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A magia das pesquisas

A magia das pesquisas

Redação

29/06/2010 - 06h35
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Nas temporadas eleitorais, o uso e o abuso nas tomadas de opinião da população sobre os pretensos candidatos a este ou aquele cargo para a República, aos estados e aos municípios parece ganhar uma expressão maior do que o seu valor intrínseco, e o que se poderia denominar a magia da pesquisa.
Divulgada a pesquisa revelando a vantagem para este ou aquele postulante, entre instantes de euforia, para o que está a frente, ou depressão, ou melhor, frustração, para aqueles que ficaram na poeira, seus respectivos adeptos procuram de imediato uma explicação que lhes seja conveniente. É também fruto da magia.

É certo que os institutos de pesquisa radiografam o “momento atual”, ou seja aquele que ocorre no instante da tomada de opinião da pessoa entrevistada, isto em determinado local desse nosso continental país. Por mais científico que seja o método da pesquisa e, sobretudo, da idoneidade da empresa, de seus funcionários tomadores da opinião, o que se levantou, por maior que seja a pureza do trabalho, revela tão somente “uma expectativa do que poderia ser”...

Os resultados recentes, divulgados pelos mais prestigiosos órgãos de consulta, não revelam mais do que tal “expectativa”. É interessante, com um pormenor, este importante, no caso da disputa para a presidência da República. No meio da disputa, há uma espécie de fantasma, este protagonizado pela figura do senhor Luiz Inácio, que, sutil e inteligentemente, se introduziu no espetáculo para ser apreciado no lugar de sua candidata in pectore, Dilma Rousseff.

É verdade. Até as águas que correm levam elas as canoas do Serra, da Marina, do inefável Luiz Inácio, este trazendo na garupa a Dilma. Às margens, estamos todos nós apreciando o curso das águas rumo à foz – o dia três de outubro. Luiz Inácio, com sua canoa impulsionada por um potente “Evinrude de 100 cavalos” na popa (prestígio pessoal, máquina de governo, cordão de acólitos, dinheiro à forra, publicidade oficializada, etc etc), vai a dianteira. A corrida, portanto, neste instante, é desigual face à força turbinada pelo Palácio do Planalto, que, como se sabe, não tem pejo no uso dos recursos públicos para tal.
Mas, no curso para sua foz, as águas eleitorais terão que enfrentar um grande obstáculo para fluírem à jusante, pois terão que passar por um vertedouro, e aí só serão permitidas aquelas autênticas, ou seja sem aguapés, troncos, galhos de árvores, capins diversos e, dentre outros, alguns répteis como as jaracuçús, muito comuns à beira das canoas oficiais...

Ultrapassado o vertedouro, aí sim começa a disputa “mano a mano”, cada um por si, pela sua força e pela sua inteligência, em igualdade de condições e sem qualquer artifício. É a chamada hora da verdade – os dos debates pela televisão, do qual nenhum dos candidatos poderá fugir sob pena do escarnio popular. E no debate, mostrar realmente a sua capacidade não só de conhecimento dos magnos problemas que estigmatizam o país, suas possíveis soluções, como também registrar presente o seu curriculum vitae para que a nação não seja dele surpreendida no futuro. Também, esclarecer outras coisitas mais.

Na realidade, hoje o que ocorre é uma disputa de prestígio entre o atual presidente da República, com os imensos poderes que tem, e os que se antepõem à sua política governamental e do abuso do seu prestígio pessoal. A senhora Dilma ainda não entrou na disputa, é apenas um fac totum daquele. Porém, já está perto, aí veremos como a onça irá beber água!
 
Ruben Figueiró de Oliveira, suplente de senador

Cidades

Fake news e outras 4 ameaças geram risco para onças-pintadas no Pantanal

Divulgação de falsos ataques acabam gerando preocupação em moradores de áreas como Corumbá, Ladário e comunidades ribeirinhas

16/04/2024 15h33

Guilherme Pimentel/IHP

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Durante o 1º Seminário Estratégias de Ações Integradas para Conservação de Felinos, realizado no Centro Sebrae Pantanal, em Corumbá (MS), nesta segunda-feira (15), pesquisadores e representantes de forças policiais e de fiscalização traçaram um mapa de ações para proteção de onças.

Entre os critérios identificados que geram ameaças para esses animais, com reflexo na biodiversidade, está a disseminação de fake news mostrando ataques inexistentes de onça-pintada em seres humanos. Esse tipo de ocorrência acaba gerando mais temor em populações que vivem no Pantanal e incentivando a caça ilegal.

De acordo com o encontro, as ameaças aos felinos, principalmente a onça-pintada, causa impacto direto nos setores econômico e social, por conta do turismo e da pecuária que estão ligados à coexistência da espécie em território pantaneiro. O evento foi promovido pelo IHP, por meio do programa Felinos Pantaneiros, e teve apoio da GM, do Sebrae/MS e do Hotel Nacional.

O avistamento de onças-pintadas ocorre em áreas próximas a Corumbá e Ladário, por exemplo, bem como em comunidades ribeirinhas que ficam ao longo do rio Paraguai.

A abertura do seminário foi feita pelo presidente do IHP, Ângelo Rabelo. No total, participaram 25 pessoas, entre elas representantes da Polícia Civil, como os delegados Iago dos Santos e Fabrício Dias dos Santos (delegado Regional); da Delegacia da Polícia Federal em Corumbá, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar Ambiental, com o major Diego da Silva Rosa, subcomandante da PMA, e capitão Jorge Júnior; e do IBAMA. Entre os pesquisadores, estiveram presentes Rafael Hoogesteijin, do Panthera; Rogério Cunha, coordenador do CENAP/ICMBio; Fábio Souza da Silva, Onçafari; e Diego Viana, pesquisador associado do IHP.

O subcomandante da PMA, major Diego Rosa, reforçou que o policiamento e a ciência precisam estar juntas para combater a desinformação envolvendo a onça-pintada. As chamadas fake News podem ocasionar ações criminosas ao criar temor nas pessoas. “O policiamento da PMA vem buscando alinhar as ações de rotina com o conhecimento técnico e científico que existem disponíveis para termos resultados positivos para a conservação do Pantanal. Temos diferentes desafios, como a caça ilegal, mas também combater as fake News, que propagam uma ideia errada do que representa a onça e gera um temor que não precisa existir. Temos a missão de gerar orientação para a população atuar em conjunto.”

Servidora do Ibama/Prevfogo, Thainan Bornato reconheceu que o órgão federal em Corumbá recebe diferentes denúncias e o trabalho com educação ambiental deve ser fortalecido. “A gente enxerga o potencial que a onça tem para o Pantanal porque ela é uma espécie guarda-chuva, ela é importante para a conservação de outras espécies. Corumbá e Ladário têm um grande potencial e podemos ser exemplo de convivência harmoniosa realizando ações de educação ambiental e agindo conjunto na fiscalização.”

A coordenadora do programa Felinos Pantaneiros do IHP, Mariana Queiroz, pontuou que o encontro abriu caminho para vários trabalhos conjuntos. “Listamos algumas ameaças que a espécie sofre e, a partir disso, discutimos medidas para haver integração entre instituições e buscar a conservação com um impacto positivo que vai ser direcionado para a biodiversidade, para a economia e para o social.”

No debate estiveram discussões que envolvem ações para mitigar os atropelamentos em rodovias, combater a caça ilegal e o tráfico de partes do corpo da onça-pintada, atuar para eliminar a prática de ceva, agir para reduzir fake News que divulgam erroneamente ataques de onças a seres humanos e promover a espécie como um ativo para o Pantanal estão na lista de ações a serem desenvolvidas.

Referência mundial na pesquisa sobre coexistência entre grandes felinos e o ser humano, Rafael Hoogesteijin, do Panthera, exemplificou que diante de tantos desafios, só um trabalho conjunto para garantir resultados futuros. “Este evento foi de grande importância para reunir polícias, pesquisadores e demonstrar que todos têm interesse em resolver o conflito.”

O delegado Regional de Corumbá da Polícia Civil, Fabrício Dias dos Santos, exemplificou que ações coordenadas entre instituições devem gerar resultados favoráveis para a conservação. “A gente recebeu novos conhecimentos e informações valiosas para atuar na conservação dos felinos e do Pantanal. O tráfico de partes do animal é um problema hoje e parcerias como com o IHP e outras instituições vão auxiliar nesse monitoramento. A Polícia Militar Ambiental e a Polícia Federal também atuam nesse trabalho.”

O IHP, que organizou o seminário, pontuou que outros encontros vão ser organizados para aprimorar a inter-relação entre as instituições públicas e as organizações que desenvolvem pesquisa sobre o comportamento dos felinos.

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TROCA DE COMANDO

Diretor-presidente da Agetran é exonerado após sete anos no cargo

Janine de Lima Bruno pediu para deixar da pasta

16/04/2024 13h15

Janine de Lima Bruno foi exonerado a pedido da Agetran Foto: Arquivo

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O engenheiro civil Janine de Lima Bruno foi exonerado do cargo de diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). Ele assumiu o cargo na gestão do então presidente Marquinhos Trad e deixa a Pasta após sete anos.

A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande dessa segunda-feira (15), a pedido do próprio Janine.

No lugar dele, assume a função de diretor-presidente o contador Paulo da Silva, que estava no comando da Fundação Social do Trabalho (Funsat).

Também no Diário Oficial, foi publicada a exoneração dele, a pedido, do cargo de diretor-presidente da Funsat e a nomeação para o mesmo cargo na Agetran.

Mudanças

No dia 5 de abril, quatro chefes de pastas municipais também foram exonerados, sendo um secretário, dois subsecretários e uma diretora-presidente, em Campo Grande.

Todos foram exonerados a pedido, sendo Adelaido Vila, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agronegócio e Tecnologia (Sidagro); Maicon Nogueira, titular da Secretaria Municipal da Juventude (Sejuv).

Também foram exonerados o subsecretário de Articulação Social e Assuntos Comunitários, Francisco Almeida Teles, e a diretora-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), Camilla Nascimento de Oliveira.

Nestes casos, a motivação da "demissão" são as eleições municipais deste ano, que ocorrem em outubro. Eles devem concorrer a uma vaga de vereador.

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