O presidente do Comercial, Valter Mangini, reagiu à entrevista do mandatário da equipe rival, Estevão Petrallás, e rebateu que sua equipe tenha qualquer tipo de culpa na confusão onde seus gandulas acabaram agredidos por jogadores e membro do estafe do Operário, após a vitória colorada por 1 a 0, no Morenão, no último domingo (18).
"Quando tomamos de 4 a 1, colocamos a viola dentro do saco e saímos, não arranjamos confusão. Eles já estavam nervosos pela eliminação em Cuiabá e perderam a cabeça com a derrota", disse Mangini, referindo-se ao atropelo sofrido por seu time no primeiro Comerário do ano e também à derrota que tirou o Galo da Copa Verde ainda na primeira fase.
O dirigente vermelho defende o gandula Tadeu Francisco Kutter, 19 anos, goleiro da base do clube e que cujas imagens levando socos do atacante operariano Jeferson Reis rodaram o mundo.
"Como um atleta vai provocar o banco inteiro do time adversário? Não tem como. O Comercial pagou todas as responsabilidades do jogo. Policiamento para 5 mil pessoas, sendo que foram menos de mil, seguranças. E querem nos culpas do que?", destacou.
Segundo Mangini, é uma questão social escalar atletas da base como gandula. O clube os reveza com as jogadoras da equipe feminina na função em seus jogos como mandante."Na goleada do primeiro clássico tinha funcionário deles adulto como gandula, que comemorou o gol em frente a noso banco. Nada aconteceu", disse.
Goleiro, Tadeu é de Campo Grande, integra há pelo menos quatro anos as categorias de base do colorado e integrou o grupo do clube que disputou a última edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, sendo o titular da posição.
De acordo com os dirigentes comercialinos, o jovem fez o exame de corpo de delito durante a manhã, passará por avaliação médica e a tendência é que tenha de fazer cirurgia para reconstruir o nariz, afundado com os socos.
Mangini diz que os advogados do clube ainda estão avaliando o que fazer após a elaboração do boletim de ocorrência. Segundo o presidente, se houver procedência jurídica, há a possibilidade de entrar com ação para que Jeferson Reis pague as despesas médicas. "O que for direito do menino vamos brigar e correr atrás", disse.
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