internado em um hospital da cidade, sem condições de participar do júri.
Apesar dos advogados de Hugo Pereira da Silva e Fernando Verone pedirem o desmembramento do processo, o juiz Aluízio Pereira dos Santos decidiu que apenas o júri de Fernando seria adiado. Ele será julgado na próxima terça-feira (5).
O Ministério Público chegou a pedir que fosse decretada a prisão preventiva de Fernando, porém o juiz também não acatou.
Depoimento
A primeira a depor foi a garota de programa, Glacy da Silva Lopes, que estava em companhia de Claudinéia na noite do crime. De acordo com ela, Fernando, que se apresentou como filho de um fazendeiro rico, alegou que os cinco não poderiam realizar o programa em um motel na Avenida Calógeras porque ele era casado e estava se encondendo do pai.
Segundo ela, os cinco entraram no veículo, que era dirigido por Hugo em direção a um motel na Rua Rui Barbosa. Durante depoimento, ela contou que no caminho, Leonardo desceu do carro em direção a um orelhão e que quando retornou passou a bater no seu rosto e morder sua boca.
De acordo com a testemunha, Hugo foi apresentado por Leonardo como sendo o motorista particular. Ele dirigia o carro sozinho na parte da frente e Claudineia estava sentada no colo de Fernando que também a tratava de forma violenta no banco de trás. Glacy estava ao lado de Leonardo, também no banco traseiro.
Os acusados então não pararam o veículo no motel combinado, foi a hora que Hugo destravou as portas e ela pulou do carro. Glacy contou ainda que fez sinal para a amiga pular, porém ela acha que a velocidade fez com que a amiga ficasse com medo e acabasse seguindo com os jovens.
Boletim de Ocorrência
Glacy contou que logo em seguida foi até uma delegacia, porém não conseguiu registrar o boletim de ocorrência, porque segundo os policiais, o sistema estava fora do ar. Ela contou que chegou a pegar um taxi por volta das 21h da noite do crime e rodou a cidade à procura da amiga, como não a localizou, foi até um hospital porque estava ferida, devido as agressões de Leonardo. Ainda de acordo com depoimento, por volta das 5h quando a mesma retornava a sua residência, os policiais ligaram pedindo para que ela fosse reconhecer o corpo, que era da amiga.