O município de São Paulo, firmou nesta ultima segunda-feira o contrato de concessão do estádio do Pacaembu entre a prefeitura e o consórcio Patrimônio SP (entre as empresas Progen e Savona) por 35 anos. O projeto prevê a demolição do tobogã e a redução dos jogos de futebol no local.
A afirmação é de Eduardo Barella, CEO do consórcio vencedor da licitação, em entrevista à "Folha de S.Paulo" desta segunda.
"Com a demolição do Tobogã e a construção de uma nova edificação, vamos atrair para o complexo inúmeras outras receitas. Aluguel de espaço, estacionamento, venda de alimentos e bebidas. Futebol deixará de ser a principal receita, vai corresponder a 15% da nossa receita", afirma Barella.
"Estamos prevendo quinze jogos de futebol profissional por ano”, disse Barella para a "Veja". “Em compensação, faremos 300 eventos anuais nos demais espaços, como casamentos, apresentações musicais, festas infantis e lançamentos de marcas”, completou.
O símbolo erguido no início dos anos 70 e com capacidade para 10 mil torcedores, o Tobogã dará lugar a um edifício moderno, com espaço multiuso e vai abrigar lojas, lanchonetes, escritórios e outros serviços. Também será erguida uma passarela interligando as ruas Itápolis e Desembargador Paulo Passalaqua.
Mas nem tudo será demolição, mais próximo do gramado, terá uma ampla área aberta que vai abrigar diversos eventos como shows, apresentações artísticas e lutas.
A capacidade do estádio cairá para algo em torno de 26 mil a 28 mil lugares, sem o Tobogã.
Dentre as obras previstas a piscina, o ginásio, os vestiários, as quadras, os acessos e o estacionamento passaram por reformas.
O consórcio Patrimônio SP divulgou que prevê iniciar as obras de transformação no estádio no primeiro semestre de 2020, sendo que a duração está prevista para 28 meses. A reinauguração deve ocorrer em 2022.