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EUA e Suécia seguem para as quartas de final no mundial feminino

Canadá e Espanha foram eliminadas

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Estados Unidos X Espanha

Um jogão e dois pênaltis, em Reims, definiram a adversária da França nas quartas-de-final

Quem chegou atrasado ao estádio de Reims, perdeu um início arrasador de americanas e espanholas. O duelo entre as tricampeãs mundiais e uma nova força europeia começou eletrizante.

Logo aos 5 minutos, Heath invadiu a área e sofreu um pisão no pé da zagueira León. Pênalti para os Estados Unidos. A atacante Rapinoe desloca a goleira Paños e abre o placar: 1 a 0.

Um gol assim tão cedo poderia desestabilizar a Espanha. Mas um erro da goleira Naeher recolocou as europeias na partida três minutos depois. Ela bateu um tiro de meta curto, ainda na sua própria intermediária. Fez de forma tão desastrosa que as espanholas roubaram a bola e Hermoso chutou por cobertura para empatar o jogo. Um golaço fruto de uma grande falha: 1 a 1.

O primeiro gol sofrido pelos Estados Unidos no Mundial Feminino fez mal à equipe. A partir de então, os lançamentos saíram errados, as jogadas de ataque cessaram e as favoritas diminuíram o ímpeto inicial. E quando a árbitra Kulcsar apitou o fim do primeiro tempo, eram as espanholas que estavam no ataque, atuando muito melhor.

No segundo tempo, a Espanha continuou atuando bem. Aos 17 minutos, Guijarro invadiu a área e chutou rasteiro, a bola passou tirando tinta da trave de Naeher. Era a chance da virada.

Como quem não faz, leva, aos 25 minutos, Torrecilla, de forma precipitada, derrubou Lavelle dentro da área. Novo pênalti para os Estados Unidos. A árbitra foi até mesmo checar o lance no VAR. Só aos 30 minutos, Rapinoe cobrou e voltou a marcar: 2 a 1.

A partir de então, o técnico espanhol fez duas substituições, mas o ritmo da equipe decaiu e a partida ficou mais violenta, com entradas duras das jogadoras. As norte-americanas não foram superiores, mas foram eficientes e isso é o que importa. As campeãs estão nas quartas-de-final, jogarão contra as anfitriãs francesas numa partida cercada de expectativa na próxima sexta-feira (28).

Ficha técnica:

ESTADOS UNIDOS 2 x 1 ESPANHA

Competição: Mundial Feminino (oitavas-de-final)

Local: Reims, França

Juíza: Katalin Kulcsar (Hungria)

Público: 19.633

Estados Unidos: Naeher, O´Hara, Dahlkemper, Sauerbrunn e Dunn; Lavelle (Horan), Ertz e Mewis; Heath, Morgan (Lloyd) e Rapinoe. T: Jill Ellis.

Espanha: Paños, Corredera, Paredes, León e Leila; Losada (Nahikari García), Torrecilla (Caldentey) e Guijarro; Lucía García, Hermoso e Putellas (Falcón). T: Jorge Vilda.

Gols: no 1º tempo: Rapinoe (pên.) (6) e Hermoso (9). No 2º tempo: Rapinoe (pên.) (30).

Suécia x Canadá

Depois de um primeiro tempo abaixo da média, as jogadoras eletrizaram a etapa final.

Taticamente bem organizadas, suecas e canadenses fizeram um jogo bem estudado no Parc des Princes, em Paris. As chances reais de gols foram poucas. O Canadá, com mais posse de bola, apostando nos lançamentos longos, e a Suécia sem opções de ataque.

Incrivelmente, no primeiro tempo, nem a goleira Lindahl, nem a arqueira Labbé, tiveram o mínimo trabalho. Nenhum chute foi no gol!

No segundo tempo, a Suécia continuou insistindo com a veloz Jakobsson, que era jogadora que mais levava perigo à área adversária. Mas, foi o Canadá que assustou primeiro, com uma bela cobrança de falta da veterana Sinclair, que passou rente à trave, aos 7 minutos.

Dois minutos depois, em contra-ataque rápido, eis que a Suécia chegou ao seu gol. A atacante Blackstenius foi lançada em profundidade e tocou na saída da goleira Labbé. Saiu para comemorar e deixou a canadense no chão: 1 a 0. Numa partida tão igual, com pouquíssimas chances, para a torcida sueca, o placar mínimo era a garantia da classificação.

Era para o Canadá correr atrás do resultado. Mas, quanto mais atacava, mais abria espaços para os rápidos contra-ataques suecos. Por isso, a técnica Kenneth Moller começou a fazer substituições, na tentativa de equilibrar as forças.

Aos 20 minutos, enfim, com a ajuda do VAR, a árbitra australiana viu pênalti num chute da canadense Scott, que bateu no braço de Asllani. Para uma equipe que não sabia como chegar ao gol de Lindahl, foi uma dádiva. Mas Beckie desperdiçou a cobrança, muito bem defendida pela goleira sueca.

Aos 36, o pênalti mudou de lado. Lawrence impediu Rolfö de ir na bola dentro da área e a árbitra assinalou a falta. O VAR, porém, mostrou que a sueca estava impedida na jogada.

Depois disso, Asllani quase ampliou para a Suécia, numa falta cobrada para a área, mas Scott, na linha do gol, tirou o perigo.

A Suécia se classificou para enfrentar a Alemanha nas quartas-de-final numa reedição da final olímpica dos Jogos do Rio 2016. Mas, ficou a sensação de que as duas equipes que se enfrentaram no Parc des Princes não possuem elencos fortes o suficiente.

Ficha técnica:

SUÉCIA 1 x 0 CANADÁ

Competição: Mundial Feminino (Oitavas-de-Final)

Local: Paris (França)

Juíza: Kate Jacewicz (Austrália)

Suécia: Lindahl, Glas, Fischer, Sembrant e Eriksson; Rubensson (Björn), Asllani e Seger; Jakobsson, Blackstenius (Anvegard) e Rolfö (Hurtig). T: Peter Gerhardsson.

Canadá: Labbé, Lawrence, Buchanan, Zadorsky e Chapman (Riviere); Prince (Leon), Scott, Schmidt e Beckie (Quinn); Sinclair e Fleming. T: Kenneth Heiner Moller.

Gol: No 2º tempo: Blackstenius (9).

Futebol

Santos anuncia saída de Kleiton Lima do time feminino após protestos por acusações de assédio

Kleiton Lima foi acusado de assédio sexual por 19 atletas. As acusações partiram de jogadoras santistas em setembro de 2023.

15/04/2024 23h00

Kleiton Lima foi acusado de assédio sexual por 19 atletas. As acusações partiram de jogadoras santistas em setembro de 2023. Foto: Agência Corinthians

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Kleiton Lima não é mais técnico do time feminino Santos. Em nota divulgada pelo clube, foi confirmado que o afastamento foi um pedido do técnico "para preservar sua família, sua integridade e o próprio Santos".

Ele foi acusado, ano passado, de assediar atletas que faziam parte do elenco santista em 2023. Após um processo administrativo não ter encontrado indícios de assédio, o clube voltou a contratá-lo, o que gerou protestos de jogadoras de diferentes clubes. Ele nega os casos.

Kleiton Lima foi acusado de assédio sexual por 19 atletas. As acusações partiram de jogadoras santistas em setembro de 2023. Na época, o próprio comandante pediu desligamento do cargo, mas negou ter cometido qualquer ato pelo qual era acusado. Os relatos diziam que o técnico comentava sobre os corpos e a vida sexual das atletas, além de apalpá-las e observá-las no vestiário.

Após a recontratação, o treinador foi apresentado na última semana. Na ocasião, a coordenadora do departamento de futebol feminino do Santos, Thaís Picarte, disse que as denunciantes foram procuradas durante o processo administrativo instaurado pelo clube e que não foram encontrados indícios de assédio.

Entretanto, as goleiras Anna Beatriz, Jully Silva e a zagueira Tayla Carolina retrucaram nas redes sociais dizendo o contrário. Hoje, elas atuam, respectivamente, em São Paulo, Cruzeiro e Grêmio. Ao todo, 14 atletas deixaram o Santos no final da temporada passada.

"Eu não cometi nenhum tipo de assédio. Aquelas cartas anônimas, com descrições insanas, levianas, não me pertencem", disse o técnico na coletiva de apresentação. Ele ainda relatou ter feito um registro de ocorrência por calúnia junto à Polícia Civil pelas cartas. Outro ponto dito por Kleiton é que havia insatisfação de parte do elenco com a comissão técnica pela cobrança para atingir metas.

A nota do Santos desta segunda-feira reitera que o técnico está "convicto de que não cometeu nenhum dos atos pelos quais é acusado", mas que ele entende o desligamento como o melhor caminho. O clube também disse que confia que o assunto tenha sido encerrado. Ainda segundo a nota, Kleiton Lima sofreu até ameaças de morte em razão das acusações feitas no ano passado.

Na última sexta-feira, o Santos enfrentou o Corinthians pelo Brasileirão Feminino. Ao abrir o placar da vitória corintiana por 3 a 1, Victória Albuquerque e demais atletas da equipe atual campeã brasileira protestaram, posando com a mão cobrindo a boca No gol santista, Ketlen comemorou com um abraço em Kleiton Lima

A partida entre Palmeiras e Avaí/Kindermann também teve o gesto de protestos das atletas, durante a execução do hino nacional antes da partida. As jogadoras também tiraram uma foto todas juntas e Letícia e Siméia, camisas 19 dos dois times, viraram de costas, em referência ao número de denúncias feitas contra o treinador.

Pouco antes do jogo entre Santos e Corinthians, o Cruzeiro publicou um vídeo com parte do elenco feminino em campanha contra violência de gênero. O post fala em combate à violência contra a mulher e contra a cultura de assédio, sem fazer menção direta ao caso que envolve o treinador do Santos.

Ainda que o processo administrativo do Santos tenha considerado que não foram encontrados indícios de assédio, há uma investigação do Ministério Público de São Paulo em andamento, sob segredo de Justiça.

Agora, Wesley Otoni vai assumir interinamente o cargo de técnico no Santos. A equipe é a 12ª no campeonato, com apenas um ponto a mais que o Flamengo, primeiro time no Z-4. O time volta a campo no sábado, contra o Avaí/Kindermann, que é o 15º, fora de casa.

 

FUTEBOL

Clubes do Campeonato Brasileiro têm quase 20% de estrangeiros no elenco

Clubes acumulam 126 jogadores estrangeiros em seus elencos, em sua maioria argentinos

14/04/2024 23h00

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Os clubes que disputarão o Campeonato Brasileiro deste ano acumulam 126 jogadores estrangeiros em seus elencos, em sua maioria argentinos. O número representa 19,5% do total de atletas.

Os dados são do site Transfermarkt e acompanham uma das novidades do regulamento do Brasileirão 2024, que aumentou para nove o limite de jogadores estrangeiros que podem ser utilizados por partida. Em 2023, cada equipe podia entrar em campo com, no máximo, sete atletas de outras nacionalidades.

Um dos argumentos para a mudança de regra -aprovada por unanimidade pelos clubes- é a tentativa de minimizar o espaço deixado por jovens atletas brasileiros que vão para o exterior.

Os elencos contêm representantes de 16 países, além do Brasil. Argentina, com 42 atletas, é o país que mais cede jogadores, seguido pelo Uruguai, com 23 atletas, e pela Colômbia, com 14.

As demais nacionalidades vêm, em ordem decrescente, de Paraguai, Equador, Chile, Venezuela, Itália, Espanha, Portugal, Angola, Bulgária, Nicarágua, Peru, França e República Democrática do Congo.

Botafogo e Grêmio são as equipes com mais jogadores de outros países, cada um com dez. A SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo trouxe reforços como o venezuelano Savarino, o uruguaio Damián Suárez e o paraguaio Óscar Romero.

Para esta temporada, o time gaúcho contratou o goleiro argentino Agustín Marchesín e incorporou ao elenco o argentino Pavón, o venezuelano Soteldo e Diego Costa, que é naturalizado espanhol. Os três últimos já estavam no mercado brasileiro em 2023.

A lista de clubes com mais estrangeiros segue com Internacional, Athletico-PR e Fortaleza, cada um com nove jogadores. Para Alessandro Barcellos, presidente do Inter, a possibilidade de contratar no exterior, especialmente na América do Sul, é importante pois amplia o leque de oportunidades para os clubes brasileiros.

"Também não acho que isso atrapalhe o surgimento de novos talentos no país, pois as categorias de base são a verdadeira essência de nossas raízes, tanto de parte técnica quanto financeira", afirmou.

Na visão de Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza, o histórico de ídolos estrangeiros no Brasil também favorece a vinda de jogadores. "Fica aquela imagem do vencedor, como foi o Gamarra no Corinthians, o Dario Pereira no São Paulo, o Arrascaeta hoje no Flamengo. Sem dúvida, fica no imaginário do torcedor de que é possível trazer um estrangeiro que vá ser ídolo."

"Em relação à participação dos estrangeiros, no Cuiabá temos poucos em nosso elenco. Mas votamos a favor desse tema por ser algo importante de forma coletiva", disse Cristiano Dresch, presidente do clube matogrossense, com dois estrangeiros no elenco. "Os sul-americanos, que são os principais estrangeiros que estão no Brasil, podem vir e repor essas perdas."

Entre os técnicos, são oito os profissionais estrangeiros, aumentando para 40% o percentual de treinadores não brasileiros entre os times da série A.

Quatro são argentinos -Eduardo Coudet, do Internacional, Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, Ramón Díaz, do Vasco, e Gabriel Milito, do Atlético-MG- e quatro portugueses -Artur Jorge, do Botafogo, Antônio Oliveira, do Corinthians, Abel Ferreira, do Palmeiras, e Pedro Caixinha, do Red Bull Bragantino.

CONFIRA ABAIXO O NÚMERO DE JOGADORES ESTRANGEIROS POR CLUBES DA SÉRIE A E POR PAÍS DE ORIGEM:

  • Botafogo e Grêmio - 10;
  • Internacional, Athletico e Fortaleza - 9;
  • São Paulo e Vasco - 8;
  • Corinthians, Atlético-MG e Criciúma - 7;
  • Flamengo, Cruzeiro, Bahia e Atlético-GO - 6;
  • Palmeiras e Red Bull Bragantino - 5;
  • Fluminense e Vitória - 3;
  • Cuiabá - 2;
  • Juventude - 0.
  • Argentina - 42;
  • Uruguai - 23;
  • Colômbia - 14;
  • Paraguai - 12;
  • Equador - 9;
  • Chile - 7;
  • Venezuela - 6;
  • Itália - 4;
  • Espanha - 2;
  • Angola, Bulgária, Nicarágua, Portugal, Peru, França e República Democrática do Congo - 1.
     

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