NADYENKA CASTRO
Será interrogado nos próximos dias, pela Polícia Civil, o estudante Anderson de Souza Moreno, 19 anos, que supostamente participava de um “racha”, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, na madrugada de segunda-feira, quando colidiu com o Celta conduzido por Mayana de Almeida Duarte, 23 anos, a qual está internada em estado grave na Clínica Campo Grande. De acordo com o delegado que investiga o caso, Márcio Rogério Custódio, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, já foi determinada a intimação de Anderson para comparecer à delegacia.
Além do depoimento do estudante, apontado como um dos autores da causa do acidente, a polícia aguarda também a conclusão dos laudos periciais e das análises das imagens feitas pelas câmeras externas de um prédio residencial que fica em frente ao local onde ocorreu a colisão. A perícia vai indicar a dinâmica do acidente, como a velocidade aproximada de cada veículo e a direção que trafegavam. As imagens podem esclarecer qual automóvel pelo semáforo vermelho, causou a batida. “O local é sinalizado por semáforo, então, um dos veículos passou no vermelho”, diz o delegado.
Márcio Custódio também já determinou que sejam localizadas mais testemunhas presenciais do ocorrido e requisitou o prontuário médico de Anderson de Souza. No documento é obrigatório conter informações sobre as condições em que o estudante deu entrada no hospital e a evolução do quadro clínico, até a alta, ocorrida no mesmo dia.
Somente após a análise das informações médicas, dos depoimentos de testemunhas, de Anderson, do amigo dele, William Jhonny de Souza Ferreira, 25 anos, também apontado como autor do “racha”, e dos resultados dos laudos, é que a polícia vai definir por quais crimes os autores serão indiciados.
A princípio, eles respondem pelos crimes de lesão corporal dolosa (com intenção) na direção de veículo automotor e participação em competição não autorizada. Três testemunhas já disseram que Anderson e Willian faziam um “racha” e que o primeiro, “furou” o sinal, resultando na colisão com o Celta de Mayana. No entanto, eles podem responder até por tentativa de homicídio.
As três testemunhas e Willian foram ouvidos logo após o acidente. O rapaz negou que estivesse em disputa com o amigo e afirmou que havia bebido duas cervejas, mas não estava embriagado.