Política

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A fuga do óbvio

A fuga do óbvio

MANOELA REIS, TV PRESS

09/02/2010 - 00h34
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Reinventar é a palavra que mais se ouve nos bastidores do “Alternativa saúde”, do GNT. Há 13 anos no ar e há 12 sob o comando de Patrycia Travassos, o programa dá dicas de como se manter saudável. Por isso, a equipe da produção se esforça para fugir da repetição. “Essa necessidade de reciclar é constante. O programa evoluiu junto com o tema. Antes as pessoas achavam o assunto meio ‘bicho grilo’, hoje todos querem saber”, opina Patrycia, apresentadora da produção. Apesar do maior interesse do público pela vida saudável, o diretor do programa, Tiago Worcman, alerta: “Não somos médicos, e sim conselheiros. Não é para pegar as nossas dicas como se fossem as únicas soluções”, ressalta. Uma das alternativas de Tiago para manter o “frescor” do programa é gravá-lo todo em externas. A opção de manter o clima bucólico foi determinada pelo telespectador. “Sinto que o público aceita bem e se identifica com o cenário verde e a luz natural. Falando de uma alternativa mais saudável, nada como o ar fresco”, explica o diretor. Já Patrycia não esconde sua preferência pela gravação em estúdio. “Acho que ficaria tão bom quanto. Cheguei a sugerir algumas vezes, mas acho que ninguém comprou a minha ideia”, queixa-se. Gravar sempre em externas tem seu preço. Apesar do belo fundo, já que é gravado no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, a equipe sofre com as intempéries do clima. “As pessoas vêem o resultado bonito, o clima zen, mas não sabem que o bastidor não é nada tranquilo”, esclarece Patrícia Santos, produtora do programa. O calor escaldante exige um estoque de ventiladores, garrafas de água e o constante retoque da maquiagem de Patrycia e dos convidados. “A inda têm os mosquitos que fazem a festa nas gravações. O repelente é presença imprescindível”, ressalta a apresentadora. Para compensar, as reuniões de pauta acontecem em uma sala com ar-condicionado e um frigobar recheado. Durante as discussões, a equipe precisa “quebrar a cabeça” para encontrar temas ou abordagens novas que ainda não tenham sido usados no programa. “Tentamos acompanhar o momento do telespectador na escolha dos assuntos. Depois de uma festa como o Réveillon, por exemplo, sabemos que o público quer saber como curar a ressaca”, exemplifica o diretor, que tenta manter a frente de um mês nas gravações. Para a segunda semana de março, o “Alternativa saúde” prepara um programa que homenageia as mulheres. Por conta do Dia Internacional da Mulher – 8 de março –, a produção receberá uma injeção extra de progesterona com o tema. “Vamos ressaltar as diferenças entre o homem e a mulher. Nós defendemos que a igualdade é apenas nos direitos”, explica a produtora do programa. Para discutir o universo feminino, Patrycia Travassos recebeu a pesquisadora feminista Rosemarie Muraro. Apesar dos 79 anos, Rosemarie tem opiniões bastante modernas e um tanto polêmicas quanto a liberdade sexual feminina. “Ao me ver você não acredita que posso dizer essas coisas e ter ideias tão abertas. Mas digo e repito, sou uma mulher impossível”, define a convidada. Para a próxima temporada do programa, que estreia em julho, Tiago Worcman já tem planos. O diretor espera estrear dois quadros novos. “Estamos pensando em mostrar uma viagem ao exterior. Algo fixo, como uma série”, adianta.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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