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Abastecer com o álcool volta a ser vantajoso na Capital

Abastecer com o álcool volta a ser vantajoso na Capital

Redação

06/04/2010 - 21h40
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ADRIANA MOLINA

 

Depois de cinco meses em alta, o preço do álcool voltou a ser vantajoso para veículos flex em Campo Grande. O combustível, que precisa representar menos de 70% do valor da gasolina para ser mais econômico que seu concorrente ao consumidor, já atinge 68,6% no preço médio, segundo pesquisa feita pelo Correio do Estado.

Nos 41 postos pesquisados na Capital, a média do álcool foi de R$ 1,73 e a da gasolina, R$ 2,52. Os valores representam queda de 15,6%, ou R$ 0,32 no caso do álcool; e cerca de 2%, ou R$ 0,05 na gasolina, nas últimas quatro semanas. Atualmente o litro do derivado da cana-de-açúcar pode ser encontrando variando entre R$ 1,58 e R$ 2,05. Já o do petróleo custa de R$ 2,37 a R$ 2,69 na cidade.

Desde quando a queda começou, o Sindicato do Comércio Varejista de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS) atribuiu o decréscimo ao consumidor exclusivamente à questão de oferta e demanda. Em entrevista ao Correio do Estado na edição do dia 21 de março, o diretor de comunicação da entidade, Marcos Villalba, disse que a redução brusca nos preços do combustível é reflexo da diminuição do consumo por conta dos altos custos e do aumento da produção, já que a safra de cana começou a ser colhida. Neste ano a destinação da cultura para produção de etanol será 20% superior à do ano passado.

"As companhias já estão realinhando a produção e os proprietários de veículos flex passaram para a gasolina quando o álcool disparou. Com isso está sobrando produto no mercado e os preços começaram a cair", explicou. Porém, gerentes de postos de abastecimento afirmam que o combustível voltou a ser vantajoso em relação à gasolina por conta da redução da margem de lucro das empresas revendedoras, que tomaram a atitude depois de ficar com o álcool encalhado nos tanques por conta dos altos preços.

Conforme os cálculos do gerente do Posto Cidade, Luiz Alberto Calepso, para a empresa, a distribuidora reduziu a cotação do litro de álcool em, no máximo, R$ 0,02 nos últimos 30 dias, enquanto que na bomba, o consumidor já paga R$ 0,37 a menos − na primeira semana de março, o combustível custava R$ 1,97, e hoje, R$ 1,63. "Para os preços ficarem menores, tivemos que retirar o pagamento com cartão, além de reduzir a margem de lucro, porque na distribuidora mesmo, para nós, quase não baixou", conta.

A retirada dos cartões, que cobram taxa de cerca de 1,8% no débito e 2,8% no crédito, pelos cálculos de Calepso, reduziu em cerca de R$ 0,07 o valor do litro ao consumidor. Isso significa que pelo menos R$ 0,28 saíram do lucro da revendedora, já que da distribuidora são apenas R$ 0,02. "Foi a saída que encontramos para tornar o álcool mais barato pra quem abastece e competitivo no mercado", disse o gerente.

No Posto São Marcos, o gerente Natanael da Silva Santos diz que dos R$ 0,32 baixados na bomba, apenas R$ 0,12 são de repasse da distribuidora. "Diminuímos a margem de lucro por competitividade e agora devemos estabilizar em R$ 1,66", prevê. A diferença de R$ 0,20 na margem da revendedora significa queda de R$ 8 mil por mês na receita da empresa, já que ela compra cerca de 40 mil litros de álcool no período.

 

ANP

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelam que o preço médio do álcool nas distribuidoras caiu cerca de R$ 0,25 em Campo Grande, passando de R$ 1,81, em 6 de março, para R$ 1,56, no dia 27 do mesmo mês. Porém, como há variações, algumas revendedoras receberam quedas menores ou maiores do que média verificada, já que na primeira semana de março o combustível custava de R$ 1,68 a R$ 1,86, e no final do mês, entre R$ 1,42 e 1,79 nas distribuidoras.

Economia

Não houve invasão externa em sistema do Tesouro, diz Haddad

Segundo ele, alguém com acesso à ferramenta tentou desviar recursos

22/04/2024 19h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Não houve ataque externo na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, alguém usou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

“Não foi um hacker que quebrou a segurança [do Siafi], não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, declarou o ministro antes de sair para reunião no Palácio do Planalto. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso.”

O ministro disse não saber sobre valores supostamente desviados e disse ter recebido a informação assim que a imprensa começou a divulgar o caso. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro [Nacional] e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse, reiterando que não houve ataque externo de hackers ao sistema.

Divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, a invasão do Siafi ocorreu neste mês. Os criminosos supostamente conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter entrado na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Tesouro

Em nota emitida no início desta noite, o Tesouro Nacional confirmou a afirmação de Haddad de que o Siafi não foi invadido, mas que ocorreu uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Segundo o órgão, as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema.

O órgão acrescentou que está tomando todas as medidas necessárias em resposta ao caso, incluindo ações adicionais para reforçar a segurança do sistema. “O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, concluiu o comunicado.

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Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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