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TSE estuda criar grupo para monitorar 'fake news' nas eleições de 2018

TSE estuda criar grupo para monitorar 'fake news' nas eleições de 2018

31 OUT 2017 • POR FOLHAPRESS • 19h02

 O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) discute a formação de um grupo de trabalho destinado a avaliar, durante as eleições de 2018, as chamadas "fake news" (notícias fabricadas e muitas vezes divulgadas sob falsas fachadas de veículos reais) disseminadas na internet, em especial nas redes sociais e aplicativos de mensagem.

A preocupação do tribunal é o impacto desse tipo de fraude na definição do voto do eleitor.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse à Folha nesta terça-feira (31) que o Exército poderia participar do monitoramento das "fake news" por meio do CCOMGEX (Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército), mas que o assunto é avaliado pela área técnica. O comando é vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia da Força.

Em nota divulgada à imprensa no último dia 25, o TSE informou que houve a decisão de se criar "grupos de trabalho para analisar medidas de segurança a serem adotadas para garantir a liberdade de voto dos eleitores".

A decisão foi anunciada após uma reunião entre o presidente do TSE, Gilmar Mendes, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen.

O tribunal informou na ocasião que deve "fazer convênio com a área de tecnologia do Ministério da Defesa e utilizar outros subsídios para acompanhar o desenrolar do processo".

Até o momento, contudo, ainda não está definido como seria esse trabalho e que tipo de tecnologia poderia ser utilizado no processo de acompanhamento da disseminação dos textos falsos.

"Por enquanto, ainda não foram divulgados cronograma e nenhuma ação concreta, uma vez que os grupos estão em fase de formação", informou o tribunal.

O TSE desenvolveu essa linha de preocupação a partir do impacto das "fake news" em campanhas eleitorais recentes de outros países, como EUA e França. Procurado pela reportagem para comentar o assunto, o GSI não havia se manifestado até as 18h.