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81% das crianças de até 2 anos têm informações na internet, diz pesquisa

81% das crianças de até 2 anos têm informações na internet, diz pesquisa

tribunahoje

24/01/2014 - 10h15
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Se a internet guarda riscos para os adultos, a rede pode ter um poder mais devastador sobre o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Pedofilia, drogas e violência podem ser encontrados com facilidade na rede. Especialistas apontam que as duas ferramentas realmente capazes de proteger os mais jovens são a atenção e o interesse dos pais e educadores. Essa é a mensagem de alerta que a AVG quer deixar com o lançamento do e-book Proteja nossas crianças e jovens, lançado nesta quarta-feira (22) durante evento para a imprensa.

A companhia promoveu um debate com especialistas na área para comentar a nova realidade de informação e tecnologia que está acessível à jovens e crianças – e que não deve ser ignorada pelos mais velhos. A publicação brasileira é inspirada no livro One Parent to Another (De um pai para outro, em tradução livre) do evangelista da AVG Tony Anscombe.

Junto com o livro digital também foram apresentados dados sobre a presença online de crianças e adolescentes. Dentre eles, a informação de que 81% das crianças com até 2 anos de idade no Brasil já têm algum rastro de informação publicado na internet. A justificativa para esse rastro digital tão precoce é a postagem de conteúdos feitos pelos pais e outros familiares.

Além disso, a presença de crianças no Facebook também é um dado surpreendente para os pesquisadores - cerca de 54% das crianças entre 6 e 9 anos que possuem acesso à internet no País estão na rede social. De acordo com as regras da rede social, a idade mínima para a criação de um perfil é de 13 anos.

Presente ao evento, Ascombe afirma que essa disparidade entre a idade real das crianças que estão no serviço e a idade mínima pode causar grandes prejuízos.

— Os anunciantes no Facebook criam conteúdo pensando em um público de adolescentes de 13 anos, que a idade permitida pelas regras da rede social. Ao permitir que elas entrem antes no Facebook, estamos forçando nossas crianças a crescer muito cedo.

De acordo com o especialista em segurança e evangelista da AVG, os pais devem dar o exemplo aos filhos, mais do que proibirem os jovens de acessarem a internet ou confiscarem smartphones.

— Devemos saber o que compartilhar no Facebook. Somos compartilhadores compulsivos, temos mais de 100 amigos em uma rede social. Se colocarmos todas as pessoas em uma sala, será que conseguimos dar nome para todas elas? Então, estamos fazendo algo errado. Cresçam adultos e liderem pelo exemplo.

Pais devem aprender para ensinar

De acordo com a psicóloga do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática (NPPI) da PUC-SP Luciana Ruffo, um dos desafios dos familiares é lidar com as novidades tecnológica e corrigir hábitos errados ao mesmo tempo em que precisam orientar os mais jovens.

— Falar sobre internet é falar sobre tudo. Essa geração já nasce com a tecnologia, o que é diferente dos pais, que tiveram que se adaptar às novidades. Um dos grandes desafios é como falar sobre um assunto e dar conselhos para uma criança ou adolescente que já sabe mais do que você.

A psicóloga também explica que adaptar regras e convenções que são usadas no “mundo real” nem sempre garantem a segurança dos perigo na rede ou uma formação correta das crianças.

— A gente pode até falar “não fale com estranhos na rua e na internet”. Mas, todo adulto fala com estranhos na internet e na rua. É assim que conhecemos pessoas. Devemos ensinar como é esse falar, o que fazer ou que não fazer nesse contato.

Síndrome do Alt +Tab

Outro dos debatedores, o doutor em medicina e pesquisador de neurociência da faculdade de medicina da USP Pedro Paulo Oliveira Júnior alerta para um aumento quase epidêmico de transtornos de déficit de atenção e hiperatividade nos jovens. A situação ganhou até o apelido de “síndrome do Alt+Tab”, em alusão ao comportamento de ficar passando pelas janelas do computador.

— Não tem uma alternativa, qual criança hoje em dia desenvolve uma atividade esportiva ou um hobby? O uso da internet acontece em detrimento de outras atividades: leitura, lazer, estudo. Acho que os pais não precisam tirar o PlayStation, eles podem oferecer novas experiências.

Oliveria Júnior afirma que os meios digitais também podem atrasar a comunicação interpessoal das crianças, criando uma tendência de conversas por mensageiros no lugar do cara a cara.

— Como consequência, estamos vendo uma redução do vocabulário dos jovens. Nos anos 80, as pessoas terminavam o ensino médio tendo aprendido cerca de 2 mil palavras, hoje em dia esse número é de apenas 800 palavras.

Inteligência artificial

Google anuncia IA para criar vídeos, resumir reuniões e melhorar emails

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho

10/04/2024 16h00

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Divulgação

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O Google apresentou na terça-feira (9) um pacote de novidades de inteligência artificial para sua plataforma de trabalho que inclui Gmail, Docs, Meet e Sheets, após seguidos deslizes na competição pela liderança na tecnologia com a OpenAI e a Microsoft.

Entre os anúncios, chamou atenção uma ferramenta de IA geradora de slides em vídeo. Chamado de Google Vids, a nova ferramenta é, segundo o Google, um assistente de criação de vídeos equipado com inteligência artificial. A tecnologia cria uma espécie de sequência de cenas, ou um "storyboard", como é chamado na indústria criativa.

O lançamento de uma versão de testes acontecerá em junho. Assinantes do Workspace, disponível por US$ 10 (R$ 50) mensais, terão acesso à plataforma.

De acordo com a vice-presidente do Google Kristina Behr, a ideia é que qualquer pessoa seja capaz de contar bem uma história com o auxílio da ferramenta. "Nosso objetivo é que, se uma pessoa pode fazer um slide, pode fazer um Google Vids", disse a executiva em evento realizado pelo Google em Las Vegas para anúncio de novidades voltadas às empresas.

Os usuários poderão escolher estilo, composição dos slides, cenas, imagens e músicas a partir de botões e comandos textuais dados ao chatbot Gemini. Uma das apostas do Google para recuperar a competitividade no mercado de IA é a integração de seus serviços.

O Google teve um início desajeitado no mercado de IA generativa, embora seja o responsável pelos principais avanços técnicos por trás da tecnologia. Entrou na concorrência apenas após o sucesso do ChatGPT, e o primeiro produto da empresa —Bard— desapontou o público em termos de performance.

A segunda tentativa, o chatbot Gemini que chegou ao mercado em fevereiro, rivaliza em performance com a versão mais recente do ChatGPT, mas foi centro de uma polêmica que envolveu a representação de nazistas não-brancos, entre outras imprecisões históricas. Por isso, a plataforma teve sua função de geração de imagens desativada por dias.

Agora a empresa se apoia na sua grande base de assinantes para integrar o bot concorrente do ChatGPT a Gmail, Docs, Sheets e outros recursos. Os recursos se assemelham às funções de IA disponíveis no pacote Office e no Windows, da Microsoft.

Um exemplo dessas funcionalidades é um assistente feito com IA capaz de resumir conversas, fazer traduções e responder dúvidas durante uma sessão de Google Meet. O robô funciona a partir de comando de voz.

Também com expectativa de lançamento em junho, a tecnologia tem suporte para 69 idiomas incluindo o português, segundo o Google. A assinatura do serviço custará US$ 10 (R$ 50).
O assistente também funcionará no Google Chat, bate-papo presente no Gmail.

A plataforma de email também passará a receber comandos por voz e receberá um botão para "melhorar" textos com um clique. A tecnologia "transformará uma nota simples em um email completo".

Ainda com base em IA, as planilhas do Google ganharão uma funcionalidade para formatar e organizar dados de maneira intuitiva. O produto promete acelerar a produção de tabelas.
O Google também acrescentou gatilhos condicionais às planilhas, que avisarão o usuário em caso de mudanças relevantes nos dados.

No Google Docs, programa de edição de texto, a empresa implementará um sistema de abas, que promete facilitar acesso e trabalho em múltiplos documentos ao mesmo tempo.

Para o Google Drive, o gigante da tecnologia passou a oferecer na terça um recurso de classificação e proteção de arquivos com o auxílio de IA. A tecnologia pretende facilitar a gestão de arquivos de negócios, para facilitar a detecção de arquivos nocivos, como vírus.

Integrado aos aplicativos de produtividade, o chatbot do Google para empresas, chamado Vertex, terá 130 opções de personalização sob promessa de adequar e melhorar a performance da tecnologia às necessidades dos usuários.

Programadores ainda ganharam acesso na terça a uma versão mais sofisticada do chatbot Gemini, o modelo 1.5 Pro.

De acordo com o Google, essa versão trabalha melhor com imagens, áudios e linguagens de programação.
 

Justiça

Barroso dá recado a Musk e fala em instrumentalização criminosa das redes sociais

O presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito"

08/04/2024 14h00

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota hoje em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado". divulgação

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Em meio ao embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, divulgou nota nesta segunda (8) em que afirma que "decisões judiciais podem ser objetos de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

Neste domingo (7), Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento.

Moraes afirmou que o empresário iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas".

Na nota assinada por Barroso, sem citar nominalmente Musk, o presidente do Supremo diz que é público e notório que "travou-se recentemente no Brasil uma luta de vida e morte pelo Estado democrático de Direito e contra um golpe de Estado, que está sob investigação nesta corte com observância do devido processo legal".

"O inconformismo contra a prevalência da democracia continua a se manifestar na instrumentalização criminosa das redes sociais", afirmou.

"O Supremo Tribunal Federal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições, sendo certo que toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição Federal, às leis e às decisões das autoridades brasileiras", disse Barroso.

Segundo ele, "é uma regra mundial do Estado de Direito e que faremos prevalecer no Brasil", que "decisões judiciais podem ser objeto de recursos, mas jamais de descumprimento deliberado".

No domingo, Musk disse em seu perfil no X que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment. No mesmo texto, afirmou que em breve publicará tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

Um dia antes, um perfil institucional do X havia postado que bloqueou "determinadas contas populares no Brasil" devido a decisões judiciais, e Musk retuitou mensagem em que disse que "estamos levantando todas as restrições" e que "princípios importam mais que o lucro".

Apesar de o post da empresa não citar de onde seriam as decisões, Musk repostou a publicação, junto da mensagem: "Por que você está fazendo isso @alexandre", marcando o ministro do STF.

Horas após a postagem do domingo, Moraes determinou a inclusão de Musk como investigado. Segundo o ministro, a medida se justifica pela "dolosa instrumentalização criminosa" da rede, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Moraes determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar as condutas de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime, todos previstos no Código Penal.
 

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