Brilho, criatividade, glamour,
público animado e
carnavalescos felizes foram
os ingredientes que marcaram
o Concurso de Fantasia
na noite do último sábado,
no Armazém Cultural (Esplanada
Ferroviária), evento que
não acontecia há dois anos.
Com arquibancadas e mesas
lotadas, o concurso reuniu
profissionais que disputaram
os primeiros lugares nas categorias
Originalidade (prêmio
R$ 2 mil), Luxo Feminino e
Masculino (prêmios 2,5 mil).
Com 10 concorrentes, a categoria
Originalidade levou à
passarela alguns temas que
remetiam ao país onde acontecerá
a Copa do Mundo – a
África –, outros aos indígenas
e até uma Carmem Miranda
verde e rosa, um tanto fora
de forma, requebrou para o
público. O primeiro lugar ficou
para Décos Wanderlei,
com a fantasia “Maracatu de
prata”. O segundo, para Silvio
C. Gomes, por “Visita de um
soberano africano no Pantanal”
e o terceiro com Maria
Helena Pettengill, que desfilou
com “Nzinga Mbandi”,
assinada pelo carnavalesco
Francis Fabian. Em quarto
lugar, “Magia africana”, de
Wilson Motta e, em quinto,
Enir Amarília apresentando
“Cunha Jaguarete – mulher e
onça verdadeira”.
Com cinco concorrentes
cada, as categorias Luxo Feminino
e Luxo Masculino
arrancaram inúmeros aplausos
e “já ganhou” da plateia,
que em muitos momentos
se levantava reverenciando
a criatividade e o trabalho
dos carnavalescos – que, em
geral, levam meses confeccionado
as fantasias. O primeiro
lugar para a ala feminina
ficou com Rebeca D’Albino
- “Aisha, a arte de uma deusa
indiana”. A advogada que em
outros tempos confeccionava
fantasias para outros participantes
e neste ano decidiu
criar para si. “Estou muito
feliz. Foram 6 meses de muito
trabalho na confecção da
fantasia e o esforço sempre
vale. Mas não é só a vitória
o melhor que levamos disso
tudo aqui. É ver as pessoas
sorrindo, aplaudindo, perceber
que um concurso como
este só enriquece o carnaval,
acrescenta para Campo
Grande e para o Estado. Este
concurso não pode parar”,
disse a vencedora. O segundo
lugar ficou com Ranulfo Galleano,
o Raí, com a fantasia
“Lembranças fascinantes do
Japão”, o terceiro com “Nas
águas do Paraguay nasceu
um Rio de Esperança”, de Lilyan
Galeno; o quarto, “Mãe
África”, de Andréia Alves e, o
quinto, com Antônio Sérgio
Faciroli, por “Paris, glamour,
poder e glória da Cidade
Luz”.
Finalizando os desfiles, a
categoria Luxo Masculino teve
como vencedor um carnavalesco
que é apontado como
o sucessor de Valdir Gomes –
que hoje é hors-concours, em
virtude dos inúmeros prêmios
ganhos nos mais diferentes
concursos na Capital e fora
dela. Adão Silva, o Adãozinho,
sagrou-se campeão na categoria
com “Taharqa, saudação
aos grandes reis africanos”,
sendo o último a desfilar.
“Minha alegria é enorme nesta
noite, sou tricampeão; amanhã,
já tenho que começar a
me preparar para o concurso
de Corumbá”, comentou. “O
cavaleiro do amor”, de Leandro
Barone, ficou em segundo
lugar; em terceiro Silvio Gomes
com “Akhenaton, o grande
Faraó do Egito”; o quarto,
“Guardião do Pantanal”, de
Nilton da Silva e o quinto para
“Explosão corintiana”, de
Paulo Matias.
Para o diretor-presidente
da Fundação Municipal de
Cultura (Fundac), promotora
do concurso, o concurso
voltou para ficar: “Trata-se
do resgate da disputa, da
criatividade e do glamour.
É preciso, agora, identificar
as carências e ajudar estes
carnavalescos a prepararem
o desfile do próximo ano, temos
que sensibilizar os empresários
a participar, a adotarem
os carnavalescos”.
O “grand-finale” do evento
foi com o desfile do hors-concours
Valdir Gomes, vestindo
a fantasia “O último imperador
chinês”. Ele foi aplaudido
em pé pelo público e ovacionado
enquanto exibia performance
na passarela. Michele
e Banda fizeram a animação
musical.