opinião

Ruy Sant’Anna: "Lei de responsabilidade eleitoral e a crise moral do Brasil"

Jornalista e advogado

8 NOV 2017 • POR • 01h00

O Brasil vive uma crise moral que se estende para a violência cujos bandidos não se satisfazem com seus atos, por isso agem cada vez mais com aumento da crueldade até contra crianças que ainda estão no ventre de suas mães.

O Brasil é o País com o maior número de assassinatos no mundo. Os dados desse levantamento foram fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2016.

Assim, lembro a importância, a competência e seriedade da Lava Jato para comparar os investigados na criminalidade e os já condenados, na forma com que alguns costumeiros criminosos tentam desmerecer o trabalho da justiça, com a insistência de traficantes de drogas e armas que, tanto num grupo e no outro, acham-se legitimados no disfarce ou deslavada bandidagem que avança com morte e terror sobre a sociedade.

Esses riscos aumentam quando já existem grupos reunidos até com “estatuto” que pretende com esse artifício tornarem-se legitimados como “entidades democráticas” preocupadas com o social, enquanto agem aterrorizando os que não lhes apoiem.

Atente para as mortes de policiais no Rio de Janeiro onde mais de 100 policiais foram mortos, só neste ano. E isso não deve ser entendido como dores cruéis só para a corporação policial, mas também como as dores trágicas de famílias que ficam sem irmãs, irmãos, pais e filhos, desestruturadas.

Em 2018 teremos eleições para presidente da República, prefeituras e parlamentos federais, estaduais e municipais.

O traficante de drogas e armas, o Marcola, (em reportagem do jornal O Globo em 2016), ameaçou com atos de indisfarçável terror e violência que teria um batalhão de 100 mil homens-bomba que, nas favelas do Brasil, formam um alarmante exército de “guerreiros do pó”.

Apenas como lembrança, Lula quando se viu sob as luzes da Lava Jato ameaçou a sociedade brasileira com seu “exército” comandado por Stédile e outros que tais, caso fosse condenado. Da primeira vez que foi interrogado em Curitiba, pelo juiz Sérgio Moro, foi tentada uma demonstração de força do “exército” de Lula que não demonstrou força nem coesão.

Em algumas grandes cidades brasileiras existem aconselhamentos para que turistas estrangeiros e nacionais evitem determinadas estradas e/ou vias públicas à noite ou não.

Quem desrespeita essas informações podem ser alvos de “balas perdidas”. As sugestões chegam até a aconselhar que caso se queira deslocar por locais ermos e perigosos que sejam feitos em comboios de veículos; o que é profundamente constrangedor, tantos com os riscos de morte quanto ao trânsito em comboio de veículos. Isso extrapolou o mínimo do tolerável. 

É um absurdo que coloca os órgãos de segurança em claro ato de confissão de que esse constrangimento humilhante que é a insegurança, se esparrama não só pelas grandes cidades como busca chegar às capitais e cidades de médio e pequeno porte.

Não é assim que ocorre nos assaltos aos bancos e caixas eletrônicos do interior brasileiro? Contudo, creio na lei e na ordem e vontade de vencer a bandidagem, com as forças policiais federal, estadual e até municipal. Mas sobretudo os senhores deputados e senadores têm que mudar a lei penal que, primeiro tenta penalizar os policiais com coberturas estrondosas de grande parte da imprensa e os colocam como culpados, pressionados com os “direitos desumanos”.

Já escrevi sobre isso, mas voltarei. Enquanto isso, faço o que posso tanto quanto você cara leitora (or) para que sejamos levados a sério como povo realmente soberano. 

Que tenhamos mecanismos efetivos de controle e punição da mentira de candidatos. Precisamos, sim, de uma Lei de Responsabilidade Eleitoral que registrada em Cartório possa controlar o cumprimento de promessas eleitorais.

Ratifico: não tenho inscrição partidária; e só sou candidato como você à tranquilidade de uma Pátria Livre com a Nação (povo) próspera. Assim, lhe dou hoje bom-dia, o meu bom-dia pra você.