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Usar máscara em academias não prejudica saúde, dizem especialistas

Equipamento funciona como barreira à contaminação pela covid-19

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Embora o uso de máscaras seja obrigatório, e elas funcionem como uma barreira à contaminação pelo novo coronavírus, existem dúvidas sobre a possibilidade de causarem danos à saúde das pessoas que estão retornando às academias agora. As academias estavam fechadas para atendimento presencial desde meados de março, quando foi decretado o isolamento social para combate à covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

O professor de educação física Fernando Beja diz que o uso de máscara requer cuidado para quem pratica exercícios. “A máscara, ao mesmo tempo que faz uma barreira de proteção ao novo coronavírus, também torna a respiração mais ofegante e cansativa. É preciso cuidado, especialmente para quem tem problemas cardíacos”, afirmou Beja, que é especialista em fisiologia do exercício.

Pelo que sabe, não existe nenhuma comprovação científica de que o uso da máscara na execução do treinamento aeróbico vá causar algum dano à saúde das pessoas. “O que pode acontecer é um incômodo, por haver resistência na hora de inspirar e expirar, ou seja, na hora de respirar. Mas problemas diretamemte relacionados, eu acredito que não existam”, ressalta o presidente da Associação dos Professores de Educação Física do Estado do Rio de Janeiro (Apef-Rio), Guilherme Silva Amaral, em conversa com a Agência Brasil.

Uso importante

A cardiologista Renata Castro, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), destaca que usar a máscara é extremamente importante para todo mundo, além de obrigatório por questões de legislação e prevenção de saúde.

Renata lembra que o uso é ainda mais importante para pessoas que têm doenças cardíacas." Nesse período de pandemia, ficou muito claro que quem tem oença cardíaca tem chance muito maior de evoluir mal quando infectado pelo coronavírus. Isso aumenta a necessidade de essas pessoas utilizarem a máscara”, disse Renata, em entrevista  à Agência Brasil.

A médica reconhece que não é confortável usar máscara , porque dificulta a inspiração, ou seja, a entrada do ar. “A gente começa a perceber a inspiração que, no dia a dia sem máscara, não percebe. É um processo natural”. Ela afirma que o aumento do esforço pode elevar a frequência cardíaca, mas ressalta que isso não significa que a prática de atividades físicas acarrete mais riscos para o indivíduo, seja cardiopata ou não.

Benefícios

Renata Castro enfatiza que a atividade física traz benefícios para todos, e mais ainda para os cardíacos. “Melhora o prognóstico de pessoas com doença cardíaca, desde que elas sejam bem orientadas. Isso quer dizer que existem pessoas com doenças que precisam primeiro ser controladas ou tratadas, para depois ficarem livres para fazer atividade fisica”.

A médica destaca que, entre algumas dessas pessoas, há questões que precism ser observadas, entre as quais a de não ultrapassarem limites de treinamento. “Isso é sempre orientado pelo cardiologista, de acordo com o quadro clinico da pessoa”.

O ideal para o paciente que tem doença cardíaca, coronariana, ou insuficiência cardíaca, é fazer primeiro um teste de esforço e, em seguida, com base no resultado, receber orientação sobre sua atividade física. “Aí, fica muito mais simples entender o aumento da frequência cardíaca que pode acontecer durante o exercício e como o médico vai orientar o treinamento desse paciente", diz a médica.

Ela aponta muitos pontos positivos da prática de exercícios físicos pelo paciente cardiopata, fazendo uma atividade ao ar livre, ou no meio de outros individuos, mesmo que seja dentro de uma academia e com uso de máscara. "O cuidado vai ser na orientação, na prescrição desse treinamento.”

Gás carbônico

A cardiologista explica que, nos exercícios aeróbicos, de maior intensidade, a máscara não implica a respiração do gás carbônico contido nas gotículas de ar que são expelidas. “O ar que a gente inspira, mesmo sem máscara, tem 21% de oxigênio e quase todo o restante é nitrogênio. Tem um pouquinho de gás carbônico nisso aí, mas é uma quantidade muito pequena. Quando a gente expira, esse ar fica um pouco mais rico de gás carbônico, mas não significa que não tenha oxigênio ali. O gás carbônico vai estar diluído nessa quantidade grande de ar.”

Renata reconhece, no entanto, que, com a máscara, existe uma chance de reinalação do gás carbônico, embora “muito pequena". "Até porque a máscara não veda completamente a passagem do ar, tanto na entrada [inspiração], como na saída [expiração]”.

Ela afirma que ainda não se comprovou que a pequena quantidade de ar que fica dentro da máscara seja suficiente para gerar algum malefício pela reinalação de gás carbônico. Segundo a médica, pode-se dizer que a máscara não representa perigo, especialmente para pacientes que tenham alguma cardiopatia. “Não representa. Ela representa um desconforto, que todos nós estamos vivenciando, mas um perigo, com certeza, não. Pelo contrário. Para o paciente cardiopata, é extremamente importante o uso da máscara.”

Procurado pela Agência Brasil, o Conselho Federal de Educação Física (Confef) informou que não poderia participar da reportagem nesta quarta-feira (8), devido à realização de uma reunião plenária virtual com todos os representantes da entidade.

No município do Rio de Janeiro, as academias de ginástica voltaram a funcionar no dia 2 deste mês.

Copa Truck

Giaffone administra calor e se sai melhor na etapa da Capital

Piloto da VW venceu a primeira corrida e chegou em terceiro na segunda

18/03/2024 10h00

Giaffone (de verde) comemora com Adalberto Jardim e Vitor Franzoni Marcelo Victor

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Campo Grande sediou, na tarde de ontem, a abertura da temporada 2024 da Copa Truck, no Autódromo Internacional Orlando Moura. Com temperatura beirando os 34ºC e sensação térmica de 39ºC, o piloto Felipe Giaffone mostrou habilidade para administrar os equipamentos e conseguir chegar ao fim da corrida sem quebras.

Giaffone, que corre pela R9 Competições, venceu a primeira bateria e terminou em segundo na segunda bateria. “Até poderia ser melhor, tivemos sorte na prova por algumas quebras na nossa frente. Estava absurdamente quente, e as quebras deixaram os pilotos mais espertos com os equipamentos e suas estratégias. Foi difícil, mas o importante mesmo é a vitória”, relatou.

Durante entrevista ao Correio do Estado, Giaffone disse que gostou da pista e rasgou elogios ao traçado e à cidade de Campo Grande, mas criticou bastante a qualidade do asfalto. 

“Ela [a pista] tem um traçado desafiador, mas precisa ser bem cuidada. O asfalto é muito ruim, mas pode melhorar. Só o fato de a categoria vir para cá já é uma vitória, mas precisa trocar esse asfalto, e, com certeza, isso atrairá mais categorias, como a stock car, para Campo Grande”, explicou o atual campeão da temporada 2023.

Outro piloto que teve destaque em Campo Grande foi Adalberto Jardim (Mercedes-Benz), da equipe AJ5, que ficou na segunda colocação da corrida 1. Feliz por estar em Campo Grande, comemorou o resultado positivo.

“É uma das melhores pistas do calendário, mas precisa ser cuidada. O asfalto é bastante abrasivo e come demais os nossos pneus. Precisamos voltar mais vezes para Campo Grande e trazer mais categorias para cá”, disse. 

As corridas

A corrida teve Felipe Giaffone (VW) em primeiro, Adalberto Jardim (Mercedes-Benz) em segundo, Vitor Franzoni (Mercedes-Benz) em terceiro, André Marques (VW) em quarto e Paulo Salustiano (VW) em quinto.

A segunda corrida foi vencida por Wellington Cirino (Iveco), seguido por André Marques (VW), Felipe Giaffone (VW), Roberval Andrade (Mercedes-Benz) e Luiz Lopes (Mercedes-Benz). 

Como funciona? 

A Copa Truck tem 34 pilotos e vence o que mais somou pontos em todas as provas do ano. O piloto tem o direito de descartar as duas piores pontuações antes da última etapa.

Recebem pontos no campeonato da Copa Truck os 20 primeiros colocados. O vencedor de cada corrida recebe 25 pontos, e os que fizerem a melhor volta na primeira e segunda corrida ganham 1 ponto.

Vencedores das corridas da Copa Truck

Corrida 1: 
1º – Felipe Giaffone (VW);
2º – Adalberto Jardim (MB);
3º – Vitor Franzoni (MB);
4º – André Marques (VW);
5º – Paulo Salustiano (VW).

Corrida 2:
1º – Wellington Cirino (Iveco);
2º – André Marques (VW);
3º – Felipe Giaffone (VW);
4º – Roberval Andrade (MB);
5º – Luiz Lopes (MB).

Libertadores

Flamengo supera Boca Juniors e conquista a Libertadores sub-20

Boca Juniors abriu o placar, mas o jogo terminou com virada do flamengo em 2 a 1

17/03/2024 21h00

Lorran comemora o gol da virada do Flamengo na decisão da Libertadores Sub-20 Foto: DANTE FERNANDEZ / AFP

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O Flamengo se sagrou campeão da Copa Libertadores sub-20 de 2024 neste domingo (17) ao bater de virada o Boca Juniors por 2 a 1 no Estádio Domingo Burgueño, em Maldonado, no Uruguai.

Shola e Lorran garantiram a conquista Rubro-Negra, a primeira do clube história da competição. Argentinos abriram o placar logo aos 5 minutos de partida, com Ignacio Rodríguez.

Nigeriano Shola empatou em seguida, e Lorran virou ainda no primeiro tempo. Decisão foi marcada por lances violentos e arbitragem conivente. É o primeiro título do Fla na Libertadores sub-20, e o segundo do Brasil no torneio.

O jogo


O início não foi nada bom para o Flamengo, que viu seu adversário abrir o placar logo aos 5 minutos de partida. Em uma desatenção da defesa rubro-negra, Rodríguez surgiu para desviar um cruzamento da esquerda e vencer Lucas Furtado.

O Fla não se abalou e não demorou a conseguir a igualdade no placar com Shola. Em jogadaça individual, Lorran se livrou da marcação, invadiu a área pela direita e só rolou para o nigeriano empatar.

A virada merecida veio no finalzinho do primeiro tempo, com Lorran. O garoto recebeu bola em velocidade, invadiu a área e chutou na saída do goleiro Torlaschi.

O segundo tempo ficou devendo em gols, mas continuou eletrizante e muito disputado entre os jovens rubro-negros e xeneizes. Em momentos, até passou do ponto com muitas disputas de bola mais ríspidas. Na reta final, coube ao Fla segurar o 'tudo ou nada' dos argentinos e conquistar a primeira Libertadores sub-20 de sua história.

O Rubro-Negro carioca se junta ao São Paulo, único outro brasileiro a conquistar a competição de base: em 2016, os paulistas venceram o Liverpool, do Uruguai.
 

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