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Da roça ao Mundial: em um ano, promessa do atletismo dá volta por cima

Daniel Nascimento é convocado para Mundial de Meia Maratona

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Melhor brasileiro da última edição da Corrida de São Silvestre, em dezembro do ano passado, com o 11º lugar. Vencedor da Copa Brasil de Cross Country em janeiro. Campeão da Meia Maratona Internacional de São Paulo em fevereiro (transmitida ao vivo pela TV Brasil) com direito a índice atingido para o Mundial da prova, de 21 quilômetros. E, há uma semana, convocado oficialmente para a competição, marcada para 29 de março em Gydnia (Polônia), superando a concorrência, por exemplo, de Giovani dos Santos, um veterano de provas de fundo.

Com toda essa introdução, seria de se esperar que Daniel Ferreira do Nascimento apontasse esses três meses como os melhores da carreira. Mas, não. O jovem de Paraguaçu Paulista, cidade a mais de 420 quilômetros de São Paulo, não deixa a boa fase o influenciar. "Mesmo com excelentes resultados, vou passo a passo, acreditando, visando o futuro. Já tive outros bons momentos, não só como esse. É muito trabalho, determinação e foco. Passo a passo, as coisas vão acontecendo", afirmou.

Trabalho, determinação, foco, passo a passo. Palavras que Daniel repetiu bastante na entrevista à Agência Brasil. Não é um discurso pronto. Trata-se de um recomeço para o jovem de 21 anos, oito dedicados ao esporte, mas que ficou quase que a temporada passada inteira parado. E se a última São Silvestre o colocou nos holofotes do atletismo, a anterior (2018) levou-o a repensar o futuro. "Eu tive dores no tendão de aquiles, abandonei a prova. Depois de lá, desisti do esporte e retornei para minha casa, pensando em trabalhar", contou.

Daniel, então, trocou a rotina de treinos pela da roça, com a família. "Voltei a cortar cana", lembrou. "Eu já acordava cedo (quando atleta), passei a levantar ainda mais cedo, umas quatro horas da manhã. Ficava quase oito horas no trabalho e só depois voltava para casa e descansava para o outro dia", completou.

Poderia ser o fim precoce de uma carreira que surgiu promissora, com medalhas, pódios e recordes nacionais e sul-americanos quebrados na base em provas de resistência. Mas, coube a um companheiro de trabalho na roça dar um empurrãozinho para a vida esportiva de Daniel recomeçar. "Ele me conhecia de atleta, pedia para dar uma corridinha de lá para cá. Ele ficava observando e dizia: 'Volta a correr, aqui você não vai ter futuro'. Eu agradeço essa pessoa até hoje, assim surgiu a motivação, fez grande diferença na minha vida", disse.

Recomeço em Bauru

"O acompanhávamos desde 2013, quando começou em Paraguaçu, com os professores Evandro e Regiane Teixeira, depois na Orcampi, em Campinas (SP), com o Alex Sandro Lopes", recordou à Agência Brasil o atual técnico de Daniel, Neto Gonçalves, da Associação Bauruense de Desportos Aquáticos (ABDA).

A instituição, como o nome indica, é de Bauru (SP), a cerca de 180 quilômetros de Paraguaçu Paulista. A parceria entre Neto e Daniel começou há nove meses. "Ele queria voltar a treinar, a competir e pediu uma chance para retornar ao esporte. A gente sentou, conversou, apresentei nosso projeto e equipe", contou o treinador.

Como em 2014, quando se mudou para Campinas, Daniel outra vez saiu de casa em busca do sonho no esporte. E, apesar da distância, com o apoio incondicional da mãe, Valdirene. "Ela sempre me incentivou, independente do que eu almejasse, na corrida ou no futebol", destacou o jovem, que, antes de se aventurar no atletismo, tentou ser lateral. "Ela é evangélica, e tem uma frase marcante da Bíblia que ela sempre me diz: 'Filho meu, obedece à orientação de teu pai e não abandones o ensino de tua mãe' [Provérbios 6.20]", emendou.

A rotina em Bauru é intensa, com treinamento em seis dos sete dias da semana, algumas vezes em duas sessões. "Usamos a pista para treinos intervalados e ele também faz algumas atividades em bosques e estradas de terra. Há, ainda, acompanhamento de uma equipe multidisciplinar com nutricionista, médico, psicólogo, fisioterapeuta. E abordamos bastante a questão do descanso, que é importantíssimo", declarou Neto.

Alô, 2024!

A curto prazo, o foco do trabalho é o Mundial da Polônia, para o qual o próprio Daniel não esperava a convocação, mesmo com o índice. Olimpíada? Talvez, daqui a quatro anos, em Paris, na França. "Agora, quero chegar o mais próximo possível do índice [em provas olímpicas de fundo], mas estou visando 2024. Pode ser na maratona, nos cinco mil metros, nos dois mil. Vai depender do planejamento", projetou o atleta.

"Estamos focando bastante na melhora dele em provas de pista, como os cinco e dez mil metros. Todo atleta tem o sonho olímpico e vamos trabalhar para isso, mas pensamos a longo prazo. É um atleta jovem. Temos de ter cuidado [no trabalho] para que ele renda o máximo possível", complementou Neto.

Mas não é só nas pistas que Daniel deposita seus sonhos: "A carreira de atleta passa rápido. Penso também em estudar Educação Física. Ou mesmo me preparar para entrevistas que terão futuramente [risos]. Até mesmo estudar inglês e mostrar minha história não só para incentivar pessoas do Brasil, mas do mundo inteiro, que saibam dos momentos difíceis que tive que superar para obter excelentes resultados".

Brasil no Mundial

Além de Daniel, o Brasil será representado no Mundial de Meia Maratona por mais quatro atletas: Ederson Vilela Pereira (ouro nos 10 mil metros nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru), Paulo Roberto de Almeida Paula (top-20 no Mundial de Maratona do ano passado, disputado em Doha, no Qatar), Valdilene dos Santos Silva e Andreia Aparecida Hessel, respectivamente 6ª e 8ª na maratona feminina do Pan. A previsão, segundo a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), é que a delegação embarque para a Polônia no dia 25 de março.

Futebol

Teixeira diz que Santos é o lugar ideal para Neymar se recuperar para Copa de 2026

O atacante tem vínculo com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, até junho de 2025. No início do ano que vem, o atleta já pode firmar um pré-contrato com outra equipe

17/04/2024 23h00

Sem atuar desde o jogo com o Uruguai, no dia 17 de outubro, pelas eliminatórias da Copa do Mundo da América do Sul, o atacante vem tratando de sua recuperação. Lucas Figueiredo/CBF

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O sonho de voltar a ter Neymar vestindo a camisa do Santos em meio à grave crise financeira que o clube atravessa foi externado pelo presidente Marcelo Teixeira durante entrevista coletiva nesta quarta-feira. Em um ano em que, pela primeira vez na história, a agremiação disputa a Série B do Campeonato Brasileiro, o mandatário recorreu ao lado afetivo do atleta para aventar a possibilidade de um retorno.

Teixeira argumentou que o Santos seria o lugar ideal para Neymar voltar à forma (o jogador se recupera de grave lesão no ligamento cruzado anterior e menisco do joelho esquerdo) e se preparar para a Copa do Mundo de 2026

"O Neymar tem uma relação profissional e afetiva com o Santos. Tem um contrato vigente, mas estamos acompanhando. Tenho contato diário com ele e com o pai. Para se preparar melhor visando uma Copa do Mundo, nada melhor do que estar em casa, ao lado da torcida santista", disse o dirigente.

O atacante tem vínculo com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, até junho de 2025. No início do ano que vem, o atleta já pode firmar um pré-contrato com outra equipe. Após levantar a hipótese de ter o artilheiro, Teixeira tratou de jogar a responsabilidade da volta para o atleta.

"Essa não é uma decisão minha ou do Santos. É uma decisão que cabe ao Neymar. O que posso dizer é que a relação dele com o clube continua muito forte. Ele foi criado aqui e obteve grandes conquistas", comentou.

Sem atuar desde o jogo com o Uruguai, no dia 17 de outubro, pelas eliminatórias da Copa do Mundo da América do Sul, o atacante vem tratando de sua recuperação. Nas finais do Campeonato Paulista, essa reaproximação aumentou a expectativa do torcedor santista em contar novamente com o futebol de Neymar.

3º fase

CBF realiza sorteio dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil

Jogos de ida e volta serão nas semanas de 1º e 22 de maio

17/04/2024 16h23

Foto: Thais Magalhães/CBF

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou, na tarde de hoje (17), no Rio de Janeiro, o sorteio dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil. Nesta etapa, 12 equipes entram na competição, juntando-se a outras 20 equipes que avançaram de fase. Os jogos serão disputados nas semanas de 1º a 22 de maio, em confrontos de ida e volta. 

As 32 equipes classificadas foram divididas em dois potes, separadas pelas posições de cada uma no ranking da CBF, para o sorteio dos confrontos. 

Veja abaixo, como ficou cada um dos potes: 

Pote 1: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Athletico-PR, Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Fortaleza, Internacional, Bahia, Botafogo, Bragantino, Atlético-GO, Ceará e Cuiabá.

Pote 2: Goiás, Vasco, Juventude, Sport, CRB, Vitória, Criciúma, Sampaio Corrêa, Operário-PR, Botafogo-SP, Brusque, Ypiranga-RS, América-RN, Amazonas, Águia de Marabá e Sousa-PB.

Para os saudosistas, a Copa do Brasil realmente começa nesta fase, com os emocionantes confrontos de ida e volta. O vencedor, após os dois jogos, avançará para as oitavas de final com base no placar agregado. Em caso de empate, a definição será nos pênaltis, prometendo ainda mais emoção e drama.

Conforme o regulamento da competição, a CBF exige, nesta fase do campeonato, que os estádios tenham capacidade mínima de 10 mil torcedores.

Após os confrontos, a CBF realizará um novo sorteio para definir os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. 

Confira abaixo os confrontos após sorteio. 

Atlético-MG x Sport
América-RN x Corinthians
Ypiranga-RS x Athletico-PR
Sousa-PB x Bragantino
Palmeiras x Botafogo-SP
Águia de Marabá-PA x São Paulo
Brusque x Atlético-GO
Goiás x Cuiabá
Flamengo x Amazonas
Sampaio Corrêa-MA x Fluminense
Operário-PR x Grêmio
Internacional x Juventude
CRB-AL x Ceará
Fortaleza x Vasco
Botafogo x Vitória
Bahia x Criciúma

Premiação: 

De acordo com o regulamento exposto pela Confederação Brasileira de Futebol, os clubes da terceira fase recebem a cota de participação de R$2,2 milhões, enquanto os classificados para as oitavas de final devem receber R$3,4 milhões.

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