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Referência, médico recomendava
empresa com falso aval da Anvisa

Referência, médico recomendava
empresa com falso aval da Anvisa

Folhapress

09/07/2017 - 15h42
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Tido como principal referência no combate ao doping no país, o médico Eduardo de Rose forjou autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para recomendar a empresa A&A Nunes, cujo então proprietário é o atual diretor de operações da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), Alexandre Velly Nunes.

A reportagem obteve documento de abril de 2012 em que De Rose, então secretário-executivo da ABA (Agência Brasileira Antidoping), faz lobby para a A&A Nunes -mais conhecida no mercado pelo seu nome fantasia: No Doping.

Ele atesta que a empresa de origem gaúcha, criada em 2008, é a única do país que detém "autorização da Anvisa para exportar amostras biológicas de urina não contaminadas de atletas, para diagnóstico toxicológico por laboratórios credenciados pela Agência Mundial Antidoping (Wada) no exterior".

Tal declaração assinada pelo médico era distribuída a confederações, federações e outras entidades esportivas.

Na prática, o endosso valia como importante aval dos serviços oferecidos pela companhia, ainda mais devido às credenciais de De Rose.

A carta também fazia com que entidades dispensassem licitações por entenderem que a companhia prestava serviço de caráter exclusivo.

A ABA, atrelada ao COB (Comitê Olímpico do Brasil), era quem regulava o combate ao doping antes de a ABCD, órgão federal fundado em 2011, entrar em operação como uma das promessas de legado dos Jogos do Rio-2016.

Antes mesmo de a ABCD começar a operar, em 2013, a ABA foi encerrada pelo COB.

A Anvisa, porém, contesta a declaração do médico. Após analisar o documento a pedido da reportagem, a agência negou ter concedido qualquer permissão para empresas do país exportarem material biológico. Assim, a A&A Nunes jamais recebeu aval dela, como informado.

"A Anvisa não emite qualquer autorização para exportação de amostras biológicas, e também não emitia à época", disse a Anvisa à Folha, em alusão à declaração assinada por De Rose em 2012.
"O documento não foi elaborado pela Anvisa."

O órgão do governo federal também afirmou que "não anui na exportação de kit antidoping e não emite nenhuma autorização para exportação destes produtos".

Na declaração da ABA, o médico ressalta outras qualidades da empresa de Nunes. Como, por exemplo, o fato de ela atender às confederações de automobilismo, basquete, canoagem, ciclismo, desportos aquáticos, judô e lutas.

A missiva também diz que a No Doping "conta com oficiais de controle de doping que seguem o Padrão Internacional de Teste da Wada e que possui uma cadeia de custódia das amostras dentro das exigências legais".

A reportagem também obteve outras mensagens trocadas entre o médico e presidentes de confederações nas quais ele recomenda a empresa como mais gabaritada a realizar serviços antidoping.

Procurado, De Rose nega ter qualquer ligação com a companhia e que só "conhece" os proprietários dela (leia mais ao lado).

INVESTIGAÇÃO
A No Doping detém expressiva fatia do mercado de coleta e envio de amostras no país e foi dirigida por Alexandre Nunes até 2016, quando ele recebeu nomeação para a autoridade brasileira, que funciona como uma secretaria do Ministério do Esporte.

Hoje, ela é gerida por seus filhos, Alexandra e Rodrigo e permanece em atividade.

A empresa é alvo de investigação do departamento de inteligência da Wada por suspeita de oferecer informação privilegiada a um cliente, o que Alexandra nega.

De Rose pertenceu a comissões médicas do COB e da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana) e participou da fundação da Wada.

Ele também foi chefe do departamento antidoping dos Jogos Olímpicos do Rio.

3º fase

CBF realiza sorteio dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil

Jogos de ida e volta serão nas semanas de 1º e 22 de maio

17/04/2024 16h23

Foto: Thais Magalhães/CBF

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou, na tarde de hoje (17), no Rio de Janeiro, o sorteio dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil. Nesta etapa, 12 equipes entram na competição, juntando-se a outras 20 equipes que avançaram de fase. Os jogos serão disputados nas semanas de 1º a 22 de maio, em confrontos de ida e volta. 

As 32 equipes classificadas foram divididas em dois potes, separadas pelas posições de cada uma no ranking da CBF, para o sorteio dos confrontos. 

Veja abaixo, como ficou cada um dos potes: 

Pote 1: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Athletico-PR, Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Fortaleza, Internacional, Bahia, Botafogo, Bragantino, Atlético-GO, Ceará e Cuiabá.

Pote 2: Goiás, Vasco, Juventude, Sport, CRB, Vitória, Criciúma, Sampaio Corrêa, Operário-PR, Botafogo-SP, Brusque, Ypiranga-RS, América-RN, Amazonas, Águia de Marabá e Sousa-PB.

Para os saudosistas, a Copa do Brasil realmente começa nesta fase, com os emocionantes confrontos de ida e volta. O vencedor, após os dois jogos, avançará para as oitavas de final com base no placar agregado. Em caso de empate, a definição será nos pênaltis, prometendo ainda mais emoção e drama.

Conforme o regulamento da competição, a CBF exige, nesta fase do campeonato, que os estádios tenham capacidade mínima de 10 mil torcedores.

Após os confrontos, a CBF realizará um novo sorteio para definir os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. 

Confira abaixo os confrontos após sorteio. 

Atlético-MG x Sport
América-RN x Corinthians
Ypiranga-RS x Athletico-PR
Sousa-PB x Bragantino
Palmeiras x Botafogo-SP
Águia de Marabá-PA x São Paulo
Brusque x Atlético-GO
Goiás x Cuiabá
Flamengo x Amazonas
Sampaio Corrêa-MA x Fluminense
Operário-PR x Grêmio
Internacional x Juventude
CRB-AL x Ceará
Fortaleza x Vasco
Botafogo x Vitória
Bahia x Criciúma

Premiação: 

De acordo com o regulamento exposto pela Confederação Brasileira de Futebol, os clubes da terceira fase recebem a cota de participação de R$2,2 milhões, enquanto os classificados para as oitavas de final devem receber R$3,4 milhões.

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FUTEBOL

Confira quanto a Copa do Brasil de 2024 vai pagar em premiações

O reajuste em relação aos valores de 2023 ficou em 5%

17/04/2024 11h00

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A CBF aumentou os valores das premiações da Copa do Brasil para esta temporada. Dessa forma, o campeão pode ganhar até R$ 96,39 milhões, caso esteja na competição desde a primeira fase.

O reajuste em relação aos valores de 2023 ficou em 5%. A CBF arredondou a porcentagem considerando que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano passado em 4,62%.

O sorteio da terceira fase da Copa do Brasil será realizado nesta quarta-feira (17). A partir desta fase os confrontos passam a ser de ida e volta, com a ordem dos mandos de campo definida também por sorteio. 

As equipes que continuam na briga pelo título são: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Athletico Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Fortaleza, Internacional, Bahia, Botafogo, Red Bull Bragantino, Atlético-GO, Ceará, Cuiabá, Goiás, Vasco, Juventude, Sport, CRB, Vitória, Criciúma, Sampaio Corrêa, Operário-PR, Botafogo-SP, Brusque, Ypiranga-RS, América-RN, Amazonas, Águia de Marabá e Sousa-PB.

AS PREMIAÇÕES DA COPA DO BRASIL 2024

 

 

  • Primeira fase (80 clubes)
    Grupo 1: R$ 1,47 milhão
    Grupo 2: R$ 1.312.500
    Grupo 3: R$ 787,5 mil
  • Segunda fase (40 clubes)
    Grupo 1: R$ 1,785 milhão
    Grupo 2: R$ 1,47 milhão
    Grupo 3: R$ 945 mil
  • Terceira fase (32 clubes) - R$ 2,205 milhões
  • Oitavas de final (16 clubes) - R$ 3,465 milhões
  • Quartas de final (8 clubes) - R$ 4,515 milhões
  • Semifinais (4 clubes) - R$ 9,45 milhões
  • Final (Vice-campeão) - R$ 31,5 milhões
  • Final (Campeão) - R$ 73,5 milhões

 

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