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A idade dos pais

A idade dos pais

MARCELA BRUM, BOLSA DE MULHER

31/01/2010 - 07h26
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Quem nunca ouviu que mãe e pai não devem ser jovens demais, pois não têm responsabilidade suficiente para cuidar de uma criança? Ou que perto dos 40 anos mulher e homem já estão “muito velhos” para serem pais? Será que existe mesmo uma idade ideal para se ter filhos? A idade dos pais tem influência relevante sobre a educação e a relação com os filhos? Vamos então discutir sobre este polêmico assunto, tendo em vista os aspectos emocionais e relacionais envolvidos. Quando se é jovem demais, algumas preocupações logo aparecem. A tendência inicial é acreditar que a mãe e o pai não darão conta de sua função porque ainda não têm maturidade nem experiência suficiente para cuidar do filho. E que ainda querem “viver a vida” ou realizar alguns projetos que os impedem de assumir sozinhos a responsabilidade pela educação da criança. Assim, é natural, em alguns casos, que as “avós de plantão” apropriem-se desta função e os jovens pais biológicos não tenham a oportunidade de exercitarem seu papel e viverem as experiências próprias da maternidade/ paternidade. Por outro lado, acreditase que os pais jovens têm disposição para brincar com seus filhos, entendem sua linguagem e suas necessidades, o que os aproxima mais. No entanto, há também uma tendência de se acreditar que, quando os pais são muito jovens, irão se misturar com os filhos, o que significa dizer que seriam três crianças e, como tal, falam de igual para igual. Desta forma, o filho fica sem referência de autoridade, sendo um sério candidato a crescer desconhecendo regras e limites. Quanto aos pais mais velhos, estes também são alvo de pré-conceitos... e de contas. Sim! Logo perguntam: “Que idade terão quando seu filho for adolescente?”. Quando a maternidade/paternidade acontece após os quarenta anos de idade principalmente, existe a tendência de se acreditar que mãe e pai não terão “pique” para brincar com o filho. Ou então que não terão mais paciência para lidar com os conflitos próprios da infância e da adolescência, pois seus gostos, prazeres e estilo de vida estão em defasagem. Com isso, a criança pode sofrer com excesso de exigências e cobranças. Partindo destes princípios, poderíamos dizer que não se deve nem ser jovem, nem velho demais para ter filhos? Ora, assim estaríamos desconsiderando os aspectos que efetivamente estão em jogo quando falamos da função dos pais e do desenvolvimento das crianças. Um filho precisa de cuidados, proteção, amor e afeto e de pais que se responsabilizem por ele e assumam sua função. Isto, certamente, independe da idade com que se tornaram pais. É necessário, e também muito bom, brincar com o filho, entrar por alguns momentos em seu mundo mágico, assim como saber falar sua linguagem, aproximarse da criança, criando laços afetivos fundamentais para seu desenvolvimento. Mas, para isso, não faz diferença a idade dos pais, o que conta é a idade da criança que habita cada pai e mãe. Ou seja, a capacidade de entregar-se às brincadeiras e ao mundo infantil. Contudo, este não deve ser um espaço permanente. É importante que os pais mantenham seu próprio grupo de relações e realizem as atividades que lhes dêem prazer, seja jogar carta ou surfar. Da mesma forma, deve ser dada à criança a possibilidade de conviver com outras de sua faixa etária e, assim, os dois mundos interagem e se respeitam mutuamente. Enfim, o que de fato está em jogo é o desejo de ser mãe e pai, o que pode acontecer em qualquer idade. Tanto pais jovens ou os nem tanto têm condições de educar seus filhos com responsabilidade, uma vez que não é a idade o fator determinante para qualidade da relação entre pais e filhos, mas o envolvimento afetivo que os unirá e permeará suas relações. O importante é saber que algumas mudanças ocorrem na vida dos pais com a chegada do filho. E estar disposto a encarar estas mudanças como prazer e não como fardo é essencial para enfrentar os desafios relativos à educação deste outro ser. Desta forma, se os pais estão comprometidos emocionalmente e dispostos a oferecer o essencial para o desenvolvimento saudável do filho, a idade tornase um mero detalhe.

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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CAMPO GRANDE

Rose garante que sua pré-candidatura é irreversível e vai deixar Sudeco dia 30

A ex-deputada federal também do acordo que fez com o ex-governador André Puccinelli para as eleições deste ano

23/04/2024 08h00

Rose Modesto (União Brasil) foi a quarta entrevistada pela parceria CBN com Correio do Estado Foto: Eduardo Miranda/Correio do Estado

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A ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que foi a quarta da série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado estão fazendo com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, reforçou, ontem, que sua pré-candidatura é irreversível, tanto que no próximo dia 30 de abril deixará o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

“Penso que seria bom a turma do ‘deixa disso’ nem tentar atuar dessa vez para fazer eu desistir da minha pré-candidatura, pois não vai dar certo. E não é por uma vaidade, não é por uma obsessão para ser prefeita de Campo Grande.

Eu sinceramente estou aqui, de verdade, com a missão que penso ser a que o eleitor espera.E eu sinto isso nas ruas, andando e, lógico, não é todo mundo, mas uma boa parte espera essa candidatura minha à prefeitura”, reforçou.

Ela argumentou que dessa vez, realmente, é uma decisão tomada. “Eu estou pronta e muito motivada. Tudo tem um tempo e me sinto muito mais preparada, inclusive, do que quando disputei a eleição para prefeita em 2016. Conheço Campo Grande, estudei muito a cidade ao longo desses últimos oito anos e as minhas experiências como gestora pública me deixaram motivada a encarar esse desafio”.

Rose completou que é uma “honra poder ser prefeita de uma cidade tão linda, mas é um desafio muito grande pegar essa cidade linda, mas tão judiada e precisando de cuidados em todas as áreas”.

“Por isso, a importância de alguém com experiência e com preparo. Vou escolher a melhor equipe pra poder fazer de Campo Grande uma cidade com mais oportunidades para todo mundo, quero resgatar o nosso orgulho”, afirmou.

POLARIZAÇÃO

Questionada sobre a polarização nacional entre direita, representada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e esquerda, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a pré-candidata garantiu que sempre foi e sempre será de centro. 

“Olha só, na eleição de 2022, nós tínhamos dois candidatos da direita no segundo turno e o Eduardo Riedel (PSDB) venceu. Ele ganhou porque compreendeu que, para vencer era importante fazer política com a direita e esquerda, mas sem abrir mão das bandeiras que defendia, independentemente se eram da esquerda ou da direita”, ressaltou.

A ex-deputada federal garantiu que sua vida pública sempre foi pautada nesse sentido.

“Fui eleita deputada federal, não tive o apoio do Bolsonaro, mas votei nas pautas da direita. Votei, por exemplo, pelo voto auditável, que é uma pauta de direita, como votei a favor do Vale Gás, que é da esquerda. Votei em ambos porque os dois interessavam a maioria da população, então, é dessa forma tem de fazer”, disse.

Segundo Rose Modesto, na questão de alianças políticas, não importa se é da esquerda, se é da direita, o que importa é que, ao longo dos 14 anos de vida pública, sempre foi a mesma.

“Uma mulher cristã e que defende as pautas de direita que são importantes para a cidade avançar e as da esquerda que são importantes no campo social, ajudando a transformar a vida de quem mais precisa”, afirmou.

“Hoje eu estou no governo federal, apesar de inclusive não ter apoiado o Lula, mesmo assim, ele me deu uma oportunidade de comandar a Sudeco. Fui indicada pelos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, do Mato Grosso, Mauro Mendes, e de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, mesmo tendo disputado a eleição contra ele. Entretanto, os três entenderam que o meu nome era importante para estar no governo federal. E é dessa forma que vou buscar as alianças, tanto no primeiro, quanto no segundo turno, para poder fazer de Campo Grande uma cidade melhor”, disse.
 

TRATO COM ANDRÉ

Ainda na entrevista, a pré-candidata foi questionada sobre o fato de o ex-governador André Puccinelli (MDB), que também é pré-candidato a prefeito da Capital, ter afirmado que ela não teria cumprido o combinado de que um apoiaria o outro que estivesse melhor nas pesquisas.

“Na verdade, eu tenho sempre um bom diálogo com toda a classe política e com o André não é diferente. E, em uma das reuniões que a gente teve, ele falou, ainda decidindo se seria ou não pré-candidato, que, quem estivesse melhor nas pesquisas, teria o apoio do outro. E aí é preciso entender o que é estar melhor, pois nem sempre quando você está com três, quatro, cinco ou seis pontos percentuais na frente, representa estar melhor”, detalhou.

Rose completou que pesquisas internas encomendadas pelo União Brasil mostraram que a rejeição dela era pequena, ou seja, que teria poder de crescimento nas intenções de votos.

“A capacidade de pessoas que podem votar em mim é maior do que o percentual de pessoas que poderiam votar no André. Então, na minha avaliação pessoal e técnica, acredito que estou melhor e, por isso, vou buscar o apoio dele”, garantiu.

 

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