No clássico da sétima rodada do Campeonato Mineiro, América-MG e Cruzeiro ficaram num sem graça empate sem gols no Independência. Devido à forte chuva que assolou a cidade de Belo Horizonte, o jogo atrasou cerca de meia hora. Quando a bola rolou, as equipes pouco fizeram, e o resultado final de 0 a 0 foi mais do que justo.
Com o gramado pesado, os dois times optaram pela bola longa no primeiro tempo, o que prejudicava a Raposa, que tinha melhor qualidade técnica. Entretanto, a dificuldade de criação das jogadas era das duas equipes. Na etapa final, o ritmo do jogo despencou, as alterações de Mano Menezes não surtiram efeito, e o confronto se arrastou até o apito final.
O resultado foi péssimo para ambos, pois perderam a liderança para o Atlético-MG. O Coelho é o vice-líder, com 15 pontos, o celeste vem logo abaixo, com a mesma pontuação, mas saldo de gols inferior. O Galo lidera a competição, somando um ponto a mais que América e Cruzeiro.
A equipe dirigida por Givanildo Oliveira volta aos gramados somente no próximo domingo, contra o Boa Esporte, fora de casa. Já o time celeste pega a URT, na mesma data, ás 19h00 (horário de Brasília).
Chuva forte, jogo morno
Depois de 30 minutos de atraso, a bola rolou no Independência. Apesar da chuva ter cessado, e as poças praticamente sumirem, no começo duas jogadas do América foram atrapalhadas. A Raposa optava por quebrar a redonda, sem arriscar na troca de passes.
Aos oito, o time de Mano Menezes chegou perigosamente pela primeira vez. Raniel recebeu da direita, dominou mal e tentou bater cruzado para a área. Entretanto, a bola foi na rede pelo lado de fora. Seis minutos depois, Marquinhos Gabriel arriscou de fora da área. Mas, com desvio, a redonda foi para escanteio.
O Cruzeiro seguia pressionando, e encolhia o adversário em seu campo defensivo. Em mais uma chegada, Rodriguinho tentou de fora da área, mas a bola passou por cima, perto da meta defendida por Fernando Leal. O Coelho respondeu com tiro forte de Zé Ricardo. Sabendo da dificuldade de encaixar, Fábio optou por espalmar.
No entanto, o ímpeto dos visitantes caiu, o que permitia ao América se fazer mais presenta no campo de ataque. Em pouco mais de meia hora de jogo, os times se movimentavam e atacavam. Porém, houve poucas chances claras, apenas chutes de longa distância, explorando o gramado molhado.
Mesmo assim, a equipe celeste era superior. Raniel recebeu da esquerda, trouxe para dentro, e bateu, mas Fernando Leal espalmou pela linha de fundo, também com medo de segurar. Até o final do primeiro tempo, o duelo seguiu sem grandes emoções, e o placar não se movimentou.
Clássico moroso termina sem gols
Na etapa complementar, a Raposa voltou mais ligada e quase abriu o placar no primeiro minuto. Robinho cobrou escanteio pelo lado esquerdo, Raniel desviou de cabeça, mas Rodriguinho não conseguiu alcançar.
Por incrível que pareça, o segundo tempo era bem pior que o primeiro, isso com o gramado melhor. Dessa forma, a partida tinha muitos chutões, e poucas jogadas criativas. Além disso, os erros técnicos prejudicavam o duelo.
Mesmo precisando ganhar o jogo, o Cruzeiro não conseguia criar nada. O time errava muito na hora de construir as jogadas. Mano Menezes também não contribuía na hora de fazer as alterações, fazendo substituições previsíveis na equipe, e que dificilmente surtiriam efeito. A torcida do celeste clamava pelo atacante Sassá.
Diante da inoperância ofensiva da Raposa, o América se soltava. Assim, os comandados de Givanildo Oliveira se atirava ao ataque, e começava a pressionar o adversário. Entretanto, sem criar chances claras, apenas cercando e rondando a área. Na hora de caprichar nas jogadas, a zaga cortava bem.
O confronto seguia praticamente o mesmo. Pouco inspirado, o Cruzeiro pouco produzia, e sequer assustava a meta do goleiro Fernando Leal. Já o Coelho pelo menos tentava atacar o adversário, especialmente com os chutes de fora da área. No entanto, o placar não se alterou e o 0 a 0 foi mais do que justo.