Política

ELEIÇÕES 2018

A+ A-

Inclusão de disciplinas propostas por Bolsonaro depende do Conselho de Educação

Inclusão de disciplinas propostas por Bolsonaro depende do Conselho de Educação

FOLHAPRESS

25/09/2018 - 19h00
Continue lendo...

Na ditadura militar (1964-85), a educação moral e cívica tinha o objetivo de garantir na escola o respeito aos valores da pátria -valores em consonância, entretanto, ao conceito patriótico defendido pelo regime.

A obrigatoriedade da disciplina foi decretada em 1969, auge da repressão. Um ano antes, os militares haviam editado o AI-5, ato que restringiu liberdades individuais e direitos políticos.

Entre as finalidades da educação moral e cívica estavam, além do "culto à Pátria", a obediência à lei, a preservação do espírito religioso e até a preparação ao casamento.

A preservação da família e moral cristã eram temas caros naqueles tempos, a exemplo do que se vê hoje no discurso e nos planos do capitão reformado Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas para a sucessão presidencial. A equipe do presidenciável planeja o retorno da disciplina, algo que valeria tanto para escolas públicas quanto para particulares.

A ideia surge no momento em que o Brasil discute sua matriz curricular. O governo aprovou em 2017 a Base Nacional Comum Curricular da educação infantil e ensino fundamental. Discute-se ainda a parte do ensino médio.

A base prevê o que os alunos devem aprender. Pelas regras vigentes, o presidente tem certas limitações para alterações por conta própria do sistema educacional. Mas, ainda assim, goza de considerável campo de manobra.

Para ressuscitar a educação moral e cívica como obrigatória, seria necessário a aprovação do CNE (Conselho Nacional de Educação).

Numa eventual vitória de Bolsonaro, e caso ele respeite o ordenamento, o Ministério da Educação teria abertura para encaminhar ao CNE a proposta de inclusão da disciplina. O mesmo poderia ocorrer para alterações maiores na base, como Bolsonaro já cogitou.

Os membros do CNE são nomeados pelo presidente a partir indicações da sociedade civil. Os mandatos são de quatro anos.

Dos 24 membros, só 1 terminará o mandato em 2019. Doze mandatos acabam em 2020 e outros nove, só em 2022 (dois são reservados ao MEC).

Neste ano, o Conselho de Educação do Distrito Federal barrou a adoção da disciplina de educação moral e cívica. Isso ocorreu mesmo após a aprovação da Câmara Legislativa.

Apesar dessa configuração, o CNE sofre historicamente forte influência do MEC. Um exemplo recente foi a própria Base Nacional.

O governo Michel Temer (MDB) excluiu dez menções ao combate à discriminação de gênero do texto final, às vésperas da votação final no conselho. Mesmo sob pressão, inclusive de membros do CNE, o texto passou tal qual o governo desejava.

Estudiosos veem na educação moral e cívica da ditadura uma ferramenta de doutrinação do regime. A disciplina caiu em 1993, mas a discussão sobre doutrinação esquentou nos anos recentes.

A existência de uma suposta doutrinação nas escolas -agora de esquerda- ganhou força com o movimento chamado Escola Sem Partido. Criado em 2004, seus partidários querem preconizar o que pode ser dito por professores.

O alvo principal tem sido a discussão de gênero e educação sexual na sala de aula. A abordagem de temas sobre identidade de gênero pode, segundo especialistas, minimizar problemas sociais como a violência contra a mulher, gravidez na adolescência e a homofobia.

Grupos conservadores entendem que tratar disso na escola pode confrontar concepções religiosas e morais das famílias. Enquanto Bolsonaro defende a volta da educação moral e cívica, é a favor da Escola Sem Partido. Em jogo, o papel da escola como ambiente democrático, acolhedora das diferenças, e as condições de o país formar cidadãos críticos.

Recebidos pagos

Líder da oposição quer lista de presentes recebidos por Lula e Janja em viagens

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização"

18/04/2024 18h00

EBC

Continue Lendo...

O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, solicitou acesso à lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva (PT) durante as viagens internacionais e nacionais realizadas por eles. O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023, revelados pelo Estadão, "gera controvérsias".

O requerimento de acesso aos dados, protocolado nesta quarta-feira, 17, solicita ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), além da lista detalhada de presentes recebidos entre o início do mandato de Lula e o dia 16 de abril de 2024, informações sobre o encaminhamento dado aos itens e os valores gastos com alimentação durante as viagens do presidente. Procurada pelo Estadão, a Secretaria-Geral da Presidência ainda não se manifestou.

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização" que tem como objetivo o "esclarecimento da situação". Ainda, o deputado menciona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de auditar o recebimento dos bens dados a Lula em 2023, antes do fim da gestão do mandatário.

Os presentes recebidos pelo presidente são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. Em junho de 2023, o órgão admitiu que a lista contendo os bens dados a Lula, sendo 63 deles internacionais, poderia estar incompleta.

Caso das joias

No caso das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o País, o Estadão revelou que diversos servidores foram mobilizados para impedir justamente esta etapa do cadastro. O colar, anel, relógio e o par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões eram um presente do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos quando Bolsonaro e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, voltaram da viagem.

A fim de liberar os presentes, o ex-presidente atuou pessoalmente e ainda acionou três ministérios para forçar a liberação dos itens que estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque Ao todo, foram oito tentativas para que Bolsonaro ficasse com as joias.

A revelação gerou tanto impacto que, em junho do ano passado, Janja e Lula cancelaram um jantar com o príncipe em Paris para evitar a má repercussão causada pelo encontro.

 

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

Continue Lendo...

O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou  o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

Assine o Correio do Estado

 

 

 

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).