Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul avaliaram a situação do candidato Delcídio do Amaral (PTC) ao Senado Federal e questionaram quem vai reparar o dano sofrido por ele, após ter tido o mandato cassado em 2016.
Delcídio lançou a candidatura no último dia de prazo dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 17 de setembro. Ele substituiu o médico César Nicolatti (PTC) como candidato ao Senado, que desistiu de tentar uma vaga para senador a fim de ser candidato da Assembleia Legislativa.
Nicolatti decidiu desistir da candidatura, pois não teria como continuar atendendo seus pacientes, se fosse eleito, já que teria de exercer o mandato em Brasília. Por isso, optou ser candidato a deputado estadual.
Na avaliação do deputado Cabo Almi (PT), Delcídio foi inocentado, mas ele questionou quem vai reparar os danos causados ao ex-senador. “Foi inocentado e vai sair como candidato, mas esse dano é reparado como, por quem?”.
Conforme Pedro Kemp (PT), as delações estão sendo usadas sem cuidado algum. “A Polícia Federal investiga, mas não tem documento que comprove alguma coisa. Essas delações estão sendo usadas com muita facilidade no Brasil”, avaliou.
O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) que foi preso preventivamente por cinco dias durante a Operação Vostok, desencadeada na semana passada, comentou que esses acontecimentos refletem no emocional da pessoa. “Delcídio passou constrangimento como eu, foi inocentado e agora é candidato ao Senado, mas a justiça precisa ser mais ágil”, analisou.
Paulo Siufi (MDB) falou que Delcídio tem direito como todo cidadão de se candidatar. “Mas ele tem pouco tempo, vai fazer campanha atrasado. Ele terá que ir até as pessoas para se justificar. O que ele passou eu senti na pele com a Coffee Break”.