Quando a candidatura do Rio de Janeiro para cidade-sede das Olimpíadas de 2016 foi anunciada, em 2008, o governo brasileiro calculou que, ao todo, o evento custaria R$ 28 bilhões aos cofres públicos. Com a confirmação da capital fluminense como sede, no ano seguinte, a prefeitura prometeu projetos e obras que visavam deixar um legado olímpico ao município, buscando beneficiar futuras gerações com o maior incentivo esportivo em diversas modalidades.
Mas a um ano do início dos Jogos, a realidade do Rio de Janeiro é contemplada por atrasos de repasses financeiros da União, obras inacabadas e superfaturadas, além de polêmicas envolvendo alguns dos locais onde serão disputadas determinadas modalidades. Se antes a estimativa financeira para o evento não alcançava a casa dos R$ 30 bilhões, hoje já ultrapassa os R$38,2 bi, superando os gastos da Copa do Mundo de 2014, que ficaram em torno de R$ 27,1 bi.
Do valor estimado, R$ 24,6 bilhões são destinados ao legado olímpico, que prevê também melhorias na infraestrutura da cidade. De acordo com o Comitê Organizador do Rio, R$ 7,4 bilhões de despesas são de orçamento privado, que é responsável pela logística do evento – incluindo o transporte dos atletas e a organização das competições e cerimônias. O restante, portanto, ficaria para a compra de equipamentos especializados e a construção de ginásios e arenas.