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Clubes dispensam grandes marcas e lucram com fabricação própria de camisa

Clubes dispensam grandes marcas e lucram com fabricação própria de camisa

FOLHAPRESS

19/10/2018 - 20h00
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Quando o Paysandu decidiu lançar uma marca própria de uniformes e material esportivo, em 2016, o mercado do futebol brasileiro tinha dúvidas sobre a viabilidade e o sucesso da empreitada. Hoje, o clube é referência para outros que optam por seguir o mesmo caminho.

Na onda da equipe paraense, Coritiba, CSA, Juventude, Santa Cruz, Fortaleza, Sampaio Corrêa, Joinville e recentemente o Bahia decidiram se desvincular das empresas tradicionais do setor para iniciar um processo que, de acordo com eles, dá mais independência aos times e também gera mais dinheiro.

"Em 2015, recebemos R$ 472 mil de royalties. No ano seguinte, tivemos um lucro líquido de R$ 3 milhões", diz à reportagem o ex-presidente do Paysandu, Alberto Maia, atualmente dono de uma empresa que presta consultoria aos clubes interessados em gerir a própria marca.

Maia afirma que a ideia surgiu do descontentamento que havia com o fabricante do material esportivo do Paysandu, na época uma empresa chamada Filo, que fabricava para a Puma.

"Considerávamos que os royalties eram muito pequenos pelo volume de camisas vendidas. Eles ainda utilizavam dois espaços nossos e não pagavam absolutamente nada. Nem imposto, nem energia e nem aluguel. Eles não aceitaram fazer uma alteração contratual e, a partir desse momento, iniciamos o projeto da marca própria, que virou a marca Lobo", diz o ex-presidente do Paysandu.

O último clube a entrar para esse movimento foi o Bahia. Com sua nova marca, a "Esquadrão", lançada no início de outubro, a diretoria espera ter um faturamento três vezes maior só com a venda de camisas. Em 2017, o time tricolor arrecadou cerca de R$ 800 mil com seu material esportivo, que era fornecido pela Umbro. 

"Estamos esperando entre loja própria, loja online e royalties sair de quase R$ 800 mil por ano para R$ 4 milhões. Antes do lançamento, só o número de pedidos feitos já faz com que nossos royalties sejam maiores do que o ano passado inteiro. Só em royalties já atingimos R$ 1 milhão", diz o presidente da equipe baiana, Guilherme Bellintani, que contou com a ajuda dos sócios para definir o desenho do novo uniforme.

Dois meses antes, o Coritiba, que tinha lançado a marca 1909 -em alusão ao ano de sua fundação-, já celebrava as vantagens da gestão independente do material esportivo.

Segundo a reportagem apurou, no contrato anterior com a Adidas, o clube do Paraná lucrou apenas R$ 200 mil, enquanto a empresa faturou R$ 6 milhões. Com a nova marca, só nas primeiras três semanas os cofres da equipe receberam mais de R$ 360 mil.

A estrutura do projeto contou com vários parceiros. Foram contratadas duas agências, uma para criar a marca e a outra para fazer a publicidade. O clube também contratou um tipógrafo para desenvolver o desenho da 1909 e reformou a loja do estádio Couto Pereira, cuja operação era terceirizada e hoje é administrada pelo Coritiba.

Entre as reclamações dos clubes estão a dificuldade de logística e a má qualidade do produto que é fabricado pelas empresas do setor. Nesses casos, o contrato é firmado entre o clube e a marca, mas a fabricação fica por conta de terceiros e nem sempre agrada ao consumidor.

"A Adidas tinha em média 25 produtos. Agora a 1909 tem mais de 100 produtos disponíveis. Além disso, muitas demandas dos torcedores foram atendidas, desde detalhes estéticos (desenho da camisa, gola, manga) até linhas femininas e infantis que antes não existiam, diz o presidente do Coritiba, Samir Namur.
"A qualidade do material é superior aos materiais das grandes marcas, que costumam usar tecidos mais baratos e estratégias de produção em massa, como templates e sobras de materiais de outros clubes", afirma o mandatário do clube paranaense, que também realizou campanha com torcedores para definir o desenho da terceira camisa.

A reportagem entrou em contato com Adidas e Puma, citadas por Coritiba e Paysandu, respectivamente. As empresas optaram por não se pronunciar.

Além da melhora no produto que chega ao torcedor, os clubes comemoram a independência na produção.
É o caso do Juventude, que estava insatisfeito com o material do fornecedor anterior e hoje, com a marca própria, consegue se planejar melhor com o fornecimento das peças ao time principal, além de também promover o lançamento de camisas comemorativas.

"A camisa que ia para a loja voltava um dia depois de ser vendida, porque assim que colocava para lavar voltava destruída. A situação estava bem ruim. Com a marca própria, conseguimos fazer camisas comemorativas em três semanas. Por exemplo, vamos lançar agora uma camisa do Outubro Rosa", conta Matheus Antunes, diretor de negócios do Juventude.

Antes, o clube gaúcho vendia a camisa a R$ 190. Hoje, vende a R$ 150, e afirma ter um produto de melhor aceitação entre os torcedores.

No caso do Coritiba, que conseguiu ampliar suas receitas mesmo em má fase na Série B do Brasileiro (é o 10º colocado), a camisa com o antigo fornecedor custava R$ 249. Agora, custa R$ 183 e tem desconto de 10% para os sócios.

"Não tínhamos uniforme de manga comprida. É um produto que chega na loja e se esgota", afirma Samir Namur.

Por trás dos projetos desses clubes está a empresa Bomache, com quem negociam o licenciamento de suas marcas para que ela produza as camisas e demais artigos que vão para o mercado.

"A ideia é que quem tem que ganhar dinheiro com o uniforme do clube é o clube, não uma marca esportiva. Mostramos para o clube que ele tem que virar um balcão de negócios. A marca veste o clube. É um ativo que o clube tem", diz Alexandre Dalla, diretor comercial da Bomache.

Futebol

Teixeira diz que Santos é o lugar ideal para Neymar se recuperar para Copa de 2026

O atacante tem vínculo com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, até junho de 2025. No início do ano que vem, o atleta já pode firmar um pré-contrato com outra equipe

17/04/2024 23h00

Sem atuar desde o jogo com o Uruguai, no dia 17 de outubro, pelas eliminatórias da Copa do Mundo da América do Sul, o atacante vem tratando de sua recuperação. Lucas Figueiredo/CBF

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O sonho de voltar a ter Neymar vestindo a camisa do Santos em meio à grave crise financeira que o clube atravessa foi externado pelo presidente Marcelo Teixeira durante entrevista coletiva nesta quarta-feira. Em um ano em que, pela primeira vez na história, a agremiação disputa a Série B do Campeonato Brasileiro, o mandatário recorreu ao lado afetivo do atleta para aventar a possibilidade de um retorno.

Teixeira argumentou que o Santos seria o lugar ideal para Neymar voltar à forma (o jogador se recupera de grave lesão no ligamento cruzado anterior e menisco do joelho esquerdo) e se preparar para a Copa do Mundo de 2026

"O Neymar tem uma relação profissional e afetiva com o Santos. Tem um contrato vigente, mas estamos acompanhando. Tenho contato diário com ele e com o pai. Para se preparar melhor visando uma Copa do Mundo, nada melhor do que estar em casa, ao lado da torcida santista", disse o dirigente.

O atacante tem vínculo com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, até junho de 2025. No início do ano que vem, o atleta já pode firmar um pré-contrato com outra equipe. Após levantar a hipótese de ter o artilheiro, Teixeira tratou de jogar a responsabilidade da volta para o atleta.

"Essa não é uma decisão minha ou do Santos. É uma decisão que cabe ao Neymar. O que posso dizer é que a relação dele com o clube continua muito forte. Ele foi criado aqui e obteve grandes conquistas", comentou.

Sem atuar desde o jogo com o Uruguai, no dia 17 de outubro, pelas eliminatórias da Copa do Mundo da América do Sul, o atacante vem tratando de sua recuperação. Nas finais do Campeonato Paulista, essa reaproximação aumentou a expectativa do torcedor santista em contar novamente com o futebol de Neymar.

3º fase

CBF realiza sorteio dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil

Jogos de ida e volta serão nas semanas de 1º e 22 de maio

17/04/2024 16h23

Foto: Thais Magalhães/CBF

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou, na tarde de hoje (17), no Rio de Janeiro, o sorteio dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil. Nesta etapa, 12 equipes entram na competição, juntando-se a outras 20 equipes que avançaram de fase. Os jogos serão disputados nas semanas de 1º a 22 de maio, em confrontos de ida e volta. 

As 32 equipes classificadas foram divididas em dois potes, separadas pelas posições de cada uma no ranking da CBF, para o sorteio dos confrontos. 

Veja abaixo, como ficou cada um dos potes: 

Pote 1: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Athletico-PR, Atlético-MG, Corinthians, Fluminense, Grêmio, Fortaleza, Internacional, Bahia, Botafogo, Bragantino, Atlético-GO, Ceará e Cuiabá.

Pote 2: Goiás, Vasco, Juventude, Sport, CRB, Vitória, Criciúma, Sampaio Corrêa, Operário-PR, Botafogo-SP, Brusque, Ypiranga-RS, América-RN, Amazonas, Águia de Marabá e Sousa-PB.

Para os saudosistas, a Copa do Brasil realmente começa nesta fase, com os emocionantes confrontos de ida e volta. O vencedor, após os dois jogos, avançará para as oitavas de final com base no placar agregado. Em caso de empate, a definição será nos pênaltis, prometendo ainda mais emoção e drama.

Conforme o regulamento da competição, a CBF exige, nesta fase do campeonato, que os estádios tenham capacidade mínima de 10 mil torcedores.

Após os confrontos, a CBF realizará um novo sorteio para definir os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. 

Confira abaixo os confrontos após sorteio. 

Atlético-MG x Sport
América-RN x Corinthians
Ypiranga-RS x Athletico-PR
Sousa-PB x Bragantino
Palmeiras x Botafogo-SP
Águia de Marabá-PA x São Paulo
Brusque x Atlético-GO
Goiás x Cuiabá
Flamengo x Amazonas
Sampaio Corrêa-MA x Fluminense
Operário-PR x Grêmio
Internacional x Juventude
CRB-AL x Ceará
Fortaleza x Vasco
Botafogo x Vitória
Bahia x Criciúma

Premiação: 

De acordo com o regulamento exposto pela Confederação Brasileira de Futebol, os clubes da terceira fase recebem a cota de participação de R$2,2 milhões, enquanto os classificados para as oitavas de final devem receber R$3,4 milhões.

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